Ela carregava uma sacola grande:
Numa multidão,
Tantos outros levavam,
tantas outras condiziam,
coisas tão igual,
aparentemente tão semelhante;
Mas ela, algo de diferente levava...
Um volume ela carregava;
Fora ao terrível cheiro, um enorme pacote sem forma;
Orelhas em forma de barbatanas;
Às guelras, sequê o o volume respirava:
Quando ela caminhava,
ela pensava, enquanto admirava,
seu universo era mesmo azul...
E ela pensava, enquanto caminhava,
O pirão não dará, para todos;
A cabeça é grande,
às pessoas são muitas,
os ideais são demais;
E enquanto ela caminhava,
ela pensava,
o mundo é mesmo azul:
E o pirão do peixe é pequeno,
A sacola pingava,
o cão lhe seguia.
Todos tinham uma igual,
mas, nenhuma outra era tão parecida...
Só ela e Deus sabiam que o que levava,
seria tão sinistro, tão desagradável...
E se algum incidente,
e se por acaso, alguém esbarrasse.
O peixe caía,
sua comida suja, tão feia,
que serviria para alimentar o dia-a dia, de uma família:
Mas, ela não se preocupou muito não!
Alí estava sua maneira,
seu dia de alimento, e sua aprovação.
Estavam num terrível, iluminar,
e quase escurecer do lindo dia do amanhã...
E seu sobreviver,
Quando suspenderam, o dia parou de envelhecer.
Seus sonhos, portanto, não se esquecerá que,
nunca mais nenhum deles riam passar fome...
A terna família,
por toda uma vida, se esquecerá de viver, no entanto,
puderam em fim ver o amanhecer.
Era a cabeça do filhote de um tubarão.
Nas grandes ruas,
em meio a tantas pessoas;
És que alguém em casa espera por aquele almoço...
Em meio ao grande segredo,
uma cabeça dentro de uma sacola:
O alimento daquele dia...
O sustento daquela família.
Famintos, todos aguardam...
E ela chega finalmente,
Com o grande presente;
Todos reunidos,
olhos atentos, ansiedade:
A família se senta,
enquanto aguardam todos,
para o grande banquete.
Oremos e agradecemos ao bom Deus,
que nos enviou esta cabeça de peixe para o nosso sustento...
Senho meu bom Deus,
Há alguém mais feliz quanto nós?
Agradeço a vós este sustento, este alimento,
e peço-te senhor,
que ninguém mais nesta vida passe fome,
e que, como nós tenham para comer o que temos,
esta comida tão deliciosa.
E que tanto nós quanto vós,
Não permita que ninguém mais tenha que passar...
E tantos quantos nós tenham o alimento,
e não os deixe faltar.
Assim seja,
amém.