Usina de Letras
Usina de Letras
251 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62073 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10302)

Erótico (13562)

Frases (50483)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Ensaios-->TEMER A DESNACIONALIZAÇÃO ? -- 24/01/2000 - 16:44 (Luiz Torres da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
T E M E R A D E S N A C I O N A L I Z Ã O ?

O Correio Braziliense de 22 e 23 de janeiro deste 2000, destaca dois assuntos que nos deixa em dúvida. Um deles – meio manchete, diz que o governo “teme a desnacionalização”, visto o capital estrangeiro ampliar seu controle sobre serviços. O outro, também como meia manchete: “ Dívida atinge 47,7% do PIB”.
Segundo me parece o “temor” deveria ter sido previsto muito antes do que está ocorrendo: no início da política que precisava ”escamotear” as conseqüências de uma moeda puramente eleitoral – sem lastro ou garantia, mas impressionável para uma campanha política também sem base e sem plataforma.
Alegar causas externas para justificar a ajustagem de uma moeda ficticiamente valorizada e a recorrência ao FMI não poderia, hoje, causar temor. Tudo já estava definido há cinco anos. Necessário provar?
O artigo do dia 22 é bem claro: no texto lê-se: “A estimativa do governo quando acertou as metas com o FMI era de que a dívida fosse equivalente a 51,2% do PIB”. Mais adiante: “em valores absolutos, a dívida atingiu R$ 517.620 bilhões em novembro passado, enquanto o acordo com o FMI projetava para aquele mês um endividamento de R$ 512,938 bilhões. Continua o artigo dizendo que “Quando comparado ao PIB, o desempenho do endividamento fica melhor do que o acertado no acordo. No documento, o esperado, em novembro passado, era um PIB de R$ 1.001 trilhão, mas o registrado foi de 1.085 trilhão”. Parece não haver necessidade de analise ou comentário sobre o “temor”, pois quem deve, internamente, R$ 517,620 bilhões (falta ainda dezembro) e em apenas onze meses do ano passado pagou de JUROS - R$ 125,988 bilhões, naturalmente não pode TEMER coisa alguma! !
A desnacionalização começou há cinco anos, através das privatizações, que até financiamentos integrais e prazos a perder de vista, afora carências e pagamento do sinal com papeis podres, só podia dar nisso. Hoje estamos com a siderurgia, a comunicação, a energia elétrica, os portos , o sistema bancário, a telefonia, as estradas, a vigilância da Amazônia e quase todos os setores públicos nas mãos do capital estrangeiro e seus administradores (“remember Ganchos Telefônicos”}. Já falam até em privatizar as forças armadas estaduais e municipais, para melhor entrosamento com os delinqüentes e traficantes.
Para mais favorecer a desnacionalização, vamos fechar a indústria bélica brasileira e importar armas bem mais sofisticadas para proteger os alienígenas que virão comandar nossa economia ou nossos destinos.
Em 1995 diante das medidas adotadas pelo novo governo e a” entronização” da moeda precedida por uma URV, redigimos análise aconselhando àqueles que pudessem aplicar recursos a médio prazo, que adquirissem dólares – porque a moeda em vigor não tinha vida longa ao par. Ela estaria iniciando o ciclo argentino, cujo resultado todos conhecem. Os economistas da época disso sabiam e temiam o resultado. O governo – não mudando o executor da tarefa(m.f.), assumia o risco de uma dívida interna e externa intolerável e impagável. Para assegurar a continuidade optou pelo “deixa como está para ver como fica” e o resultado estamos sentindo agora. A desvalorização foi de 100% - bem superior à que teria sido captada no mesmo prazo com a rentabilidade estrangulada – tal como a inflação !!! O temor não parece ser pela desnacionalização, mas sim pela perda do “status” - que tanto deslumbra !
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui