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Ensaios-->Sempre sinos -- 15/02/2002 - 09:30 (Ademir Garcia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


SEMPRE SINOS

(NADA FALTARÁ)



Não, os sinos não dobraram ontem à tarde,

mas os pardais fizeram imenso barulho.

No escurecer, as moças fugiram das janelas,

enquanto os moços sopravam ouvidos,

e gargalhavam.



A beleza dum sábado de sol amarelado

                   [bulia o peito,

esparramava algazarra de criança por todo lado,

mas na praça a fonte não jorrava, apesar da noite,

apesar do açoite de brisa gelada

                   [nas faces ressequidas.



Ontem, tudo era mudo e valores soavam utopia,

o todo era visto quimera

                   [e a música não era tocada.

Vozes caladas nas roupas descoloridas,

nas feridas que visitam os sonhos

                   [do lacaio sem sono, doridas.



Hoje, a saudade de ontem recebe

                   [o silêncio dos pardais

e revê rostos de moças e moços,

cansados, estúpidos.

As crianças insolentes, ora adolescentes, nos quintais,

e pode apagar o sol quando aquentar o vento,

que aveluda as faces ruborizadas.



Há que se buscar o princípio imerso,

da mãe um universo, e da verdade um precipício,

sem candura, que se perdeu na rima de um verso,

e quiçá na volta, traga a ansiedade de rever as tranças,

os folguedos, danças e banda no coreto.



Hoje os sinos ainda não tocaram,

mas o peito voltou a bulir e o sono cheio de sonhos,

adormeceu com os jovens, calou gritos e coloriu sedas,

preencheu vazios e agitou varais,

só não trouxe de volta aquele pulsar eterno,

de amor materno.



AdeGa/95


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