Usina de Letras
Usina de Letras
183 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62563 )
Cartas ( 21339)
Contos (13279)
Cordel (10457)
Crônicas (22549)
Discursos (3243)
Ensaios - (10496)
Erótico (13582)
Frases (50934)
Humor (20091)
Infantil (5515)
Infanto Juvenil (4840)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1377)
Poesias (140965)
Redação (3330)
Roteiro de Filme ou Novela (1064)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1963)
Textos Religiosos/Sermões (6268)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Ensaios-->Constituição fraudulenta: a verdade dói! -- 22/08/2002 - 11:41 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
'A Verdade Dói!

Huascar Terra do Valle, Advogado e ensaísta

Congratulo-me com o Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Sr. Paul O’Neill, por sua coragem de dizer a verdade. A verdade dói. Por isso, é tão rara! Por isso, desperta tantas reações. É inútil, realmente temerário, conforme declarou o Secretário, emprestar dinheiro a países em que esses fundos acabam encontrando o caminho para paraísos fiscais, como a Suíça, famosa por suas contas numeradas. A população não verá nem mesmo a sombra desses empréstimos. No entanto, no vencimento, será chamada a pagar as dívidas públicas, na forma de taxação abusiva, como sempre tem acontecido.

O Secretário O’Neill, demonstrando que sabe o que está falando, fez uma declaração que não foi divulgada no Brasil, e que é igualmente importante e terrivelmente preocupante. Segundo Constantine C. Menges, um 'senior fellow' do 'think tank' Hudson Institute, ex-assessor do presidente dos Estados Unidos para assuntos de segurança, o Secretário do Tesouro O’Neill chamou a atenção para os riscos inerentes à dívida externa brasileira de mais de 250 bilhões de dólares e causou grande preocupação na comunidade financeira quando disse que 'não me parece inteligente jogar o dinheiro dos contribuintes americanos em uma situação política incerta, pois a situação no Brasil é decidida pela política e não pelas condições econômicas'.

No Brasil — é preciso entender — os recursos emprestados não irão diretamente para os paraísos fiscais. Existe um esquema altamente sofisticado para se apropriar desses fundos, antes de seu destino final: os contra-cheques da elite do poder brasileiro. O dinheiro não vai diretamente, mas indiretamente, para as contas privadas da elite do poder no Brasil, não necessariamente para a Suíça. Para se compreender como essa operação é realizada, é preciso entender o atual governo brasileiro.

A Fraudulenta Constituição

Não temos uma democracia mas uma cleptocracia. O setor público é um predador que explora o setor privado e até promulgou uma CONSTITUIÇÃO FRAUDULENTA para poder sacar a maior quantidade de dinheiro possível das classes produtoras, para depois distribuir o butim entre 'eles'. As vítimas somos nós, os excluídos do poder, negociantes, industriais, trabalhadores, profissionais autônomos, artistas, fazendeiros, trabalhadores rurais.

Esta máquina de sugar dinheiro das classes produtivas, a Constituição de 88, é provavelmente a maior causa do descontrolado déficit público que requer não apenas a freqüente majoração dos impostos mas também sucessivos empréstimos estrangeiros para equilibrar o orçamento público para fingir que a inflação acabou.

Alguns funcionários públicos, principalmente do Poder Legislativo e do Judiciário, assim como das empresas e dos bancos estatais, são insaciáveis. Quanto mais ganham, mais querem, e não se importam se os verdadeiros trabalhadores estão passando necessidade ou mesmo se o País está indo para o abismo. Tudo que querem é aumento dos ganhos, e ficam furiosos quando sua ganância é denunciada. Conhecem todos os artigos da Constituição e sabem usá-los para aumentar seus proventos. 'Patriotismo', 'futuro do país', 'igualdade', para eles são palavras vazias, sem significado, se não, ridículas. Tudo que querem é dinheiro. Muito dinheiro, nada mais importa! Para consegui-lo, eles sabem que podem contar com a nossa constituição e com os juízes, que estão aí para mandar cumpri-la.

Nosso Código de Manu

Para entender como nossa fraudulenta Constituição é usada para desviar dinheiro para contas privadas da 'Nomenklatura' brasileira (a elite do salário), consideremos, boquiabertos, algumas vantagens exclusivas garantidas por esse código de privilégios cinicamente chamado de Constituição, mas que, no entanto, pertence à mesma categoria do Código de Manu, da antiga Índia, que tinha o objetivo de garantir os privilégios dos marajás. Como o Código de Manu, nossa Constituição não se destina a proteger a população contra o excesso de poder do governo, porém para proteger as elites do poder das justas reivindicações populares. Naturalmente, as vantagens concedidas pelo nosso código de Manu são totalmente inacessíveis às classes produtoras.

Frédéric Bastiat (1801-1850): 'Quando a lei é corrompida, os poderes do Estado também são corrompidos. A lei, então, não só é desviada de sua finalidade precípua como é colocada a serviço de objetivos exatamente opostos. A lei se transforma em um instrumento para todos os tipos de ambição. Em vez de prevenir o crime, a lei torna-se culpada dos males que ela deveria punir.'

O Maior dos Privilégios

Charles de Gaulle disse que 'o maior dos privilégios consiste em gastar dinheiro dos outros'. É exatamente este privilégio que a Constituição garante a vários órgãos do governo, a partir dos três poderes.

Este fantástico privilégio atende pelo nome de 'Autonomia Financeira'. Acredite ou não, com as bênçãos da Constituição, alguns órgãos do governo, e as empresas estatais, pela autonomia financeira, gozam do direito de lançar mão de NOSSO dinheiro, do povo, para aumentar seus proventos e também sua gastança, construindo palácios suntuosos de granito, onde passam os dias tomando cafezinho, servido por garçons bem paramentados, batendo papo, fazendo festinhas, amigo-ocultos, e até trabalhando.

Graças à revoltante autonomia financeira, alguns servidores muitas vezes ganham verdadeiras fortunas por mês, enquanto a maioria dos trabalhadores do País — aqueles que criam riqueza e pagam seus proventos milionários — mal ganham o suficiente para viver como mendigos. Esta é a verdadeira diferença de renda no Brasil, que as esquerdas chamam de 'exclusão', mas que, de fato, significa 'exclusão do poder'!

Aposentadorias Generosas

Nossa desonesta Constituição estabelece que os párias do setor privado se aposentem com pensões decrescentes, menores do que o salário que ganhavam — nunca acima de dez salários mínimos mensais — e a grande maioria mal ganha um salário mínimo, hoje equivalente e menos que 60 dólares. Por outro lado, os funcionários públicos, as castas superiores constitucionais, gozam da chamada 'paridade', pela qual se aposentam com os mesmos proventos que ganhavam por ocasião da aposentadoria (sendo que a maioria 'descola' uma promoção antes de aposentar). Tem mais! A falsa Constituição assegura ainda que a casta superior do funcionalismo fará jus a todos os aumentos e vantagens que forem concedidos aos seus colegas da ativa. Nem no céu existe mamata igual! Ao contrário das esmolas do setor privado, constitucionalmente condenadas ao salário mínimo, as aposentadorias do setor público são crescentes, para o resto da vida dos felizardos protegidos pelo manto generoso da falsa Carta Magna. Assim, no Brasil, o serviço público deixou de ser um múnus público para se transformar no mais eficiente meio de enriquecimento. E haja déficit público!

Assombroso! Os afilhados do poder podem também acumular diversas pensões, de mais de um órgão público, outro privilégio inconcebível em países do primeiro mundo. O candidato à presidência, Ciro Gomes, por exemplo, tinha direito três gordas aposentadorias, como deputado, prefeito e governador de estado. Entretanto, por questões de foro íntimo, recusou todas as três. Um exemplo único, até onde sei. Existem nababos públicos até com cinco ou mais aposentadorias. Consta que existem até felizardos que nunca entraram em um órgão público e gozam de uma ou mais aposentadorias públicas. É uma festa.

Assim, alguns servidores públicos, bafejados pelos ares benfazejos da Constituição, acabam ganhando dezenas ou centenas (sim, centenas) de vezes mais que os trabalhadores do setor privado.

