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Ensaios-->NAMORO E PRÁTICA SEXUAL -- 23/01/2000 - 19:07 (MARISLEI ESPÍNDULA BRASILEIRO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Os namoros rápidos ou ‘flertes’, são tentativas, muitas vezes, precipitadas de se iniciar um compromisso afetivo — que, em muitos casos, de início, já se sabe que serão fugazes, principalmente se a idade é inferior a 16 anos. Esse tipo de relacionamento gera desgastes e não é recomendado quando não se possa ou não se queira chegar ao namoro firme. A fase do namoro propicia um outro nível de experiência psico-afetiva, que até então estava circunscrito no âmbito das relações familiares e ligações de amizade. Como se trata de um vínculo de intimidade psico-afetiva destinada à formação de um futuro núcleo familiar, é preciso uma orientação segura dos pais que, certamente, ajudarão a perceber o momento apropriado para que se inicie tal fase. É preciso ainda que o namoro seja visto como um estágio de amadurecimento do jovem, destinado a prepará-lo para outros ciclos de convivência, indispensáveis para um relacionamento conjugal satisfatório. A idade física naturalmente corresponderá às exigências biológicas da paternidade e da maternidade; e a idade mental, dos fatores psicológicos provenientes de uma sólida formação psicológica.
Num relacionamento afetivo, ainda que haja a aprovação do sentimento, deve haver, igualmente o consentimento da razão. Namorar muito ou pouco não significa qualidade. O objetivo dessa fase é o conhecimento recíproco do casal, que viabilizará ou não — dependendo dos elementos que eles tiverem um do outro — o compromisso real. Quanto à quantidade de namorados (as) dependerá dos critérios que ele (a) estabelecer, contanto que objetive à constituição familiar, pois o namoro em si mesmo não deve ser inconseqüente ou de natureza utilitarista. A duração do namoro depende de cada casal. Durante esse primeiro estágio de convivência, o casal terá apenas um conhecimento relativo um do outro, uma vez que cada um se interessará em promover suas qualidades e atributos pessoais, objetivando conquistar cada vez mais a simpatia e a afeição de seu pretendido. Além disso, é preciso considerar que o processo de amadurecimento para alguns é mais lento do que para outros, constituindo numa necessidade avaliar-se a intensidade dos sentimentos e a capacidade de aceitação mútua. É preciso considerar, além da necessidade de conhecimento da individualidade do outro, a importância do autoconhecimento, a fim de que se possa perscrutar, na intimidade da consciência e no núcleo de seus sentimentos, se deseja ou não concretizar tal vínculo afetivo, através do matrimônio. Quanto ao tempo cronológico, dependerá da rapidez com que se efetive esse processo, que pode ocorrer até mesmo após longos anos de convivência. No caso de dúvidas quanto à escolha entre duas pessoas para consolidar o namoro, convém optar pela predominância de valores morais e intelectuais, harmonizados por uma identificação física, emocional, ideológica e psíquica, além de confiar na ação do tempo.
A indecisão comum na fase do namoro — saber se é esta ou aquela pessoa a certa — faz com que muitos jovens provoquem desilusões amorosas de difícil reparo. A traição na fase do namoro pode parecer natural para quem pratica, mas, para quem sofre, é angustiante. Por isso, é melhor não começar, se sente que não vai dar certo. Em qualquer fase de relacionamento afetivo o sentimento de respeito ao compromisso assumido deve ser cultivado. E se durante o namoro ou noivado o homem ou a mulher não mais desejar prosseguir com a relação afetiva, é preciso ponderar as razões e avaliar os sentimentos para que esta decisão seja, finalmente, aprovada pela consciência. O bom senso consiste em perceber os desígnios da consciência em razão do grau de responsabilidade, do respeito e do afeto que um possa ter pelo outro.
Assim como uma criança da pré-escola não tem estrutura para cursar uma faculdade sem passar por todas as séries (exceto os superdotados), também um casal que precipita uma fase de conhecimento pode ter que um dia parar e retomar o caminho passando por cada fase. As fases de namoro, noivado e casamento representam níveis de conhecimento mútuo para a formação da família. Seria mais aconselhável que essas fases, ainda que tenham diversas denominações, fossem respeitadas, objetivando o amadurecimento da união conjugal e o preparo da futura família.
Não é que o corpo vá reagir diferente se o ato sexual for praticado antes ou depois de se ter assinado um papel. Mas é devido à natureza psíquica da mulher caracterizada pela necessidade de segurança psico-emocional e as características psicológicas do homem voltadas à plena liberdade de agir. O ato sexual, antes do casamento, geralmente causa insegurança na mulher e atinge a liberdade do homem que não quer se sentir pressionado para o casamento. Pode parecer que não, mas isto ocorre também no relacionamento entre pessoas mais velhas ou entre casais divorciados que tentam uma nova relação conjugal.
Mesmo quando o casal planeja uma união duradoura mas, não possuindo condições financeiras para constituir uma família, opta por manter apenas um relacionamento sexual, enfrentará conflitos pela falta da formalização. Embora a questão econômica pareça determinar certas questões de natureza afetiva, psíquica, social, política e educacional, encontra-se ligada e submetida a fatores estritamente morais e por isso não deve constituir um obstáculo ao casamento, mas num desafio a ser superado através do trabalho honesto.
Muitas moças se sentem constrangidas em dizer aos namorados que só querem ter relacionamento após o casamento, temendo que eles digam que elas são antiquadas ou estão ‘fora de moda’. O rapaz, por sua vez, acha que, por ser homem, deve sempre tomar as iniciativas e ser atirado, para que não pensem que ele é ‘frouxo’. Com isso, pela falta de uma conversa franca, ambos terminam por fazer a coisa certa na hora errada. Para o homem, é importante a sensação de que escolheu aquela que seu coração pediu e sua razão consentiu; e a mulher, pela presença geralmente predominante do psiquismo feminino, sempre exigirá a segurança emocional que justifique a antecipação conjugal. Isto independe de qualquer educação recebida. Para o instinto materno, a consolidação do casamento é a maior segurança.
Muitos jovens, por não terem paciência para esperar o casamento, procuram o relacionamento com ‘garotas de programa’, trazendo prejuízos para si e para os outros porque, quando de algum modo se contribui para a permanência da prostituição, assume-se débito perante a vida, devido à contribuição para o aumento do sofrimento e da desunião.

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