O “terceiro turno” (ou terceira arena) demorou para acabar em Brasília, quando o boi Garantido petista, após as últimas eleições para Governador, continuou durante meses a dar chifradas no Caprichoso rorizista, inconformado com o resultado das urnas.
Na semana passada, com a ida de Roriz a Nova Iorque, para expor perante o Habitat + 5, da ONU, seu programa de assentamentos no DF, o Correio Braziliense (CB) conseguiu a proeza de antecipar a briga do primeiro turno das próximas eleições.
Enquanto Roriz viajava para os EUA, indo atrás também de um empréstimo do BID, de 130 milhões de dólares, para saneamento de assentamentos, como Samambaia, e para a despoluição de rios, de modo a viabilizar a construção da represa Corumbá IV, o CB nada noticiou a respeito. Apenas inventou uma guerrinha verbal entre o Governador e o Deputado Geraldo Magela, escolhido naquela semana pelo PT como candidato às próximas eleições.
Na 6ª Feira, dia 8 de junho, o CB se superou em matéria de maniqueísmo à Parintins: classificou o pronunciamento de Roriz, na ONU, como um grande vexame, por ele ter afirmado que no Distrito Federal não havia mais favelas. Os motivos pelos quais o Governador foi convidado para discursar na ONU perante prefeitos e autoridades de 170 países, devido principalmente ao programa brasiliense de assentamento em Samambaia, que chamou a atenção dos técnicos daquela organização em visita ao DF, foram solenemente esquecidos nas páginas do maior jornal de Brasília.
É por essa e outras que o Correio Braziliense é conhecido pela população local como “Diário Oficial do PT”.