Previdência à Beira do Abismo

A previdência no Brasil está permanentemente quebrada, é uma bola de neve que estoura qualquer orçamento com seu déficit crescente. O atual sistema de repartição, absolutamente irracional e injusto, faz com que os que trabalham hoje contribuam para garantir a aposentadoria dos que já se aposentaram. Só que os funcionários públicos descontam uma pequena quantia simbólica de seus salários para os fundos do INSS. O valor desse desconto é bem inferior ao que seria estabelecido pelo cálculo atuarial, pois cada indivíduo deveria contribuir integralmente para sua própria aposentadoria, como acontece com os trabalhadores do setor privado.

É necessário reformar a previdência, passando-a para o sistema de capitalização, como fez o Chile, o que permitiu àquele país aumentar sua poupança enormemente em relação ao PIB, para cerca de 30%. No Brasil, a poupança ridícula é de menos de 17% do PIB e, assim, não temos como financiar o crescimento da economia a juros civilizados. Para os funcionários públicos brasileiros, Papai Noel existe e presenteia seus afilhados todos os meses, com ricos benefícios na inatividade, com direito a décimo-terceiro, sem que tivessem contribuído atuarialmente para merecê-lo.

Os contribuintes brasileiros, dos setores produtivos, é que são o Papai Noel dos marajás, pois são eles que pagam a maior parte da aposentadoria do setor público. Os servidores públicos, cerca de 10% da massa de aposentados, absorvem mais de 60% dos fundos do INSS. É uma lei básica da natureza: os predadores são sempre em menor número que as presas.

Por isso as aposentadorias de 90% dos aposentados, do setor privado, são decrescentes, para permitir que a Nomenklatura tenha aposentadorias gordas e crescentes. Como o déficit da previdência não pára de crescer, ou o governo emite moeda sem lastro ou eleva os juros, aumenta os impostos, toma empréstimos no exterior, vende títulos públicos e toma empréstimos ao FMI, como tem acontecido.

'Conquistas' às Mancheias

Além dos trens da alegria, quando dezenas ou centenas de servidores 'conquistam' vantagens às mancheias, é costume dos políticos empregar parentes, amigos e cabos eleitorais que, às vezes, após poucos anos de função, aposentam-se com pensões fantásticas, cujo céu é o limite. Certos políticos, com a maior cara de pau, chegam até a tirar a sorte — com papelinhos dentro de um saco — para decidir quais cargos vão distribuir entre seus parentes, amigos e cabos eleitorais. Nem Al Capone, em toda sua glória, seria capaz de tamanha sordidez.

Servidores públicos não podem ser obrigados a trabalhar porque, constitucionalmente, gozam de estabilidade e não podem ser despedidos. Muitos dedicam a maior parte de seu tempo tentando conseguir melhorias salariais e outras 'conquistas,' que vão se acumulando (eles adoram conquistas — protegidas pelo 'direito adquirido' e pela 'irredutibilidade do salário'). Geralmente os 'adicionais', frutos das “conquistas”, são maiores que o salário básico.
Outra “conquista” inconcebível garantido pela Constituição é o direito de greve, que, combinado à estabilidade, lhes dá um poder quase infinito de adquirir aumentos e adicionais crescentes. É assim que chegam a ganhar centenas de salários mínimos mensais, como ocorria com os deputados estaduais de Minas Gerais. O Governo de Minas, que está quebrado, gastou por deputado, no ano passado, cerca de seis milhões de reais (82 salários mínimos, por dia — o que um operário ganharia em oito anos). Apesar desta fortuna gasta com os deputados, a democracia fracassou no Brasil, pois os políticos não representam o povo, representam apenas a si mesmos, e as casas legislativas não passam de ‘balcões de negócios’, como bem disse o grande liberal Ruy Barbosa.

Precisamos de transparência. Será que o governo teria coragem de colocar, na Internet, uma relação COMPLETA dos rendimentos de todos os servidores públicos, incluindo todos os adicionais? Algum candidato teria a coragem de aceitar esse desafio?

