Por que devo tanto sofrimento a esse lugar de suprema comodidade onde nada muda pela verdade?
As situações que passo, dores que sinto, amores que minto são dolores da minha alma que vaga em minhas lágrimas e salta demente atrás de ilusões
passageiras que tenho ao me ver dentro da realidade abstrata desse mundo cômodo.
Queria saber afugentar-me daqui, saber me iludir por coisas melhores, mas minhas vontades são saciadas pelo meu corpo que arde em chamas quentes de dor e
tranquiliza na brisa do amor, um amor que ainda procuro até me arder em cinzas; minhas cinzas se esvairão no ar sem destino sem medo sem
reconhecimento, apenas meras cinzas que um dia foram, juntas, sem serem amadas, destruídas em dor de discórdia interior.
Meu corpo lentamente se corroe em chamas, se derrama em prantos de agonia sem rancor, sem barreiras apenas dor... esse meu destino pra ser esquecido
até mesmo por mim e minh alma, me corre solto nas veias que se aprofundam em vácuo, infinitamente até parar jamais. Este meu sentido caminha, mesmo
contra minhas vontades verdadeiras, em direção ao sofrer das calamidades do amor.