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Ensaios-->TESE INCONVENIENTE -- 01/02/2000 - 12:50 (Luiz Torres da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
T E S E I N C O N V E N I E N T E

' Vencer o desemprego...Trabalhando menos' pode parecer utopia, mas exprime corretamente o fundamento da tese que defendemos sobre o desemprego e a restauração da dignidade de um povo tornado pária pela incompetência, ou conveniência, dos governos que se sucedem.

Inadmissível um País como o nosso - com sua grandeza e potencialidade ocupar as últimas colocações nas estatísticas universais de miséria, analfabetismo, doença, insegurança e, prioritariamente, desrespeito aos direitos humanos.

Ufanamo-nos por promover o maior carnaval do mundo; ser tetra campeões de futebol; terceiro colocados na expansão da AID s - sem leitos nem coquetéis para tratar nossos patrióticos portadores; possuir dois terços da população analfabeta, miserável, sem emprego, habitação, saúde, saneamento e alimento. Mas em contra partida isentamos tributos para importação de automóveis de luxo não os reduzindo para caminhões e tratores nacionais, para os quais se restringe, ainda, consórcios ou financiamentos.

O ufanismo aumenta quando majoramos o crédito para a produção nacional e isentamos de taxas as importações de bens supérfluos que produzimos com igual qualidade - em campanha para a contenção do consumo. Promovemos movimentos sociais para alimentar os famintos e deixamos apodrecer estoques 'reguladores' armazenados em depósitos regiamente pagos pelo governo.

Nossa democracia crioula distingue-se por colocar na presidência políticos inexpressivos - os 'vices' ou eleger outros do mesmo quilate. Legisladores eleitos por grupos econômicos e cartéis - porque o investimento tem retorno assegurado. O voto majoritário na Brasil é formado pelos párias, miseráveis e analfabetos, valendo o equivalente a um quilo de feijão. Isso porque o custo de uma campanha se mede pela fome – o que recomenda o voto obrigatório. Ministérios se formam com administradores das campanhas eleitorais, que assegurarão os retornos pré ajustados, mesmo que para tal se utilizem os fundos sociais de emergência.

A política sócio econômica tupiniquim é tão coerente, lógica e eficiente que estimula a recessão, onera a mão de obra, extrapola a tributação, combate o consumo e incrementa a importação, exortando o povo a preterir o produto nacional.M a s o q u i s m o nacionalista !

O Brasil possui em sua extensão continental a maior bacia hidrográfica do mundo, as melhores condições climáticas, as mais vastas reservas minerais do planeta, um solo fértil, um povo proficiente, pacífico, inteligente e trabalhador, isso sem alardear o amazônico pulmão do mundo, tão cobiçado e discutido internacionalmente.

Pois bem, apesar da fartura hidrográfica adotamos o transporte rodoviário no lugar da hidro e do ferroviário; exaurimos nossas reservas minerais beneficiando o importador; ignoramos o desmatamento e a exportação de nossa madeira nobre; impedimos a expansão agrícola, onerando-a com juros impagáveis; destacamo-nos pelo sofisticado serviço de bordo em nossas aeronaves em qualquer horário de vôo; temos a maior extensão de fronteiras desguarnecidas do mundo e, também, sem alardear, o menor espaço físico carcerário jamais imaginável: 30 centímetros quadrados por presidiário.

Esse o espelho superficial de um país que tem um povo proficiente, pacífico e trabalhador, uma extensão continental, um clima invejável, uma bacia hidrográfica insuperável etc e etc. Só não tem g o v e r n o !

Problemas insolúveis não temos. Apenas desinteresse ou a conveniência de manter ou incrementá-los – mesmo sendo maiores as possibilidades de reversão do que sua manutenção. Embora editadas por entendimentos discutíveis, temos um rol de leis que permite oficializar medidas saneadoras ou corretivas, favorecendo mudanças e adaptações necessárias às reformas pretendidas. Nossa Constituição, pródiga em taxações tributárias e cerceamento de poderes é flexível, ensejando interpretações como as contidas em seu artigo 150, por exemplo.

O desemprego provoca a miséria, a marginalidade, a insegurança, a violência, o inconformismo e todas suas conseqüências. E nada é feito para reverter tal situação. Ao contrário, mantém-se a recessão, impõe-se a redução do consumo, elevam-se as taxas de juros, majoram-se os tributos e cerceiam-se os direitos à liberdade e ao desenvolvimento. Um ser normal, inteligente, equilibrado pode entender e aceitar tais critérios ? Nenhum com esses atributos conseguirá chegar ao poder. Conclui-se, pois,que nenhuma reformulação ocorrerá tão cedo.

Os homens de bem, corretos, capazes e habilitados não recebem convites para integrar equipes de nenhum governo, assim como não tem vez nos quadros político-partidários e chapas eleitorais. Criariam constrangimentos ou poriam em risco os esquemas. O covil não admite estranhos à categoria face o risco de desestabilizar a timocracia imperante.

O desencanto sobrepõe-se ao inconformismo, levando-nos ao desestímulo e à omissão face a inutilidade de apresentar teses, sugerir soluções e cooperar para uma reversão total do caos imperante, porque em curtos períodos recomeçamos a editar o esquema. Mais outros anos para manter-nos no topo das negativo das estatísticas internacionais. Mas como dizem que Deus é brasileiro vamos continuar lutando até que Ele se apiede de nós !para
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