Energia que roga pela entrega desmedida,
O amor
Invade a vida em sua mais cega profundidade.
Nele nascemos e morremos intensamente.
Esta mixórdia de força e candura;
Esta doação incessante de si mesmo,
De sentidos
E sentimentos à parte que nos completa
Só se revela aos corações desnudos,
Aos corações que não negam o amor,
Pois sabem que quanto mais o negarem,
Mais dele terão necessidade.
Amar é a inexplicável capacidade
De deixar prosseguir
Quem deseja prosseguir,
Querer o bem de quem se ama,
Permitir que este evolua e cresça;
Doar o tempo como quem dispõe do infinito,
Sem arrependimentos, sem tentativas
De resgate do próprio tempo que se esquiva.
Amar é não saber amar.
Mergulhar
Nesta ânsia já imbuída de emoção,
Nesta teoria que ,
Quando posta em prática, nos revela
Que nada sabemos da vida...
E que, viver, entre outras virtudes,
É sempre e sempre aprender a amar...