A verdade apertada e gritada
O momento explosivo de alçar
Quem recebe sem precisar, arrota.
Quem precisa não espera , mendiga.
Estraçalham pedras e ventos cavando a comida
Nos vômitos do tempo impróprio obsceno
Que o orador dita a sentença no banquete
Na causa desconhecida da injustiça.
E o homem que se enrosca sorrindo
Na gravata indecorosa e asquerosa
Com os pés nas nuvens do conhecimento
Cego ao sangue dos calos dos desconhecidos
Dos míseros coitados do asfalto espremidos.
E o homem fala, fala, fala....
Enrola as palavras como raposa ,sem imaginar
Solta salivas arrogantes em malas injustificadas
Não sabe a dor da bagagem vazia no chão frio
Que estrangula o estômago amargo
Que só mastiga o velho fel da adrenalina.
Penélope*M*