Em Busca do Shangri-Lá

Não é de admirar que muitos empresários estejam fechando suas firmas para buscar um emprego público, livre de riscos, de impostos e de juros escorchantes, onde não precisam trabalhar duro e ganharão bastante dinheiro, com a possibilidade de, após poucos anos de trabalho e de muitas “conquistas”, obter uma gorda aposentadoria. Cada servidor público a mais, que conquista um cargo nas centenas de concursos que são feitos anualmente, representa um braço a menos para trabalhar e uma boca a mais para mamar nas tenras tetas da mãe pátria. Assim se agiganta o Estado e murcha o setor produtivo. O déficit público estoura e o desenvolvimento econômico patina na lama constitucional. Os bancos, sem culpa, se beneficiam dos juros pornográficos pagos pelo governo sedento de recursos e exibem lucros sem precedentes em qualquer lugar do mundo, sob o pálio da fraudulenta Constituição.

Finalmente o Paraíso: Fundos de Pensão Estatais

Sorrateiramente, empresas estatais doam grandes quantias aos fundos de pensão de seus empregados (dinheiro roubado dos acionistas, que são o povo, diminuindo suas participações, tais como o Banco do Brasil, ou subtraído ao povo por meio de preços monopolísticos de seus produtos, tais como a Petrobrás). Não raro, os fundos de pensão têm ativos bem maiores do que as próprias empresas. A finalidade dos fundos de pensão das empresas públicas é assegurar pensões privilegiadas aos que trabalham nas empresas estatais, criadas especificamente para garantir altos salários a seus empregados, acima da remuneração dos párias do setor privado.

Em nossa corrupta Constituição há ainda outros truques para maximizar os privilégios dos funcionários públicos, tais como a 'isonomia': quando uma categoria de servidores obtém uma vantagem, outras categorias, numa reação em cadeia, reclamam o mesmo direito em juízo, e sempre ganham, pois a constituição o garante. A isonomia funciona sempre elevando os proventos e as conquistas, nunca reduzindo-os.
Outro truque, dentre muitos outros, são os 'direitos adquiridos', significando de fato 'privilégios adquiridos', como já confessou o Presidente Fernando Henrique Cardoso.

Réquiem para o Direito de Propriedade

A Constituição fraudulenta do Brasil, promulgada antes da queda do Muro de Berlim (1988), sob a influência de fortes idéias esquerdistas, sutilmente aboliu o direito de propriedade estabelecendo que a propriedade privada está sujeita a uma indefinida 'função social'. Ora, o direito de propriedade, que trouxe progresso aos países do Primeiro Mundo, nunca pode ultrapassar a pessoa do proprietário. No Estado do Rio Grande do Sul, (nas mãos dos comunistas do PT, intimamente associados aos narcotráficantes das FARC colombianas), um juiz decidiu que uma fazenda não estava preenchendo sua 'função social' e a destinou aos posseiros invasores. Naquele Estado, por ocasião da posse do governador, a bandeira de Cuba foi também alçada, junto à bandeira do Brasil.

Muitas vezes os invasores do MST decidem unilateralmente qual fazenda não está preenchendo sua “função social”, e a invadem. Eles até invadiram a fazenda dos filhos do presidente Fernando Henrique Cardoso. Depois de uma orgia com os mantimentos da residência, promoveram um forró e um posseiro e sua mulher dormiram na cama do presidente. O invasor, que adorou ser “presidente por uma noite”, deliciou-se com os charutos dados ao presidente por Fidel Castro. Tanto quanto sei, ninguém foi preso.

Em outro Estado, o chefe da polícia militar, que resistiu, como era de seu dever, aos posseiros, sob as ordens do governador, foi condenado a mais de dois séculos de cadeia.

Nova Modalidade de Assalto: Novos Municípios

Antes da Constituição de 1988, os prefeitos municipais viviam em Brasília perambulando pelos ministérios, de pires na mão, à cata de dinheiro para suas prefeituras. Quando a Constituição estava sendo redigida, eles não saíam do Congresso, até que conseguiram inserir no texto da Carta o direito de ter um repasse automático de alguns impostos federais. A sangria foi tão grande que o governo federal criou outros impostos, como o PIS e o PASEP, para compensar a perda, aumentando brutalmente a carga tributária.

