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Ensaios-->POR UMA LITERATURA UNDERGROUND (um manifesto) -- 13/04/2001 - 19:16 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
underground = subsolo

subsoletrando, subsoletrando
(ah! o mundo das letras)

a sopa de letrinhas tem por destino
o intestino, sempre,
mesmo que só
por amor
à rima

eine U-Literatur
(vaga lembrança
e poucas saudades da superfície)

o trem já atravessou tantas páginas, Jônatas,
(café-com-pão, café-com-pão, café-com-pão,
Virgem Maria, que foi isto, ô maquinista!)

agora é a vez do metrô,
Dona Literatura,
seu percurso voraz demanda entranhas

e há quem prefira
'uma literatura visceral',
a revista CULT, para citarmos um exempo

bye-bye, mainstream,
haja divã para tanto complexo de vira-lata
haja platéia para tantas divas doidivanas

o mirisola, hoje, na secção de cartas da Folha,
vocifera contra Patrícia Melo
e a turma do pirulito

(os leitores da CULT - nada mais justo!
- detestaram o boca-suja do mirisola)

jabuti, não
o mirisola tem de levar é muita, mas muita jabuticaba naquela cabeça de purungo
(também... o que ele fez com a Hildegard,
nem mesmo Santa Terezinha aguentaria);
e quem mandou confiar no Cabralzinho,
aquele filho da puta?

do usina , o autor/leitor DENISON Souza Borges
vai ser cuspido fora com a água do buxixo,
do bochecho, do gargarejo

que deixe, pedras demarcatórias
de um caminho que -
cada qual à sua maneira -,
percorremos,
uma seleção dos seus melhores textos;
entre os imprescindíveis:
'Adentrando a vulva de minha mãe',
'Morra logo, mãe, sua casquinha, eu quero
a minha herança' e 'O dia em que
os mestres da música foram para um jantar'

um pântano de salivação -
uilcon pereira definiu bem -,
a opinião pública

mas...
e a média?
e a mídia?

'don t play with dark things',
cantava bob marley

'mas isso faz algum sentido?', perguntarão alguns leitores atônitos

'sim' - sou eu, catatônico, quem responde -,
'principalmente em se levando em conta
que o usina de letras vem mais e mais adotando,
por obra de alguns
(alguns!)
de seus autores/leitores (e,
muito saudavelmente, é preciso que se diga),
o procedimento poético básico
da auto-referência'

um quadro de avisos,
e a roupa suja que se lava
em casa (e a criança que - lei de Murphy -
acaba sendo jogada fora com a água do banho)

'tudo que é bom para o lixo,
é bom para a poesia'
(manoel de barros)

de volta à infância:
'coelhinho da Páscoa,
que trazes pra mim?'

de volta ao começo:
subsoletrando
(ah! o mundo das letras)

(ah! usina de letras,
'meu vício desde o início',
quantos já te deixaram...)

'[...] e toda sorte de clichês',
cada vez mais imperdoáveis

e, já que a superfície anda irrespirável,
e já que a média desconhece o seu impasse,
só nos resta ir fundo:

por uma literatura underground


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