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Ensaios-->A Pedra de Roseta do Caribe -- 27/07/2001 - 11:31 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A “Pedra de Roseta” do Caribe

Félix Maier

Abaixo, o leitor pode ter acesso ao “texto sagrado” escrito no dia 29 de julho de 1973 por Fidel Castro a Salvador Allende, em três versões – espanhol, inglês e português. Mais simples que a Pedra da Roseta, esta “Pedra de Roseta do Caribe” é uma prova inequívoca do processo revolucionário que estava em marcha no Chile sob o governo de Salvador Allende. Por mais que os esquerdistas/socialistas/comunistas tentem negar, o Chile estava caminhando rapidamente para o socialismo, vale dizer, para o comunismo. Felizmente, para o povo chileno, a trama Fidel-Allende foi abortada pelo contragolpe de Pinochet. O mais que a esquerda divulga é pura mitologia.



Habana, julio 29 de 1973

Querido Salvador:

Con el pretexto de discutir contigo cuestiones referentes a la reunión de países no alineados, Carlos y Piñeiro realizan un viaje a ésa. El objetivo real es informarse contigo sobre la situación y ofrecerte como siempre nuestra desposición a cooperar frente a las dificuldades y peligros que obstaculizan y amenazan el proceso. La estancia de ellos será muy breve por cuanto tienen aquí muchas obligaciones pendientes y, no sin sacrificio de sus trabajos, decidimos que hicieran el viaje.

Veo que están ahora en la delicada cuestión del diálogo con la D.C. en medio de acontecimientos graves como el brutal asesinato de tu edecán naval y la nueva huelga de los dueños de camiones. Imagino por ello la gran tensión existente y tus deseos de ganar tiempo, mejorar la correlación de fuerzas para caso de que estalle la lucha y, de ser posible, hallar un cauce que permita seguir adelante el proceso revolucionario sin contienda civil, a la vez que salvar tu responsabilidad histórica por lo que pueda ocurrir. Estos son propósitos loables. Pero en caso de que la outra parte, cuyas intenciones reales no estamos en condiciones de valorar desde aquí, se empeñase en una política pérfida e irresponsable exigiendo un precio imposible de pagar por la Unidad Popular y la Revolución, lo cual es, incluso, bastante probable, no olvides por un segundo la formidable fuerza de la clase obrera chilena y el respaldo enérgico que te há brindado en todos los momentos difíciles; ella puede, a tu llamado ante la Revolución en peligro, paralizar los golpistas, mantener la adhesión de los vacilantes, imponer sus condiciones y decidir de una vez, si es preciso, el destino de Chile. El enemigo debe saber que está apercibida y lista para entrar en acción. Su fuerza y su combatividad pueden inclinar la balanza en la capital a tu favor aun cuando otras circunstancias sean desfavorables.

Tu decisión de defender el proceso con firmeza y con honor hasta el precio de tu propria vida, que todos te saben capaz de cumplir, arrastrarán a tu lado todas las fuerzas capaces de combatir y todos los hombres y mujeres dignos de Chile. Tu valor, tu serenidad y tu audacia en esta hora histórica de tu patria y, sobre todo, tu jefatura firme, resuelta y heroicamente ejercida constituyen la clave da la situación.

Hazle saber a Carlos y Manuel en qué podemos cooperar tus leales amigos cubanos.

Te reitero el cariño y la ilimitada confianza de nuestro pueblo.

Fraternalmente,

Fidel Castro

(Texto extraído do “LIBRO BLANCO DEL CAMBIO DEL GOBIERNO EN CHILE”, 11 de Septiembre de 1973. Impreso y editado por Editorial Lord Cochrane, S.A., Santiago, Chile)

***

Havana, July 29, 1973

Dear Salvador,

With the pretext of discussing with you the problems referring to the meeting of the countries not aligned, Carlos and Piñeiro will be travelling to such. The real objective is to be informed by you about the situation and offer to you as always our arrangement to cooperate facing the difficulties and dangers that block and threaten the process. Their stay will be very short in as much as they have here many pending obligations and, not without sacrificing their projects, we decided that they make the trip.

I see that they are now in the delicate situation of dialoguing with the D.C. (Democracia Cristiana), in the middle of serious events as the brutal assassination of your naval military bodyguard and the new strike of the truck owners. I imagine the great tension existing because of this and your desires of winning time, to improve the analogous violence in case that the struggle explodes and, if possible, to find a road that permits to move forward with the revolutionary process without a civil war, but at the same time save your historical responsibility for what could occur. These are laudable purposes. But in case that the opposition, whose real intentions are in no conditions to be valued from here, engages in a treacherous and irresponsible policy demanding an impossible price to pay for the Popular Unity and the Revolution, something which is, even, quite probable, do not forget for a second the formidable force the Chilean working class and the power might they have offered to you in all the difficult moments; they can, if you call before the Revolution faces danger, paralyze the golpistas, maintain the adhesion of those who are hesitant, imposing their conditions to decide once and for all, if necessary, the destiny of Chile. The enemy must know that they are being perceived and ready to enter into combat action. Their force and their combat strength could balance the scale in the capital city to your favor even though in other circumstances could be unfavorable.

