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Ensaios-->DROGA - INTERESSA COMBATE-LA? -- 18/01/2000 - 10:05 (Luiz Torres da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
D R O G A- Interessa combatê-la?

Há mais de quarenta anos vemos confirmada a tese de que a proibição, o cercear do direito e da liberdade provocam reações opostas, conflitantes. Tomamos o exemplo de Adão e Eva. Deus ofereceu-lhes o Paraíso com apenas uma restrição: não tocar em determinado fruto. Foi o suficiente, não?
Exemplo mais contemporâneo: a Lei Seca implantada nos Estados Unidos e, hoje, o combate às drogas e expansão do consumo. O bastante para surgirem as gangues com aprimorados métodos de ação para cobrir a explosão da demanda. O mesmo acontece agora com a exploração da droga.
Deus em sua incontestável sabedoria ofereceu-nos a prova da fraqueza humana. Mas Sua divina lição produziu, apenas, um efeito: todas as proibições passaram a ser maçãs!
Nossa reflexão teve origem no estardalhaço feito pela policia e a imprensa sobre a incineração de sete e meia toneladas de cocaína pura, apreendida em território nacional. Esse volume, transformado em gramas, representaria 7.500.000 doses, o suficiente para tornar menos atraente o tráfico - se fornecidas em Centros de Saúde, gratuitamente, aos viciados que se cadastrassem. Por certo a inibição inicial seria vencida pelo peso financeiro do vício e os 'consumidores' deixariam de alimentar a contravenção. Se assim tivessem procedido os “produtores” e os “distribuidores” teriam financiado a matéria-prima para seus valiosos aliciados.
Dirão alguns que nossa tese é absurda e estimuladora do vício. Será? Se deixasse de ser negócio tão rendoso valeria a pena continuar aliciando novos dependentes - dentre jovens e crianças? Não, a fonte se esgotara!

Da mesma forma deveria ser encarada a maconha - o ópio dos menos afortunados. Incluir seu cultivo nas praças públicas junto com as espécies ornamentais ou mesmo industrializa-la como o cigarro. O viciado teria à mão a matéria prima ou o produto, à livre escolha, eliminando a movimentação econômica que a proibição provoca.

E se a cocaína incinerada fosse distribuída criteriosa e legalmente a custo simbólico de um real a grama, teria rendido setecentos e cinqüenta milhões de reais, que poderiam ser aplicados na recuperação médico hospitalar dos dependentes. Não teria sido bem melhor?

Voltamos a insistir na tese - não somente pelas razões citadas, mas estimulados pela adoção recente, em um país nórdico, da solução nela contida. O bom censo, a lógica e a coerência estariam prevalecendo, pois quando seca o filão acaba a garimpagem. As favelas seriam apenas opções de abrigo aos miseráveis que se multiplicam graças à política social dos governos, não a sede do narcotráfico. Cessadas as causas cessam-se os efeitos - o que somente nossas autoridades não sabem!

Devo confessar minha total ignorância sobre relações internacionais, acordos diplomáticos, culturais e comerciais entre nações, da mesma forma que desconheço os meandros e as sutilezas da estrutura política brasileira, tanto externa como interna. Talvez a manutenção do narcotráfico seja de interesse nacional, 'visando a formação de uma comunidade latino-americana de nações', conforme reza nossa Constituição ou ... interesses econômicos menos claros.

Aos que discordam da nossa tese sugerimos que “atirem a primeira pedra”... via Usina de Letras !
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