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Ensaios-->O último a sair apague a luz -- 16/05/2001 - 16:40 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Durante o governo militar, não me lembro se de Médici, havia o slogan “Brasil, ame-o ou deixe-o”. Os esquerdistas – assim como os insatisfeitos em geral, que existem em qualquer governo –, logo replicaram com “o último a sair, apague a luz”. Porém, não foram muitos os que saíram do Brasil. Quem fugiu do País, ou tinha culpa no cartório – aí se incluem os integrantes de grupos terroristas marxistas – ou foi fazer turismo de luxo na Europa – caso de FHC, Márcio Moreira Alves, Aloysio Nunes Ferreira (depois de assaltar o trem-pagador Santos-Jundiaí) e outros burgueses apaniguados. Essa simples constatação prova que aqui a coisa não estava tão preta como costumam pintar os revanchistas ainda hoje de plantão, os atalaias remanescentes do socialismo.

De Cuba fugiram quase dois milhões de pessoas, depois que Fidel Castro impôs seu regime tirânico na Ilha, fuzilando 17.000 conterrâneos. Ainda hoje há 800.000 na fila para uma migração aos EUA, depois que este país firmou um acordo com o barbudo do Caribe para liberar aos poucos a saída de cubanos de seu país, acordo este ocorrido depois do auge da fuga de “balseros”, que em bóias de câmaras de viaturas ou em troncos de bananeira tentavam chegar a Miami, com risco da própria vida. Enquanto isso não acontece, Fidel impõe retaliações a esses “traidores”, negando emprego e confinando-os em centros de “reeducação doutrinária”. O caso mais recente da “fuga do paraíso”, de repercussão internacional, muito bem explorada por Fidel Castro, foi o do garoto Elián, cuja mãe faleceu em um naufrágio. Em Cuba, quando o último cubano sair, ninguém precisará apagar a luz. Os apagões já fazem parte da cultura cubana. Diz o tirano mais antigo do planeta: “Apagão? O que é o apagão? O coração do verdadeiro revolucionário tem sua própria luz”.

Voltando aos governos militares. Não consta que alguém tenha apagado a luz naquela época, já que não houve o último a sair do País. O PIB do País crescia espantosos 10 a 13% ao ano, em duas décadas passamos da 48ª posição para a 8ª economia mais rica do planeta, o Brasil foi o país que mais cresceu no século XX, superado apenas pelo Japão (dois governos FHC retrocederam o Brasil para 12º lugar, com dívidas interna e externa chegando a 1 PIB). A construção de usinas hidrelétricas, naquela época, era uma necessidade absoluta, porque não havia outras opções imediatas, embora hoje alguns palpiteiros critiquem os militares por só terem investido em hidreletricidade. E os milicos não dormiram no ponto, como ocorreu com os governos depois de Sarney. Construíram usinas que na época estavam entre as maiores do mundo: Ilha Solteira, Urubupungá, Itaipu, Tucuruí, Sobradinho. Até 1989, investiam-se o equivalente a mais de R$ 20 bilhões anuais no setor energético, valor que caiu para R$ 8 bilhões nos últimos anos. Geisel iniciou a construção da usina nuclear de Angra dos Reis, onde seriam construídas mais duas. Em São Paulo também seriam erguidas usinas nucleares. Infelizmente - ou felizmente, como afirmam os ecologistas -, após o desastre de Chernóbil, em 1986, o átomo como fonte de energia elétrica foi posto de lado em muitos países, assim como no Brasil. As usinas nucleares previstas para São Paulo não foram sequer iniciadas e as usinas nucleares de Angra não foram todas concluídas e passaram a ser conhecidas como “vagalumes” ou “pisca-pisca”, devido às constantes interrupções de geração de energia elétrica.

Hoje, sem trocadilhos, o Governo se encontra literalmente com a 'vela' na mão. O máximo que fez por ora foi nomear Pedro Parente como “Ministro do Apagão”. Ainda não sabe se deverá cortar 20% ou 35% do consumo de energia elétrica, está mais perdido que cusco em procissão. Muito mais do que nos atirar no escuro, os apagões que estão por vir são um símbolo exato e eloqüente deste Governo que definha e some na escuridão geral, soterrado no apagão moral de denúncias de corrupção, de compras de votos de parlamentares, de dossiês caimãs e de falcatruas que teimam em não terminar nunca.

Não há, pois, necessidade de o último a sair apagar a luz. O apagão já nos apagou. Acendamos, pois, as velas e os lampiões!







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