----- Decerto, meu Amor, já não confundes
----- Onde deveras mora o sentimento
----- E qual é a luz de que Te inundes
----- Para toda Te sentires arder ao vento.
----- Decerto, meu Amor, já tens alento
----- Para acender pura uma palavra
----- Que se conserva firme e vai ao tempo
----- Dizer-lhe que o amor jamais acaba.
----- Decerto, meu Amor, já tens a adaga
----- Que se encrosta na ponta do punhal
----- E o curva a jeito, dócil ao escudo;
----- Decerto, meu Amor, já tens a carga
----- Da experiência hávida e letal
----- Que nada dá e em troca leva tudo!