Your decision of defending the process with firmness and with honor even by paying the price with your own life, and as all know you are capable of fulfilling, will drag to your side all the violent forces capable of combat and all the worthy men and women of Chile. Your value, your serenity and your audacity in this historical hour of your country and, above all, your unswerving command, resolved and heroically exercised constitute the key to the situation.

You let Carlos and Manuel know how we can cooperate your loyal Cuban friends.

I reiterate to you the fondness and the unlimited trust of our people.

Fraternally,

Fidel Castro.

(Texto extraído do site www.fundacionpinochet.cl/)

***

Havana, 29 de julho de 1973

Querido Salvador

Com o pretexto de discutir contigo questões referentes à reunião de países não-alinhados, Carlos e Piñero realizam uma viagem para aí. O objetivo real é informar-se contigo sobre a situação e oferecer-te, como sempre, nossa disposição de cooperar frente às dificuldades e perigos que obstaculizam e ameaçam o processo. A estada deles será muito breve, porquanto têm aqui muitas obrigações pendentes e, não sem sacrificar seus trabalhos, decidimos que fizessem a viagem.

Vejo que estão, agora, na delicada questão do diálogo com a D. C. (Democracia Cristã) em meio aos graves acontecimentos, como o brutal assassinato de seu Ajudante-de-Ordens Naval e a nova greve dos donos de caminhões. Imagino a grande tensão existente devido a isso e teus desejos de ganhar tempo, melhorar a correlação de forças para o caso de que comece a luta e, se possível, achar um caminho que permita seguir adiante o processo revolucionário sem guerra civil, junto com salvar tua responsabilidade histórica por aquilo que possa ocorrer.

Estes são propósitos louváveis.

Mas, no caso da oposição, cujas reais intenções não estamos em condições de avaliar daqui, empenhar-se em uma política pérfida e irresponsável exigindo um preço impossível de pagar pela Unidade Popular e a Revolução, o qual é, inclusive, bastante provável, não esqueças, por um segundo, da formidável força da classe trabalhadora chilena e do forte respaldo que te ofereceram em todos os momentos difíceis; ela pode, a teu chamado, ante a Revolução em perigo, paralisar os golpistas, manter a adesão dos vacilantes, impor suas condições e decidir de uma vez, se for preciso, o destino do Chile. O inimigo deve saber de que dispões do necessário para entrar em ação. Sua força e sua combatividade podem inclinar a balança na capital a teu favor, inclusive, quando outras circunstâncias sejam desfavoráveis.

Tua decisão de defender o processo com firmeza e com honra, mesmo com o preço da própria vida, que todos te sabem capaz de cumprir, arrastarão a teu lado todas as forças capazes de combater e todos os homens e mulheres dignos do Chile. Teu valor, tua serenidade e tua audácia nesta hora histórica de tua pátria e, sobretudo, teu comando firme, decidido e heroicamente exercido, constituem a chave da situação.

Faz Carlos e Manuel saberem em que podem cooperar teus leais amigos cubanos.

Te reitero o carinho e a ilimitada confiança de nosso povo.

Fraternalmente,

Fidel Castro

(Tradução de José A. da Rocha)


***

A Pedra de Roseta foi descoberta em 1799 por soldados de Napoleão, na cidade de Rashid (Roseta), a leste de Alexandria. Continha um decreto de Ptolomeu V, datado de 196 A.C., escrito em 3 idiomas: o primeiro em caracteres hieróglifos, a “escrita sagrada”, entendida na época apenas pelos sacerdotes; o segundo em caracteres demóticos (do grego “demos”), a “escrita popular”; o terceiro em caracteres gregos. Este último texto era nessa língua devido ao grande número de gregos que se estabeleceram no Egito depois da conquista de Alexandre Magno.

Supondo, corretamente, tratar-se os escritos da Pedra de Roseta do mesmo conteúdo, porém com três versões, compreenderam os cientistas que tinham em mãos uma chave para a escrita hieroglífica.

Com a derrota dos franceses no Egito, os ingleses levaram a Pedra da Roseta como troféu de guerra. Hoje, ela se encontra no Museu Britânico.

O francês Jean-François Champollion já aos 13 anos se comprometeu em decifrar o enigma dos hieróglifos e, para isso, estudou latim, grego, hebraico, aramaico, sírio, árabe, persa e copta. Com a ajuda de cópias da Pedra de Roseta e de inscrições em monumentos do Egito, Champollion conseguiu decifrar nomes de soberanos gregos e romanos, como Alexandre, e chegou aos nomes de faraós, como Ramsés. Champollion descobriu que os hieróglifos eram símbolos fonéticos. Por exemplo, o desenho da coruja não representava um pássaro, mas o som da letra “m”; a mão não era uma mão, mas o som da letra “d”. Aumentando o conhecimento do número de caracteres, Champollion começou a ler textos mais longos e, por fim, dominou o antigo idioma egípcio.

Nascia, assim, a egiptologia, ciência que, à semelhança do hipotético ovo de dinossauro do filme “Parque dos Dinossauros”, recriou toda a história do antigo Egito, dinastia após dinastia, nos legando todo o conhecimento detalhado da vida egípcia, seus afazeres domésticos, a crença na imortalidade da alma, seus deuses, os serviços funerários, as campanhas contra os inimigos.




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