Sábado de carnaval, o filho de um conhecido meu, levou um tiro na cabeça. Disparado por um amigo que brincava com uma arma. O garoto tinha apenas 13 anos, ficou três dias em coma e faleceu; Caso sobrevivesse, teria seqüelas gravíssimas para sempre. Esse triste episódio me fez repensar e reavaliar alguns valores e conceitos vigentes, e questionar algumas posições e o comportamento anormal da vida e do ser humano. Porque será que algumas pessoas acumulam tanto orgulho, tanto empáfia? Porque se acham tão superiores? E assim sendo, pisam e humilham seu semelhante, tripudiando e achincalhando como lhes bem apraz. Porque o perdão é tão difícil de ser concedido? E quando vem, vem acompanhado de desprezo e satisfação pessoal. Existem pessoas que em vez de dá a mão, ajudar com palavras de incentivos, ou elucidar e esclarecer, mostrando a verdade, mesmo que dura... Preferem menosprezar, desencorajar, e até mesmo insultar, rebaixando, humilhando e esmagando as pessoas. Que prazer mórbido sente uma pessoa, que se achando culta e cheia de conhecimentos, ou detentora de grande fortuna pessoal, ou possuindo um certo poder nas mãos; Acha-se no direito de ser a dona da verdade, impingindo transtornos e embaraços, a outrem que ao seu ver, é inferior, físico, financeiro ou intelectualmente. O patrão humilha o empregado, o professor humilha o aluno, o intelectual humilha o iletrado, o forte humilha o fraco. Onde anda o amor, meu Deus? Porque estraçalham a felicidade assim? Quando a incompreensão, o revanchismo e a soberba dominam o ser humano, que vestindo seu manto de altivez, não vê mais nada em sua volta além dos seus penachos coloridos, e sua pseudo-importância; Sente-se vontade de descrer no amor, na justiça e até no criador. De repente essas sumidades, atiram com seus revolveres arrotando arrogância, atingindo um ou outro com suas balas malévolas. Com essa visão obscura, esses seres superiores tentam matar a ternura, o amor e a felicidade; Quando não conseguem, deixam seqüelas incuráveis, e um buraco negro na sociedade.