Enquanto a carga tributária aumentava, muitos submunicípios pelo Brasil afora reivindicaram e conseguiram virar municípios, e foram criadas centenas de novas prefeituras só para fazer jus ao repasse das verbas dos impostos federais. Cada município representa, além de um prefeito, vários vereadores, assessores, funcionários, prédios, veículos e muita, muita politicagem, subsidiado com impostos arrancados dos setores produtivos.

Em uma palestra no final de julho deste ano, como se estivesse proclamando uma grande novidade, o ministro Pedro Malan disse que a regra atual é os prefeitos enriquecerem no cargo. Esta é mais uma fonte de novas contas em paraísos fiscais para abrigar o produto de mais este roubo constitucional do dinheiro público. Por uma nova Carta a ser escrita, por não-políticos, mas por uma Assembléia Constituinte exclusiva, todos os municípios que não tiverem condições de sobrevivência por meio da arrecadação de impostos locais devem ser extintos administrativamente, sob pena de se caracterizar nada mais que uma nova modalidade de assalto ao bolso dos contribuintes, para dar emprego a parasitas e larápios do dinheiro público.

A Mentira do Controle da Inflação

O controle da inflação é outra fraude. A inflação foi camuflada em déficit público. A inflação sempre ocorre quando o governo gasta mais do que arrecada. Antigamente a inflação era resultado da fantástica emissão de dinheiro necessário para pagar os fabulosos salários e benefícios da Nomenklatura brasileira. Esse dinheiro era simplesmente impresso pela Casa da Moeda, sem lastro no PIB, causando inflação. Hoje o governo, “em vez de imprimir dinheiro como antigamente”, paga juros estratosféricos para obter dinheiro para distribuir entre os insaciáveis empregados públicos e também aos empregados das empresas estatais e bancos públicos, que são muitos (sem falar na corrupção, que é outro assunto). Hoje, déficit público é o nome da inflação, que foi apenas transferida para os juros, pois o juro é o preço do dinheiro no mercado. O efeito dos juros estratosféricos impostos pelo Banco Central, para não ter que emitir moeda sem lastro na produção, é o mesmo que tinha a inflação de preços sobre a sociedade, causada pela expansão monetária imoderada: queda da atividade econômica, das exportações e elevação do desemprego.

Com o governo pagando juros das mil e uma noites, muitos investidores, em vez de se tornarem empresários, criando riqueza e empregos, preferem emprestar dinheiro ao governo. É muito mais lucrativo e livre de risco. Não é de admirar nossa alta taxa de desemprego. Há mais estímulos para não trabalhar que para trabalhar. Por quê? Para cumprir a Constituição!

A culpa deste descalabro é a necessidade insaciável da Nomenklatura brasileira por mais e mais dinheiro público, garantido pela nossa Carta Magna. Assim, chegamos ao déficit público eqüivalente a 56% do PIB. Onde foram parar estes 56% do PIB? Fora de dúvida que NÃO foram gastos com o povo. Nem com a educação, nem com a segurança, nem com as estradas, nem com a saúde, nem com o saneamento básico, nem com os destituídos. Na certa foram gastos com os incluídos... no poder!

Inviabilizadas pelos juros abusivos no mercado nacional (necessários para captar recursos para o governo cumprir a Constituição), muitas empresas fecham as portas ou são vendidas a empresas estrangeiras. Os juros impensáveis, que se derramam em cascata sobre o setor produtivo, encarecem as mercadorias, que perdem competitividade com similares estrangeiras, fechando mais fábricas, inviabilizando as exportações e aumentando o desemprego. Tudo isto para poder obedecer à falsa 'Constituição cidadã', também chamada por Ulysses Guimarães de 'Constituição dos miseráveis', sem perceber que ela é, em verdade, geradora de milionários no setor público e miseráveis no setor privado.

