Não tenho dúvidas: a Usina de Letras, no mundo, deverá ser o mais democrático dos expositores literários com integral liberdade de expressão. Nela, pelo que tenho analisado, têm lugar todas as tendências sem excepção. Desde o cadastramento inicial ao exercício pleno da escrita, não há restrições nem dificuldades. Por este essencial aspecto de liberdade, confrange-me e magoa-me que a sua utência esteja a transbordar de "M"/"W". Eu explico ao que venho e ao que aludo:
1. Já fui acusado de escrever português correcto.
2. Já fui apontado de intromissor indigno.
3. Já fui designado de ser, de não ser, de
-- deixar ser e de tornar a ser. Esses, os que
-- ensaiam e querem essas reviravoltas,
-- presumindo apenas que são os campeões da
-- tecla, aldravam tão só a cultura da língua
-- portuguesa. São os "M"/"W". Fale eu aqui do
-- homem dos três tomates que aparece de imediato
-- uma bestinha com uma mulher de quatro.
4. Agora, que já sei um pouco disto, da mecânica
-- e técnicas de funcionamento, o que vejo e
-- sinto eu? Vejo e sinto aquilo que mais me
-- horroriza no ser humano: três num só -
-- Domingos + Deus + Diabo = DDD. E revolto-me,
-- porque este paradôxide é um estafado pregador
-- de moral teórica mas, é de tal modo ambicioso
-- e cínico, que não dá o exemplo, e vão ver que
-- virá aí de imediato com o "M"/"W" nas
-- palavras. Vai naturalmente defender-se como o
-- queijo da Serra da Estrela, a desfader-se todo,
-- mas não terá nunca o mesmo paladar.
5. Não tem ele, nem têm muitos, pelo que acima
-- disse: cérebro USINAL.
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