Na calçada cinzenta da vida
Despenteada espreguiça a delicada menina
Dos olhos de âmbar e rosto rosado
Que cumprimenta o sol que a desperta.
Levanta o corpo frágil e raquítico
Caminha na ponta escura da guia
Saltitando no movimento da cidade
Exposta sob o céu nos perigos da vida.
As mãos pequeninas tocam os cabelos
Alisam os fios rebeldes no contorno do rosto
Com toque de classe ajeita o vestido maltrapilho.
Na foto explode o movimento singular e travesso
No brilho da ingênua feminilidade que se apura
A menina sempre mulher no palácio ou na rua.
Penélope*M*