O Caos Generalizado

Neste cenário apocalíptico, podemos dizer que os fundamentos da economia brasileira são sólidos? Claro que não! Estão periclitantes, pois nosso governo não passa de um sórdido esquema para extrair dinheiro do setor produtivo para distribuí-lo com a elite do poder, nossa Nomenklatura. Isto que está aí não é capitalismo, nem liberalismo nem neoliberalismo! Embora não declarado, somos vítimas de um regime socialista disfarçado.

O caos administrativo se repete em municípios e estados, especialmente aqueles sob a direção de líderes comunistas, como em Belo Horizonte, que deverá acusar um impressionante déficit de 80 milhões de reais no próximo balanço anual, segundo reportagem no Jornal “O Tempo”, de 2-6-2002. Provavelmente este déficit é resultado do tradicional empreguismo do PT, que se orgulha ainda de pagar os mais altos salários municipais do País e cujos membros pagam o dízimo ao partido.

O Estado de Minas Gerais, cujo governador também reza pela cartilha comunista, exibe um déficit alarmante de 38 milhões de reais, segundo análise do Conselho Regional de Economia, conforme reportagem em “O Tempo” e no “Estado de Minas”, de 1.º de agosto deste ano (2002). A folha de pagamentos do Estado de Minas Gerais é eqüivalente a 74% de sua receita, embora a Lei permita apenas 60% (A lei? Quem se importa com a lei?).

Além disso, o orçamento, ainda segundo a mesma fonte, é composto de peças fictícias, superestimando as receitas. Quando o atual governador (que posa de vestal mas que profanou a memória do grande liberal Tiradentes, concedendo medalhas a comunistas nas comemorações de 21 de abril) assumiu o governo, o déficit era de 31,6 bilhões, segundo a mesma fonte. Em vez de diminuir o déficit, conforme as promessas de campanha, agravou-o em mais de seis bilhões de reais. Onde estão os fundamentos sólidos? E a responsabilidade fiscal? Onde foi parar esse dinheiro?

O governo mineiro tem uma máquina burocrática de mais de 500 mil funcionários, sendo 200 mil aposentados. Em todos os municípios há prefeituras, com outros milhares de funcionários, e na capital, Belo Horizonte, há milhares de funcionários federais. É evidente que mais da metade desses 'servidores', beneficiada por sinecuras, são rentistas e, portanto, parasitas da sociedade, pois o que fazem não tem qualquer serventia para os contribuintes. É preciso reduzir drasticamente este aparelho burocrático para baixar os impostos, única maneira de fazer a economia crescer e criar milhões de empregos privados, que são os verdadeiramente úteis à sociedade, pois criam riqueza, pagam salários justos e impostos, em vez de consumir impostos inutilmente. Esses parasitas, defenestrados de suas sinecuras, terão que se incorporar ao setor privado, onde terão que ser úteis à sociedade, para poder sobreviver.

Santo André, outra cidade com um prefeito comunista do PT, foi acusado de vasta corrupção para levantar dinheiro para o partido. O prefeito foi assassinado, de acordo com seu irmão, aparentemente depois que descobriu que o produto do roubo estava sendo desviado para contas bancárias privadas, em vez de ajudar a campanha de Lula para a presidência. Podemos concluir que, roubar para o partido, pode. Roubar para si mesmo não pode e até leva à queima de arquivo. Trata-se de conceito ético incompatível com a democracia porém encontradiço em regimes comunistas e teocratas.. É o famoso princípio de que os fins justificam os meios, familiar a Torquemada, Hitler, Stalin, Mao Tsé-tung, Pol Pot, bin Laden e outros monstros.

Crise Passageira, uma Ova!

Armínio Fraga, presidente do Banco Central, disse que o Brasil está sofrendo de uma crise passageira. Passageira uma ova! Sofreremos crises ainda piores se não extirparmos de nossa fraudulenta constituição os artigos desonestos destinados a roubar o setor produtivo. Temos que arrancar o mal pela raiz, se não quisermos sofrer o agravamento das crises, até o caos completo, como sucedeu com a Argentina, pelo mesmíssimo motivo.

