Usina de Letras
Usina de Letras
179 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62563 )
Cartas ( 21339)
Contos (13279)
Cordel (10457)
Crônicas (22549)
Discursos (3243)
Ensaios - (10496)
Erótico (13582)
Frases (50934)
Humor (20091)
Infantil (5515)
Infanto Juvenil (4840)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1377)
Poesias (140965)
Redação (3330)
Roteiro de Filme ou Novela (1064)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1963)
Textos Religiosos/Sermões (6268)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Ensaios-->República dos barbudinhos -- 13/01/2003 - 11:34 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Recentemente, tivemos a “Nova República”, surgida após os governos dos generais, com Tancredo Neves, ninada, acalentada e decantada pela “Constituição-cidadã” de Ulysses Guimarães como aquela que tiraria todos os brasileiros da miséria. Tancredo bateu as botas, assumiu José Sarney, que implantou o Plano Cruzado para enganar a população até conseguir eleger 23 governadores do PMDB.

Depois, com Fernando Collor, tivemos a “República das Alagoas”, em que o Rasputin do regime era nada menos que o mafioso empresário Paulo César Farias. O governo não poderia ter tido outro destino, foi gloriosamente para o vinagre. Afastado Collor, surgiu, com Itamar Franco, a mineiríssima “República pão-de-queijo”, que implantou o Plano Real – a única que ultimamente não prejudicou o País, pois nem cheirava, nem fedia. O que foi um grande feito.

Com Fernando Henrique Cardoso, em longos oito anos de governo, lastreado pelo sucesso inicial do Plano Real, firmou-se de vez no Brasil a “República Patrimonialista” – embora não tenha sido assim denominada em público ou em privado. Aumentando a dívida interna, de 80 para mais de 900 bilhões de reais, com a taxa Selic sempre na estratosfera, agravando o endividamento, FHC substituiu a inflação pela dívida interna, e duplicou os gastos com o funcionalismo público, atualmente em torno de 70 bilhões de reais ao ano. Os militares, em sua “República dos marcianos” – como veremos adiante –, fazendo dívidas elevadas, ao menos conseguiram deixar um ativo que perdura até hoje: Itaipu, Urubupungá, Ilha Solteira, Sobradinho, Xingu, Angra – para citar apenas algumas obras do setor energético. E o que nos deixou FHC, como balanço? Apenas novecentos bilhões de reais como passivo. Cadê as obras deixadas, o ativo, onde ficou?

Antes da “Nova República”, com os militares, tivemos a “República dos marcianos”. Como se sabe, os governos dos “verdes”, dos generais quatro-estrelas, embora anticomunistas convictos, conseguiram fazer de nosso País um paraíso de estatais de causar inveja aos estrategistas do Gosplan soviético, como a implantação do sistema “BRÁS”: Telebrás, Portobrás, Eletrobrás etc... Chamo de “marcianos”, tanto pelo fato de lembrar Marte, o deus da guerra, como aqueles ETs, seres verdinhos, com antenas. Pois somente ETs é que teriam capacidade para implantar em nosso País um programa retrógrado como o da “reserva de informática”, que colocou o Brasil na retaguarda tecnológica por quase três décadas. Com a estulta decisão, conseguiu-se a proeza de “criar” um computador frankenstein caríssimo, embora obsoleto já no nascimento, com peças pirateadas de todos os cantos do mundo, o que poderíamos chamar de “PC-171”: P de pirataria, C de contrabando, e 171 – aquele conhecidíssimo número do Código Penal (ao menos enquanto não entra em vigor o novo Código, ainda neste mês).

Agora, com Lula-laite, chegou a hora e a vez de Augusto Matraga, quero dizer, chegou a hora e a vez da sonhada “República dos barbudinhos”. E, pelo ânimo de grande parte da população, hipnotizada com a promessa de pão de graça (Fomebrás) e peixe à vontade (Piscibrás), como no milagre de Cristo em Tagba, à beira do Mar da Galiléia, a folclórica, demagógica e assistencialista “República dos barbudinhos” deverá durar pelo menos longos oito anos. Se depender dos petistas, o líder da seita dos raelianos será contratada para criar clones sucessivos de Lula-laite, para que governe o Brasil pelos próximos saecula saeculorum, amen.

