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Discursos-->Assassinato de reputações: A entrevista de Tuma Jr. na TV -- 12/02/2014 - 16:34 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Tuma Jr balança a república, confirma que Lula era informante do DOPS e
diz que possui provas sobre todas as denúncias


Por Carlos Newton - Tribuna da Internet em 04 Fev 2014

O programa Roda Viva começou morno, mas foi enquentando no decorrer do
período, até começar a cozinhar o PT, Lula, Gilberto Carvalho, Dilma Rousseff e
companhia limitada. No final, a panela de pressão estava realmente fervendo, e o ex-secretário
nacional de Justiça e ex-delegado federal Romeu Tuma Jr. aproveitou para anunciar que está
escrevendo o segundo livro da série "Assassinato de Reputações".

Entre os entrevistadores, dois estavam a favor dele – o apresentador
Augusto Nunes e o colunista Ricardo Setti, do site da Veja. Os demais estavam
flagrantemente tentando demolir Tuma Jr., que pesa uns 120 quilos e é duro na queda. Os jornalistas
Mário Cesar Carvalho, da Folha, Eugenio Bucci e Fernando Barros, ambos do Estadão, e a
historiadora Cristine Prestes tentaram fustigar o entrevistado, mas ele absorveu bem os golpes e
respondeu de forma irrefutável as perguntas, portando-se com muita firmeza.

No início, o programa foi uma chateação, porque o entrevistado só se
preocupava em explicar a montagem das acusações contra ele no episódio da chamada máfia
chinesa. E tanto fez que acabou demonstrando que realmente foi vítima de uma armação. No final,
Tuma Jr. conseguiu fazer um estrago na reputação de muitos petistas, especialmente Gilberto
Carvalho e Lula.

NINGUÉM PROCESSA...

O programa começou com o apresentador Augusto Nunes afirmando que Tuma
Jr., no livro, faz pesadas acusações contra importantes autoridades brasileiras. E
perguntou se o ex-delegado já está sendo processado por alguém que tenha sido alvo de
suas denúncias.

Tuma Jr. respondeu que até agora ninguém o processou. "O que houve é que
fizeram ameaças a mim e a minha família, mas processo mesmo ninguém abriu",
assinalou, explicando que nenhum dos acusados deve processá-lo porque isso daria margem à
abertura de uma investigação judicial, na qual ele poderia apresentar provas da
veracidade de suas denúncias.

Em seguida, Mário César Carvalho lembrou o caso da máfia chinesa, e Tuma
Jr. passou a explicar esse episódio, que foi o grande motivo para a preparação do
livro, destinado a reparar os danos à sua imagem de homem público.

O segundo entrevistador, Ricardo Setti, puxou o assunto do assassinato
de Celso Daniel, mas Tuma Jr. continuou falando sobre a armação que fizeram contra ele,
grampeando seus telefonemas durante dois anos e depois vazando para a imprensa seu
suposto envolvimento com criminosos.

"No único grampo divulgado, eu apareço falando com o denunciante do
caso, mas fizeram parecer na imprensa que eu estava me comunicando com algum integrante de
uma quadrilha", explicou, dizendo que não existia a tal máfia chinesa, nunca abriram
inquérito contra ele e o depoimento que prestou à Polícia de São Paulo simplesmente sumiu.

ESTADO POLICIAL

O entrevistador seguinte, Eugenio Bucci, perguntou sobre as
irregularidades na Polícia Federal denunciadas no livro. Tuma Jr. então confirmou as acusações, dizendo que
o Brasil está vivendo num Estado policial, que não pode continuar. Disse que a Polícia
Federal está "instrumentalizada" pelo governo e tem extrapolado suas obrigações, ao
usar seus serviços de inteligência com objetivos partidários, para prejudicar adversários
políticos.

Logo depois, Fernando Barros perguntou sobre o caixa 2 da prefeitura de
Santo André e o envolvimento do ministro Gilberto Carvalho, secretário-geral da
Presidência da República.