É o povo, e não os burocratas, que cria riqueza, gera empregos e paga tributos. Com a atual Constituição, a riqueza produzida, em vez de criar mais riqueza e mais empregos, irá parar nas mãos da rica Nomenklatura, que certamente o estará depositando em paraísos fiscais, causando a desvalorização do real, que já se atingiu o fundo do poço, equiparando-se ao peso argentino. O Brasil já é considerado, para investimento, mais arriscado que a Colômbia e a Nigéria.

O ex-presidente Sarney disse que, com a presente Constituição, o Brasil é ingovernável. Tem razão. Se esta Constituição não for jogada ao lixo e outra não substituí-la, escrita pelos contribuintes de impostos e não pelos cobradores de impostos, o Brasil quebrará, como já ocorreu com a Argentina (se já não estivermos quebrados). A atual Constituição fraudulenta foi indevidamente feita por congressistas, a classe mais corrupta do Brasil, que vive de impostos, e quanto maiores os impostos, mais eles ganham. O estatuto do galinheiro não pode ser feito pelas raposas.

Urgente: uma Constituição de Verdade!

Uma nova Constituição precisa ser promulgada, extirpando radicalmente todos os privilégios garantidos à Nomenklatura brasileira. De outro modo, o dinheiro continuará a ser drenado do setor produtivo para a elite do poder, criando um déficit crescente, que terá de ser sustentado por taxação espoliativa, escalada da dívida pública e dinheiro estrangeiro, como sempre. Aí todos quebraremos, exceto aqueles que refugiaram seus recursos nos paraísos fiscais de além mar. Os ratos já estão abandonando o barco, como fizeram na Argentina. Quem pode, já mandou seu dinheiro para longe do desastre que nos ameaça.

Os tributos, e o número daqueles que dele vivem, têm que ser drasticamente reduzidos, se realmente queremos evitar a hecatombe. Como disse Grover Cleveland, duas vezes presidente dos Estados Unidos: 'Quando a maior parte do sustento do povo é extraída na forma de impostos maiores que os necessários para atender às justas obrigações do governo e as despesas de uma administração sóbria, esta taxação se transforma em uma impiedosa EXTORSÃO e uma violação dos princípios fundamentais de um governo livre'.

Lula: Iceberg à Vista

Porém o pior está para acontecer. Como o Titanic, o Brasil segue na direção de um iceberg, e este iceberg tem um nome: LULA. O candidato comunista Lula, treinado em terrorismo em Cuba, atualmente pregando um liberalismo postiço (com textos escritos por um publicitário), pode ganhar a próxima eleição para presidente e tentará pôr em prática todas as idéias marxistas que ele compartilha com seu mentor Fidel Castro. Imagine o Brasil transformado em uma Cuba gigantesca! Isto não é um pesadelo. É uma probabilidade, pois Lula continua liderando as pesquisas eleitorais.

Assalto às Trincheiras do Iluminismo

Entretanto, Lula é apenas a ponta do iceberg. A maior parte do perigo, oculta de nossa vista, é a sistemática campanha subterrânea de cerca de três décadas, visando a conquista do poder pelos comunistas, agora com nova estratégia, traçada pelo teórico comunista Antonio Gramsci, cujo slogan, repetido por milhões de analfabetos políticos, é: 'o comunismo acabou!'

Lula na presidência seria a culminação da campanha gramscista, para realizar o vaticínio de Fidel Castro: 'Recuperaremos na América Latina o que perdemos no Leste Europeu!'. Antonio Gramsci concluiu que o fracasso do comunismo nos países ocidentais foi devido às idéias iluministas profundamente incutidas na cultura e nas instituições ocidentais. Para superar o que chamou de 'trincheiras da burguesia' ele renunciou às táticas leninistas de conquistar o poder pelo emprego da violência e pregou em seu lugar uma sutil estratégia com o objetivo de demolir as trincheiras burguesas, que poderiam ser mais apropriadamente chamadas de 'trincheiras do Iluminismo'.

Brainwashing

O primeiro ataque às trincheiras do Iluminismo consiste em uma ampla operação de desinformação (brainwashing) destinada a desmoralizar os princípios iluministas, base do regime democrático. Para este fim os neocomunistas gramscianos têm agentes altamente sofisticados infiltrados em todos os órgãos que contribuem para formação da opinião pública, tais como a mídia, os sindicatos, os professores, políticos, intelectuais, igrejas e artistas, só para citar alguns.

