Usina de Letras

Durante o Governo Dilma houve mais de uma tentativa de recriar a CPMF e fazer uma reforma da previdência, aumentando a idade miníma de aposentadoria, para cobrir o rombo das contas públicas, mas a oposição bateu o pé contra e enterrou de uma vez por todas qualquer tentativa de solucionar o problema, o qual, em curto espaço de tempo, provocaria graves danos à população. Aliás, insistiram que o governo deveria cortar gastos e nada mais. Essa mesma oposição, que foi a responsável pelo afastamento da petista, voltou ao poder com vice-presidente Michel Temer. E agora o que querem fazer? Apenas o corte de gastos como queriam antes? Não. Admitem que não terão outra saída a não ser aumentando impostos, fazendo uma revisão de benefícios pagos pelo INSS e incrementando da idade mínima para se aposentar. Mas não era isso que Dilma queria fazer e eles impediram? Por que agora querem fazer o mesmo? Se era para fazer, não teria sido menos traumático para o país se isso tivesse sido feito o ano passado, quando a equipe econômica do governo Dilma insistiu nessa reforma? Pois se tivesse sido feito naquela época, o país não estaria na situação em que se encontra hoje. Não foi feito porque não era do interesse da oposição, porque eles queriam jogar Dilma contra o povo e tirá-la do poder, como de fato conseguiram. Mas em nenhum momento estavam pensando no Brasil e em nós, os brasileiros que sofremos as consequências desse jogo sujo. Infelizmente, elegemos nossos representantes para que, no poder, possam dar o melhor de si para o país e seu povo. Mas o que fazem? Transformam tudo num jogo, num toma-lá-dá-cá, numa disputa ferrenha pelo poder e por seus próprios interesses, como se o parlamento fosse tão somente um tabuleiro e nós, os mortais comuns, meros expectadores cuja função é aplaudi-los em suas brilhantes jogadas. A humanidade evoluiu, as instituições evoluíram e a democracia é uma realidade; contudo, os políticos continuam os mesmos da antiguidade, agindo unicamente por si e para si, enquanto o povo… bem, esse não conta. Afinal, este só é útil na hora do voto.