Para momento tão relevante no histórico da Usina, que marcará sem dúvida e exemplarmente estes primeiros dias de Fevereiro do incrível ano de 2002, decidi optar por um discurso em sua devida forma e praxe, mais para paradigmar a época que deveras vivemos em relação com a estoica façanha tecladora do usinário José Soares-2, um petisco humano de se lhe tirar o chapéu e vergar joelho em reconhecida vénia.
Vem a propósito a nova disposição que os mentores da Usina colocaram ao dispôr de escritores e patrocinadores literários: este herói de dedo enraivecido faz jus a prémio de correspondente valor e mérito: 1.500 baldes de cócó e xixi, matéria que deverá ser quanto possível bem agitada a fim de se obter um produto caloríficamente capaz de alimentar tão esforçado e denodado atleta das letras interplanetárias onde a mente humana, eis a evidência, se pode satisfatóriamente comprazer das alvíssaras dos geniais lentes das cassetes piratas.
Época de tudo e de todos, de direitos e deveres equitativos, de honra e dignidade, de seriedade absoluta em estreita conformidade com os altos níveis de progresso estabelecidos. Democracia plena em objectiva quitação entre humanos de todas as cores e credos, virtudes e defeitos, em incontornável equilíbrio com os sonhos da juventude hodierna e da veterania feliz.
Solicito as Vossa palmas, caríssimas e caríssimos comparticipantes, para o nosso dilecto e inesquecível "compagnon de route" José Soares-2".
Rogo-vos, oh gentes da Usina, que saibamos guardar e zelar em bom recato os nossos reconhecidos dejectos extra-alimentares para ofertarmos com encarecidos carinho e ternura a esta nova fórmula da literatura luso-brasileira.
--- Milene, traz-me daí a medalha, se fazes favor, mas traz também um par de luvas para cada um de nós!