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Ensaios-->Ponte da Inimizade -- 26/03/2002 - 15:13 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ponte deveria ser sempre um instrumento de concórdia, nunca de discórdia. Ela atende a todo mundo, seja pobre, rico ou remediado, une os bairros de uma cidade, como Recife, liga cidades de Estados diferentes e até países, como a Ponte da Amizade une o Brasil ao Paraguai.

Em Brasília, porém, está sendo construída uma ponte que promove a discórdia. Trata-se da 3ª ponte, a Ponte JK, que irá ligar o Lago Sul ao Plano Piloto, beneficiando 450 mil moradores, que terão seu percurso diminuído em 15 km. A obra é monumental, no momento a maior do mundo no gênero. Terá 1,2 km de comprimento, largura de 24 m, duas pistas com três faixas de rolamento em cada sentido, uma pista de pedestres e um ciclovia. A ponte terá a emoldurá-la três arcos de 240 m cada, com 60 m de altura, com um efeito de extraordinária beleza e leveza, e será com certeza um dos mais belos cartões postais da capital.

A obra é tão importante que já recebeu a visita de delegações internacionais, como chineses, alemães, suíços, além de estudantes de engenharia em geral – como a comitiva de 21 estudantes e seis professores da Escola Politécnica de Lausanne, da Suíça.

Pois é, por incrível que pareça, há gente querendo boicotar o término da ponte, simplesmente por questão política. Políticos de oposição ao governador Joaquim Roriz estão fazendo de tudo para impedir que a obra avance. Antes do início da obra, eles foram contra porque houve um aumento do orçamento para a construção da ponte, por conta da reformulação do projeto inicial, aprovado pelo então Governo Cristóvam Buarque, do PT, que previa apenas 2 pistas de rolamento em cada sentido. O projeto em andamento, com 3 pistas em cada sentido, foi refeito em atendimento a uma solicitação do Clube de Engenharia, do CREA e do IAB, tendo em vista a demanda futura, pois se tornaria saturada em 10 anos.

Além desse aumento de custo óbvio, houve ainda problemas técnicos imprevistos, como a profundidade das estacas, que passou de 17 para 67 m – não previsto pelo Governo anterior.

Agora, faltando apenas 20% para conclusão da obra, políticos do PSB, como o deputado Rodrigo Rollemberg, do PT, como os deputados Chico Floresta, “Maninha”, Lúcia Carvalho, além de outros, querem parar a obra junto à Justiça e ao Ministério Público. Eles acusam o Governo Roriz de estar desviando recursos da área social para a conclusão da ponte. À primeira vista, a denúncia poderia supor o empenho dos nobres deputados para moralizar o destino das verbas públicas, porém o motivo é bem diferente: estão todos apavorados de que, com a entrega da nova ponte à população, prevista para julho, isso possa trazer dividendos políticos para o Governandor Joaquim Roriz, candidato à reeleição.

Em Brasília, até a cigarras, que só aparecem depois da seca, sabem que a política local é uma Parintins em tempo integral. O que se viu nesses três anos de Governo Roriz foi o boi caprichoso rorizista (azul) sempre tentando se livrar das chifradas do boi garantido (vermelho) do PT et alii – um “terceiro turno” que ainda não acabou. No fundo, a dita “esquerda” não é contra a construção da ponte. Até porque a maior parte da população que será atendida pela nova ponte é de classe média e média-alta, o eleitor típico da esquerda, que diz representar os “excluídos” – um verdadeiro bumbá da vaca louca do cerrado. Na verdade, o que a esquerda quer é atrasar a obra para que, mais adiante, se estiver no poder, ela possa cortar a faixa da inauguração vestindo os louros alheios.

Por isso, caso a ponte seja entregue no tempo previsto, devemos torcer para que não aconteça nenhum problema no dia da inauguração. A esquerda raivosa irá torcer para que a comitiva de Roriz se afunde com a ponte no Lago Paranoá, quando poderá exultar de alegria como exultou por ocasião da derrubada das torres gêmeas em Nova York.






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