Indagou se Tuma Jr. tem provas das acusações.

O ex-delegado confirmou rapidamente as denúncias, dizendo que Carvalho
era mesmo o encarregado de recolher a propina. E voltou a se defender das acusações
sobre a tal máfia chinesa.

A entrevistadora Cristine Prestes insistiu em indagar se Tuma Jr. tem
provas, pois isso não ficara claro na resposta anterior dele a Fernando Barros. Para variar, o
entrevistado continuou dando mais detalhes sobre a armação feita a propósito da máfia chinesa e
disse que pediu para ser investigado na Comissão de Ética do Planalto, onde foi
considerado inocente por unanimidade. Por fim, a respeito das provas, disse apenas que
apresentará os documentos assim que alguém ousar processá-lo.

CENTRAL DE DOSSIÊS

Depois do intervalo, Augusto Nunes indagou se a "central de dossiês"
denunciada no livro continua funcionando.

"Bem, não estou mais lá, mas acredito que ainda estejam fazendo isso,
porque continuam realizando investigações irregulares através do Serviço de Inteligência
da Polícia Federal", comentou. Disse que, na época em que constatou essas distorções, chegou
a alertar o ministro da Justiça Tarso Genro, que lhe respondeu que isso era normal.

O ex-delegado disse então que Polícia federal está instrumentalizada
pelo governo e tem usado poderes de polícia judiciária, fazendo inquéritos sigilosos, sem
dar acesso aos advogados das pessoas investigadas e agindo movida por interesses
político-partidários.

GRAMPO NO SUPREMO

Em seguida, Mário Cesar Carvalho tentou desmentir Tuma Jr. sobre o
grampo no Supremo contra Gilmar Mendes e outros ministros. Disse ter entrevistado o agente
da Polícia Federal citado no livro, que lhe negou ter ido a Brasília atuar no STF. A essa
altura do programa, parecia que pela primeira vez algum dos entrevistadores enfim conseguira
derrubar uma das acusações do ex-secretário nacional de Justiça.

Mas Tuma Jr. se saiu bem. Confirmou que houve mesmo os grampos no
Supremo e disse que o agente da Polícia Federal mentiu ao ser entrevistado por Carvalho.
Para provar, exibiu um documento de requisição de passagem para Brasília em nome do tal agente.
Depois, assinalou que a Polícia Federal grampeou não somente os telefones fixos do
Supremo, como também os celulares dos ministros.

CASO CELSO DANIEL

Aí o programa esquentou de vez, porque Tuma Jr. então se alongou sobre
assassinato de Celso Daniel em 2002, quando era prefeito de Santo André e coordenava a
campanha de Lula.

O ex-delegado disse ter feito fotos do cadáver de Celso Daniel,
mostrando que ele sofrera tortura, porque havia marcas nas costas. Assinalou ter conseguido
desvendar o crime e até fez um acordo de delação premiada com o suposto assassino, mas no dia
seguinte ele foi morto na cadeia, antes de prestar depoimento.

"Depois disso, fui afastado do caso, sob alegação de que o inquérito
seria conduzido por uma delegacia especializada", ironizou.

E confirmou que o hoje ministro Gilberto Carvalho era o encarregado de
receber a propina da Caixa 2 da Prefeitura de Santo André, dizendo que isso lhe foi revelado
pessoalmente por Carvalho, em 2010, e o ministro chorou ao lhe fazer tal confissão.

ACUSAÇÕES A LULA

No final vieram as acusações ao ex-presidente Lula, que eram aguardadas
desde o início do programa. Tuma Jr. disse que foi nomeado para a Secretaria Nacional de
Justiça na cota pessoal de Lula, a quem conhecera como líder sindical no regime militar,
quando trabalhava no DOPS e Lula era informante e muito ligado ao seu pai, o então delegado
Romeu Tuma, que depois entrou na política e virou senador.

Garantiu que Lula sempre foi próximo aos militares e citou um episódio
ocorrido numa reunião, quando a advogada Terezinha Zerbini, fundadora do Movimento Social pela
Anistia, defendia os direitos de militantes metalúrgicas perseguidas pelos militares e
Lula cassou-lhe a palavra.

Disse que as fotos de Lula sendo preso mostram bem sua ligação com os
militares e com o DOPS, porque registram que o então líder sindical foi conduzido no banco
de trás da viatura policial, sentando junto à janela, com o vidro aberto e fumando, uma
situação inadmissível se ele fosse um preso qualquer.

Assinalou que Lula passou muitas informações aos policiais e disse que
tudo está bem documentado, porque os arquivos do DOPS foram preservados. "Lula tem
muitas revelações a fazer", ironizou Tuma Jr., desafiando: "Abram os arquivos do DOPS! Abram
os arquivos!".

Depois, falou também sobre o caso Rosegate, que envolve a namorada
secreta de Lula, Rosemary Noronha, e comentou que a Polícia Federal ficou mal no
episódio, que teria "capítulos hollywoodianos". E por fim, disse que está escrevendo o
segundo livro, dando a entender que os documentos serão publicados nesta próxima edição.

 Veja como publicado:

http://tribunadaimprensa.com.br/?p=80405 [link desativado]

 

 

   Comentário

Félix Maier

Em relatório feito pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, de 1967, “há a denúncia da extração de sangue de condenados à morte em Cuba. Pouco antes de fuzilar os condenados, os algozes do presídio de La Cabaña retiravam o sangue das vítimas. (...) ‘No dia 27 de maio, 166 cubanos civis e militares foram executados e submetidos aos processos de extração de sangue, a uma média de 7 pintas por pessoa [cerca de 3 litros]’, afirma o relatório. ‘Este sangue é objeto de venda no Vietnã comunista por 50 dólares a pinta, com o objetivo duplo de prover-se de dólares e contribuir com o esforço do vietcong’ ” (NARLOCH, 2011: 55). (*)

Essa prática macabra lembra as denúncias contra a China comunista, de vender os órgãos e tecidos de condenados à morte.

(*) NARLOCH, Leandro; TEIXEIRA, Duda. Guia politicamente incorreto da América Latina. Leya, São Paulo, 2011.

 

 

 

Conheça o Estado policial fascipetista denunciado em livro por Romeu Tuma Jr., acessando:

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-livro-bomba-tuma-jr-revela-os-detalhes-do-estado-policial-petista-partido-usa-o-governo-para-divulgar-dossies-apocrifos-e-perseguir-adversarios-caso-dos-trenes-em-sp-estava-na-lista-el/

Faça download do livro de Tuma Jr., ASSASSINATO DE REPUTAÇÕES - UM CRIME DE ESTADO, clicando em

http://liciomaciel.wordpress.com/2014/01/15/tuma-jr-livro-download

A transcrição do livro de Tuminha pode ser vista em http://pt.slideshare.net/CelsoDaviRodrigues/livro-assassinato-de-reputaoes-tuma-junior

 

Leia os textos de Félix Maier acessando:

1) Mídia Sem Máscara

http://www.midiasemmascara.org/colunistas/10217-felix-maier.html

2) Piracema - Nadando contra a corrente (textos mais antigos)

http://felixmaier.blogspot.com/

3) Piracema II – Nadando contra a corrente (textos mais recentes)

http://felixmaier1950.blogspot.com/

 

Leia as últimas postagens de Félix Maier em Usina de Letras clicando em

http://www.usinadeletras.com.br/exibelotextoautor.php?user=FSFVIGHM

 

Para conhecer a história do terrorismo no Brasil, acesse:

http://wikiterrorismobrasil.blogspot.com.br/

 

Escracho

O Palácio do Planalto amanheceu com a frase:

"Aqui vive uma terrorista".

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