Os “barbudinhos” já são conhecidos há tempos em outras áreas, não só na política. O embaixador José Osvaldo de Meira Penna, em seu ensaio-denúncia Decência Já (1), faz referência aos “barbudinhos” do Itamaraty, já atuantes há décadas. Por exemplo, foram os “barbudinhos do Itamaraty” os responsáveis pelo escândalo das “polonetas”, quando o Brasil praticamente doou 4 bilhões de dólares à Polônia, então sob dominação comunista. Outros países socialistas – vale dizer comunistas – também se beneficiaram com a prodigalidade dos barbudos do Itamaraty. Esses regalos foram concedidos durante o governo dos militares. Imagine o que não será presenteado a regimes como o de Fidel, agora que seu amigo do peito, Lula-laite, assumiu o poder, para que o tirano tenha uma sobrevida mais longa e tranqüila na Ilha. FHC, depois do estrago do furacão Lili, em Cuba, doou 25 milhões de dólares ao ditador. Hoje, o PT, não precisa mais chamar seus militantes para colher cana em Cuba. Lula-laite está com a chave do Banco Central...

Sai barbudinho Lafer de FHC, entra barbudinho Amorim de Lula-laite. Como se vê, tudo continua como dantes no terreiro dos xavantes...

Uma pergunta que se faz há tempos é: por que tanto terceiro-secretário do Itamaraty, logo após ser alçado ao cargo, deixa crescer uma abundante barba? Uns dizem que é para parecer mais velho, para impor respeito logo nos primeiros atos. Outros, com alguma malícia, dizem que é para afirmar a masculinidade, já que – segundo famoso hai-kai recitado na Casa de Rio Branco – grande número de
itamarateca
torce
a munheca...

Porém, uma coisa é certa: barbas, barbichas, bigodes, suíças, costeletas, cavanhaques, penugem e o que mais for possível fazer com os filamentos capilares, cultivados com esmero no Itamaraty, têm uma conotação esquerdista, ligada ao portrait cabelo-barba-bigode de Marx, Lênin e Fidel. A mesma relação marxista existe entre toda a Patota do Torto (PT), a começar por Lula-laite, passando por uma variedade charmosa de barba à la Paccioli, e finalizando na rala porém máscula barbichinha do Shaolin do regime dos barbudinhos, Gu-Shi-Ken. Um dos que atualmente destoam do visual “barbário” é José Dirceu, antigo barbudinho do serviço secreto de Cuba (2), hoje com a cara mais lisa que bumbum de neném...

Até Ciro Gomes já aderiu à moda “barbarizante” da “República dos barbudinhos”. Seria falta de personalidade? Ou de baixa auto-estima? Quem sabe, o meu xará General Félix, chefe da Casa Militar (atual Gabinete de Segurança Institucional – GSI) não copie a barba do glorioso Duque de Caxias, para se enturmar de vez com a rapaziada da “República dos barbudinhos”? Também se espera que Luísa Erundina seja a próxima a desfilar com o novo modelito...

Lula-laite, durante a posse, em longo discurso no Congresso Nacional, falou nos “grandes destinos” que aguardam nosso País, exemplo a ser seguido por todas as nações do planeta. Brasília será a capital do terceiro milênio, como já profetizaram há muito as pitonisas do Vale do Amanhecer, nos arredores da Capital da República (No Vale do Amanhecer, dizem que, se cercar a área, vira hospício; se cobrir, vira circo.)

A nave “estelar”, vermelha, de cinco pontas, segundo Lula-laite, levará a grandeza de nossa nação às mais longínquas nebulosas. Será uma antecipação da Grande Paz prometida pela Era de Aquário.

Porém, quando se vê que os convidados mais importantes de Lula-laite foram o último fóssil do comunismo, Fidel Castro – tirano que oprime há 44 anos a ferro e fogo a população na ilha-prisão –, e um dos últimos demagogos do planeta, Hugo Chávez – que está colocando a Venezuela à beira de uma guerra civil –, chega-se à conclusão que nosso destino será tenebroso. Em vez de sonharmos com a magnitude de uma República próspera, como as que existem na Europa, no Japão e no Sudeste asiático, sem mencionar Canadá ou os EUA, vamos continuar a ter o triste destino de uma República de Pongo-Pongo (3).

Notas:

(1) PENNA, José Osvaldo de Meira. Decência Já. Instituto Liberal & Editorial Nórdica Ltda, Rio de Janeiro, 1992.

(2) José Dirceu pertenceu ao Movimento de Libertação Popular (Molipo), criado pelo serviço secreto do governo comunista de Cuba. Pelo papo descontraído que o “James Bond do Caribe” teve com o ditador Fidel Castro, durante a posse de Lula-laite, parece que o antigo “Ronnie Von” das esquerdas ainda não devolveu seu crachá de “secreta”...

(3) Trata-se da ficcional república socialista terceiro-mundista “República Democrática Popular Progressista, Científica e Revolucionária de Pongo-Pongo – RDPPCRPP”, criada pela verve de Meira Penna no romance Cândido Pafúncio – numa história contada por um idiota. iSD iMPRESSÃO SOB DEMANDA i& 61646;ditora, Brasília, 2000.


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui