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Ensaios-->Admirável velho Brasil novo -- 25/03/2002 - 15:26 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Admirável Brasil novo

O Patrimonialismo é um conceito fundamental na sociologia de Max Weber. Refere-se às formas de dominação política em que não existem divisões nítidas entre as esferas pública e privada.

No Brasil, são muito bem conhecidas as famílias oligárquicas, do Sul ao Norte, que há dezenas de anos se aproveitam do poder político para enriquecimento próprio. Que em suas sedes administrativas misturam papéis das empresas da família junto com o papel-moeda do caixa dois escondido em cofres, fruto da corrupção, que é destinado às campanhas políticas, aquisição de fazendas, prédios e mansões, e remessa de dólares para o exterior.

Uma forma desses políticos se manterem no poder é fazer, ainda hoje, o uso do “voto de cabresto”. Sabemos que o voto secreto só foi instituído pela Constituição em 1934. Durante a Primeira República, o voto era declarado publicamente. No Governo Campos Sales (1898-1902), os grandes fazendeiros (“coronéis”) encarregavam seus jagunços de controlar o voto de cada pessoa, que passa a ser conhecido como “voto de cabresto” ou “voto de curral”. Em troca, o “coronel” arranjava empregos e distribuía comida, dinheiro, tijolos, cimento, sapatos e até dentaduras. Essa prática criminosa perdura até os dias atuais, especialmente no interior do País, onde candidatos da oligarquia local distribuem cestas de alimentos e alugam caminhões “paus-de-arara” para levar seu “gado” cativo até as urnas.

Nos últimos anos, porém, o “voto de curral” não se atém unicamente aos “coronéis” do interior. Passou a ser uma prática comum dos governos em geral, seja municipal, estadual ou federal. Com uma roupagem nova, para camuflar o “voto de cabresto”, nossos governantes criaram as famigeradas “bolsas”. Há bolsa para tudo: bolsa-escola, bolsa-alimentação, bolsa para qualquer coisa, fazendo do Brasil um imenso “país marsupial”, no dizer de Jarbas Passarinho. Só falta a “bolsa-maconha”, pedida pelos defensores da liberalização da droga, a exemplo do Deputado Fernando Gabeira.

Nesse nosso admirável Brasil “novo”, o Governo FHC também não ficou atrás. Além de implantar o “cabresto-escola”, digo, a “bolsa-escola” em todo o País, criou o “vale-gás”, com a distribuição de um botijão de gás a famílias de baixíssima ou nenhuma renda. O “gás-cabresto”, seguramente, destina-se a “inflar” a candidatura do “balão” José Serra.

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