Nesta campa fria jaz um corpo que abracei.
Pelo tempo que faz calculo que já começa a transformar-se em pó.
Sua alma linda deve habitar um lugar especial.
As almas muito brancas devem partir para céus particulares.
E você foi meu querido um anjo aqui!
Que saudades de seus olhos azuis, onde a menor nuvem não toldava o brilho.
Seu jeito de dizer as coisas calmamente.
Suas mãos que seguravam as minhas, tentando passar-me a confiança no mundo; que naquele tempo eu não tinha ainda.
Você partiu tão cedo!
Sua alma branca já era purificada.
Você nem precisava expurgar pecados.
Acho que nem os tinha.
Nesta solidão aqui ficou sua matéria para retornar a origem.
Mas sua alma deve passear por recantos lindos.
A campa não o encerra.
A vida não acaba aqui.
Era isto que você queria me dizer naquele dia?
Que a morte não existe?
Foi o que eu entendi...