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Ensaios-->Deleite do Espírito -- 09/07/2000 - 20:07 (Andréa Abdala) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Deleite do Espírito


Muitos são os sabores da vida: amargos, doces, picantes. Mentolados, refrescantes, azedos, os das ervas e suas especiarias. Mas, do que adiantariam os sabores da vida se não possuíssemos o paladar capaz de transmiti-los ao nosso ego. Aquela sensação operante do organismo que registra o gosto agradável de cada sabor sentido, através do contato com a boca, toque dos lábios e manuseio da língua. Talvez o maior segredo esteja não nos sabores que a vida têm mas sim em como eles são identificados pelos sensores do corpo. A satisfação que se manifestada em cada um de nós.

Não é estranho observarmos que existem pessoas amantes do alho, bem como habitual algumas rejeitarem a cebola. Os alimentos açucarados podem aguçar o prazer de uns, enquanto as frituras a de outros. Tudo me parece relativo e muito individual.

Os sensores orgânicos para o paladar e para o prazer são os que conferem o sabor da vida. Reconhecido pelo sistema nervoso e auxiliado pelos movimentos da mandíbula, o paladar desperta-se através dos botões gustativos, como se fossem os interruptores da boca, massagistas da língua ou um organizador do encontro entre os lábios superior e inferior.

Quando o sabor for aprazível observam-se mudanças características na pessoa: surge a espontânea sensualidade corporal, o relaxamento dos músculos, o brilho no olhar, todas as formas de êxtase e gozo. Uma inclinação natural para o que é bom e gostoso. O prazer alcançado pode ser comparado à conquista de uma guerra, banho de ervas, cama confortável, ao cetim e etc. Esta sensação é uma das mais excitantes que a vida oferece, algumas pessoas atribuem a ela a condição de sagrado e divino, sensíveis e hipnóticos, rituais de amor e harmonia. Um deleite ao espírito.

O prazer bem recebido pelo corpo e pela alma não reflete qualquer condição repulsiva ou repugnante pela pessoa que o sente, muito pelo contrário. Este prazer profundo tornar-se compulsivo, normal ou exagerado. Pode ser um vício característico daqueles por ele escravizado e dominado. Pode reverter lucidez em loucura, inanição em gula, raiva em paixão... e por quê não dizer que o prazer pode provocar comichão, transpiração!

A vida é assim, recheada de sensações agradáveis, de desejos irresistíveis, embutindo e embutidos no ser humano, provocantes e descontroláveis. O prazer pode ter ida e acabar sem volta, um verdadeiro furacão, ou um forte redemoinho.

E se não tivermos cuidado (se é que o queremos ter) passaremos a vida ajoelhados aos pés dessa vontade irresistível, seguidores de seu caminho, sementes de suas terras, 'pragas' do destino.



©Andreá Abdala
09/07/00

Revisto por Vânia Moreira Diniz
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