--------------- Tudo roda e translada
--------------- Quiçá com mais movimentos
--------------- A excepção anda à deriva
--------------- No imenso Universo
--------------- E o que começa acaba
--------------- Apenas em pensamentos
--------------- Porque o busílis da vida
--------------- É permanente processo.
--------------- Ponho palavras em verso
--------------- Dou-lhes métrica e rima
--------------- Arrumo-as em estrofes
--------------- Fluentes e correctas
--------------- E em seu seio padeço
--------------- Os bichos que vão por cima
--------------- Sujá-las com os seus bofes
--------------- Fingindo que são poetas.
--------------- Lançam tretas e mais tretas
--------------- Rosnando fel medraço
--------------- Expelem à desfilada
--------------- Breves faúlhas de pus
--------------- Como nefastos cometas
--------------- Que atravessam o espaço
--------------- E se desfazem em nada
--------------- Para sempre àquem da luz!