As idéias comunistas de Gramsci, nas últimas décadas, como um vírus mental, colocou todos esses órgãos a serviço da difusão das fracassadas idéias comunistas. Este esquema tem sido altamente bem sucedido, a ponto de criar uma nova opinião pública que ignora completamente as grandes conquistas intelectuais dos grandes 'philosophes' do século 18, que inclui gênios como Locke, Hume, Hobbes, Newton, Bacon, Adam Smith, Voltaire, Lavoisier, Montesquieu, Diderot, Kant, Thomas Paine, Tocqueville, Samuel Adams, Jefferson, Franklin e Lincoln. Hoje podemos dizer que, devido à estratégia gramsciana, todas as grandes conquistas intelectuais desses gênios já foram deletadas da opinião pública brasileira. Nossa sociedade está de volta à barbárie e ao obscurantismo da Idade Média, pronta para receber o cabresto comunista.

Sucateamento da Educação

O segundo ataque gramsciano às trincheiras do Iluminismo, o mais perigoso, é a operação concebida para evitar que as novas gerações sejam beneficiadas pelas idéias dos gênios do Iluminismo, os campeões da liberdade e da democracia. Para este propósito viraram de cabeça para baixo a didática nas escolas públicas e, agora, em vez de ensinar os alunos, os estão doutrinando com a venenosa ideologia comunista, que levaram à ruína e ao genocídio tantos países. Livros didáticos são impressos com dinheiro público e distribuídos gratuitamente, aos milhares, com textos cheios de mentiras, vilipendiando os heróis nacionais do passado e exaltando bandidos e terroristas que foram presos, exilados ou fugiram do Brasil pelo regime militar que salvou o Brasil do comunismo, em 1964.

A disciplina de História, seguindo a recomendação do Ministério da Educação, é completamente deturpada para exaltar os regimes comunistas como ideal político para prover a liberdade e a democracia. Os grandes heróis da luta pela democracia são desmoralizados e, naturalmente, os Estados Unidos são apresentados como um país imperialista que explora os países subdesenvolvidos. Os bancos internacionais são descritos como cruéis usurários dedicados a roubar os países pobres e enriquecer ainda mais os já ricos.

O fragoroso fracasso de todos os regimes comunistas é completamente omitido e não é mencionado que, no século passado, os comunistas, em sua violenta luta pelo poder, assassinaram mais de 100 milhões de pessoas inocentes, pelo crime de amarem a liberdade. Assim, ao se formarem, os alunos, já doutrinados, estarão prontos para abraçar as idéias retrógradas comunistas que desgraçaram tantas nações.

Em Rota de Colisão com o Iceberg

O avassalador avanço do comunismo no Brasil não se restringe ao plano gramsciano. A guerrilha rural, pelo MST, o braço terrorista do PT, (ligado às FARC), está em franco andamento e o crime organizado avança nas cidades, com a proteção do PT, de outros partidos de esquerda e de influentes setores da Igreja Católica. Já se transformou em um poder paralelo, até metralhando órgãos públicos, sem reação das autoridades, reduzidos à inanição (ou cumplicidade?) pelo plano gramsciano. Enquanto isso o braço sindical do PT, a CUT, domina praticamente todos os sindicatos, que estão a serviço da implantação do comunismo.

Todos esses fatos apontam para dificuldades cada vez maiores no futuro para o Brasil e para tantos outros países do mundo. A única saída, em minha opinião, é o restabelecimento dos valores desenvolvidos no século 18 pelos gênios do Iluminismo — a começar com a promulgação de uma Constituição de verdade, destinada a proteger a população contra o poder e o arbítrio do Estado e não um documento para garantir os privilégios da elite do poder e dos salários, como a atual.

Infelizmente ninguém está preocupado com este problema. Temos escrito muitos artigos sobre este assunto mas a impressão que temos é que estamos pregando no deserto. Enquanto isso, o iceberg está cada vez mais próximo!

'É vedado à União... criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si'. Constituição Federal, Artigo 18.'
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui