A patrulha stalinista brasileira fez mais uma vítima. Desta vez foi o Ministro Paulo Costa Leite, que era pré-candidato a vice de Garotinho.
A revista “Época”, agora dirigida por um stalinista – aquele mesmo, que censurou artigo de Olavo de Carvalho, o qual passou a escrever apenas uma vez por mês, em vez de quatro -, afirmou que Costa Leite havia sido funcionário do SNI. Tanto foi a pressão em cima de Costa Leite, de Garotinho e do PSB, que o pré-candidato não teve outra opção senão renunciar.
É a velha história de sempre. Os stalinistas, hoje encastelados em todos os setores dos meios de comunicação e da cultura de nosso País, perseguem sem tréguas quem os combateu nos anos de dinamite, quando o terrorismo andava solto, como se aqui fosse a Israel atual.
Ora, com a Lei da Anistia, ninguém mais pode ser questionado por suas atividades do passado, fossem elas terroristas ou não. Se Costa Leite foi integrante do SNI, entidade que combateu o terrorismo em nosso País, ele deveria receber uma medalha e um diploma por bons serviços prestados à Nação, não ser motivo de chacota e molestamento. O SNI era uma entidade legal dentro do Governo militar, com objetivos específicos que o momento exigia. O próprio Garotinho reconheceu isso de público, assumindo, inclusive, que ele, Garotinho, no passado havia pertencido a uma organização clandestina. Sem querer, Garotinho explicou como funciona a lógica atual do Brasil, em que antigos marginais hoje são considerados heróis, a exemplo de Lamarca e Marighella. E os que combateram os bandidos são considerados marginais da pior espécie.
Aliás, foi um artigo de Olavo, tecendo considerações sobre a “moral leninista” de Aloysio “Ronald Biggs” Nunes Ferreira Filho, o motivo da censura do stalinista de “Época”. Nunca li, naquela revista, qualquer comentário que desmerecesse o ex-ministro e ex-assaltante do trem-pagador Santos-Jundiaí. Nem “Época”, nem jornal, nem revista alguma hoje coloca em questão se Fernando Gabeira pode ou não assumir cargo no Congresso, embora tenha seqüestrado um embaixador americano, por cujo crime ele está proibido de colocar os pés nos EUA. Ninguém questiona se Diógenes “do Dinamite”, o PC da campanha de Olívio Dutra, do PT, e colega do “Ronald Biggs” caboclo no assalto ao trem, dinamitou ou não o soldado Kosel Filho no QG do antigo II Exército, em São Paulo. Ninguém questiona se José Dirceu pertenceu ou não ao serviço secreto cubano, portanto, sob as ordens diretas de Fidel Castro, para promover a guerrilha e a desestabilização em nosso País. Por que, então, essa picuinha contra Costa Leite, que nem agente do SNI foi?
Mesmo se Costa Leite tivesse torturado pessoas, esfolado a mãe do stalinista de “Época” nos anos de dinamite, mesmo assim, com a Anistia, não deveria haver motivo para esse tipo de perseguição. Com a palavra Sua Suprema, Ministro Marco Aurélio, que se disse “perplexo” com o teor dos documentos do Exército encontrados em Marabá, em meados de 2001, porém achou normal que tais documentos secretos fossem divulgados pela imprensa.
A verdade é que, hoje, os stalinistas não admitem ninguém ocupando cargos públicos, ou posições de destaque na imprensa e na cultura, a não ser que esteja manchado de sangue guerrilheiro. Quanto mais dinamite o sujeito usou no passado, quanto mais sujas de sangue suas mãos estão, mais apto o sujeito estará para assumir cargo de relevância em nosso País.
Brasil, triste país de meus filhos e de meus futuros netos. Que Deus nos proteja e que Nossa Senhora Aparecida interceda a Ele por todos nós. Amém.
