Usina de Letras
Usina de Letras
48 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63159 )
Cartas ( 21349)
Contos (13300)
Cordel (10357)
Crônicas (22578)
Discursos (3248)
Ensaios - (10656)
Erótico (13589)
Frases (51649)
Humor (20171)
Infantil (5588)
Infanto Juvenil (4932)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141277)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6349)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Ensaios-->A Síndrome da Copa de 98 na França -- 10/07/2002 - 17:29 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Síndrome da Copa da França
(por Domingos Oliveira Medeiros)


O time de FHC, Fernando Henrique Futebol Clube, no primeiro jogo decisivo contra a equipe do CCO – Clube do Crime Organizado, jogando no Espírito Santo, na casa do adversário, no último dia quatro, fez uma bela partida. Conseguiu uma vitória parcial, que deixou os torcedores bem animados e esperançosos de que o FHC Futebol Clube pudesse vencer a segunda e última partida, posteriormente realizada em Brasília, quebrando a invencibilidade do CCO, que há tempos não perde uma partida contra os chamados times oficiais da União, dos Estados e dos Municípios.

E a vitória do time de FHC, tudo indicava, não ficaria restrita apenas à sua boa atuação em campo. Ela iria se consolidar em Brasília, junto ao Supremo Tribunal Federal, tão logo fossem apuradas as denúncias de que autoridades daquele Estado estariam comprometidas com a equipe do Crime Organizado. Denúncias que partiram da OAB-ES, time local de advogados, que apresentaram um relatório dando conta de que, naquele Estado, estaria havendo favorecimento ao CCO, por conta de atos de corrupção, injúria e calúnia, além de prática de homicídios, que estariam pondo em risco à população daquele Estado, em favor do CCO.

Com base nas denúncias da OAB-ES, o time de FHC tomou as medidas preventivas. Convocou uma reunião com vários jogadores experientes, entre os quais o Geraldo, o conhecido artilheiro da Procuradoria Geral, que também é chamado de Brindeiro, o engavetador, e o Miguel Reale, o Juninho, o juiz da partida, para analisar as denúncias e tomar as providências cabíveis.

Naquela oportunidade, ficou decidido que seria encaminhado ao STF, órgão máximo da Justiça, o pedido de intervenção no Estado do Espírito Santo, para fins de apuração e garantia da lisura que se fazia necessária para o segundo jogo, definitivo para a conquista do campeonato contra o Crime Organizado.

Posteriormente, entretanto, a torcida foi surpreendida com a mudança de tática por parte do time de FHC. E o jogo mudou de figura. Abandonaram a idéia de apurar as denúncias e resolveram que a partida seria decidida em campo.

Quem vem acompanhando o campeonato contra o Crime Organizado não gostou do segundo tempo da partida. O jogo começou apático. Os jogadores, que antes pareciam motivados com a decisão de se apurar as denúncias contra o CCO, pareciam, agora, arrastar-se em campo. Num dos lances, o Fernando pega a bola, dribla toda a defesa, e coloca o jogador Brindeiro cara-a-cara com o goleiro. Era só dá um toque e correr para o abraço.

A torcida, formada, na sua maioria, por integrantes dos Direitos Humanos, chegou a ficar de pé, esperando a hora final do lance. Mas logo engoliram em seco. O Brindeiro chutou para fora, engavetando mais essa chance, que poderia ser a vitória contra o Crime Organizado.

O juiz da partida, Miguel Reale Jr., o Juninho, não gostou nada da atitude do jogador Brindeiro. Disse que ele deixou de fazer o gol de propósito. Que estava sendo desleal para com o esporte e para com a torcida. E resolveu bater-boca com o jogador.

O presidente do FHC Futebol Clube não se manifestou a respeito. E o juiz da partida, sentido-se desprestigiado, pediu demissão do cargo, levando mais três bandeirinhas com ele. O mais esquisito de tudo isso é que o governador do Espírito Santo veio à Brasília agradecer o bom futebol do Brindeiro. Que dá para desconfiar, isso dá!....

Tanto é verdade que o colegiado do Movimento dos Direitos Humanos no Espírito Santo e o Fórum Reage Espírito Santo vão entrar , junto ao Ministério da Justiça, com um recurso objetivando a revisão da mudança de tática que resultou no arquivamento do processo intervenção no campeonato capichaba.

A coisa está tão feia que o anúncio dessa interposição junto ao Ministério da Justiça, feito pelo Senhor Iriny Lopes, segundo a imprensa, nos dá conta de que todas as pessoas que torcem contra a equipe do CCO, (do crime organizado) estaria sendo ameaçada de morte, e que o arquivamento do processo significa, a rigor, verdadeira concessão de “licença para matar no Espírito Santo”. Misturar política com esporte nunca deu certo.

DOM 10 de julho de 2002





Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui