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Ensaios-->Uncle Sam, stay home! -- 03/05/2002 - 15:44 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
É, Tio Sam volta a atacar o Brasil. No velho estilo do “big stick”, a diplomacia do porrete.

Primeiro, foi vítima o diplomata brasileiro José Maurício Bustani, diretor-geral da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq). Como Bustani aplicava a regra da Opaq a todos os países, sem distinção se era para a Bolívia, Japão, Iraque ou EUA, Tio Sam não gostou da história e passou a dar ordens diretas ao brasileiro, por intermédio de membros do Governo Bush, para que mudasse sua atitude. Como Bustani se negou a cumprir ordens de Washington, foi sumariamente destituído do cargo. Para isso, Uncle Sam se empenhou até para conseguir o voto do Kiribati, país cuja existência nem Roberto Pompeu de Toledo desconfiava, que dirá nós simples escrevinhadores de Usina de Letras. Aliás, vale lembrar que na época da Partilha da Palestina, realizada pela ONU em 1947, os States foram atrás dos votos do Haiti, Libéria e Filipinas para aprovara aquela Resolução – com as ameaças de praxe.

Nessa semana, Tio Sam volta a atacar nosso País. Vários bancos americanos afirmaram que os juros bancários, a partir de agora, seriam mais altos para os brasileiros, tudo por conta do crescimento de Lula-laite nas pesquisas eleitorais para Presidente.

Ora, Uncle Sam não tem o direito de meter sua cartola onde não foi chamado. Para o Brasil, não importa quem foi ou será eleito Presidente nos EUA. Tanto faz ser Bush, Al Gore ou Woddy Allen, embora nossa turma da canhota tenha uma preferência confessa pelos democratas. Mas, no fundo, são todos panelas da mesma lata, especialmente por se tratar da nação mais capitalista e mais poderosa do planeta.

Claro que Lula-laite ainda faz a pessoas torcerem o nariz por conta de algumas atitudes dúbias. Por exemplo, o que Lula-laite tem a tratar de tão importante com Fidel Castro – além de tragadas de havana e goles de mojito –, tendo em vista suas contínuas visitas ao tirano do Caribe? Até hoje, Lula-laite não deu uma explicação convincente à população brasileira.

Sendo Lula-laite eleito Presidente (assim como Ciro, Garotinho ou Serra), terá que apenas se adequar às normas em vigor, ou seja, obedecer a Constituição. Qualquer mudança mais drástica – mesmo uma guinada para o Socialismo, como o PT sempre prometeu – terá que ser conseguida no Parlamento. Ou será que Lula-laite irá dissolver o Congresso e proclamar uma nova Constituição, ao estilo de Fujimori ou Chávez? Ou irá instituir o Socialismo no Brasil por decreto?

Hoje, domesticado pelo marqueteiro Duda Mendonça, Lula se apresenta cada vez mais “light”. A barba está maravilhosamente aparada, o terno lhe cai bem. Dizem que até ficou mais branco. Se dá para acreditar em tudo o que Lula-laite anda prometendo, o PT de Mercadante, Genoíno e Suplicy está mais para o PFL do que para aquele partido revolucionário da cor de sangue de anos atrás. Na verdade, com a democracia se consolidando de vez no Brasil, tanto faz a gente votar em Ciro, Lula-laite ou Enéas. Todos terão que dançar conforme a música composta em 1988 – apesar da inserção de alguns sustenidos e bemóis, colocados posteriormente naquela Carta extremamente demagógica, que prometia os céus a todos os brasileiros, só não dizia como se encontrar com os anjos. Concluindo, os States não têm do que temer se Lula-laite for Presidente do Brasil, embora a “guerrilha desarmada” do MST possa barbarizar ainda mais, já que tem o apoio implícito de toda a esquerda brasileira, incluindo obviamente o PT.

Na França ocorre algo semelhante. No lugar das ameaças de Tio Sam, a esquerda local promove passeatas gigantescas para “barrar” o avanço de Le Pen, o diabo do momento da “extrema direita” européia. Tudo picuinha da canhota, como sempre, para marxizar a política, para lembrar a luta de classes, como se estivéssemos ainda no alvorecer da Revolução Industrial. Assim como no Brasil, na França os políticos também são todos iguais, cada um cuidando apenas de si e de seu curral. O que ocorre no momento na terra de Verlaine é que Le Pen diz em público, com todas as letras, o que os outros candidatos apenas dizem em particular: todos eles são racistas e contra a entrada de imigrantes no País, especialmente turcos e árabes. O resto é apenas briga de ratos gorduchos para ficar com o maior pedaço do Camembert.

Uncle Sam, please, stay home!
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