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Ensaios-->OUVIR E ENTENDER MÚSICA – PARTE DEZENOVE -- 07/03/2003 - 14:46 (COELHO DE MORAES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
OUVIR E ENTENDER MÚSICA – PARTE DEZENOVE
(FORMAS FUNDAMENTAIS – variações, basso ostinato e passacaglia)
por Coelho DE Moraes, baseado na obra de Aaron Copland

A variação incidental pode ser aplicada em qualquer tipo de música e a qualquer momento.
Aqui trataremos da variação formal.
Muitas vezes se usava uma única melodia – retirada do cantochão – e essa melodia era variada ao,longo do processo. Um Exemplo: variações de William Byrd para O Mistress Mine.
Variações são formas extremamente fundamentais e provavelmente todos os compositores usaram algum tipo de variação em sua peças e ainda continuarão a usar.
Baixo Ostinato: Parece mais um artifício do que forma musical. Uma frase curta – figura de acompanhamento ou uma melodia – repetida incessantemente na voz (naipe, instrumento) mais grave. Quando dizemos voz, é bom lembrar, queremos dizer qualquer voz humana, ou instrumento ou naipe de instrumentos e de vozes. Bem o fato é que o tal baixo ostinato se repete sem parar enquanto as outras partes se desenvolvem normalmente. Um bom exemplo: A Pastoral de Sibelius, obra para piano. Outro, moderníssimo é o Cortège, do oratório Rei Davi, de Honneger. Outro: O Lamento de Dido, de Purcell (um baixo surpreendentemente cromático e, portanto, fácil de gravar.
A idéia do basso ostinato – baixo obstinado – é que após uma série de repetições ele ficará em sua mente como ponto pacífico. Dessa forma que a atenção se deslocará para o resto do material composto.

Passacaglia: Nesse caso o baixo obstinado não é um tema comum mas uma melodia importante. Se presta a um tratamento mais variado. Há quem diga que se trata de uma dança lenta em compasso ternário, de origem espanhola.
A Passacaglia começa com a definição de um tema, solo, no baixo.
a) Para se fixar o tema na memória do ouvinte, ao entrar as outras vozes o compositor tem que manter discreto.
b) A cada nova variação o tema deve ser visto sob uma nova luz. E, as variações devem ter um efeito cumulativo.
Um truque em, após um número de repetições exatas no baixo, o tema de passacaglia passe a ser repetido nas outras vozes, em parte ou no todo, liberando o baixo para outras variações, enriquecendo a música.
Outra possibilidade é a repetição do tema em velocidade diferente, combinando com outras vozes em contraponto.
Desde Bach o efeito cumulativo sugerido é o de aumentar o número de notas de variação a cada compasso, cirando uma sensação de clímax.
Exemplo geral: A grande passacaglia em Dó Menor, para órgão. De Bach.
Em resumo. Escutar atentamente o tema que surge em primeiro lugar de tudo e no baixo. Depois lembrar que uma nova variação tem início assim que o tema é repetido. Notar como o movimento começa a se acelerar na quarta variação. Na quinta variação ele começa a ser disfarçado. Na oitava uma nova linha melódica aparece em contraponto sobre a formação de acordes e em cada um desses acordes a nota inferior é temática. Em seguida o tema é transposto para as vozes agudas e a linha de contraponto fica abaixo.
A conclusão da passacaglia é a fuga, que veremos à frente.
Negligenciada no século XIX . Hoje temos Ravel com uma passacaglia no movimento central do Trio para violino, violoncelo e piano. Em Wozzeck, de Alban Berg e a Passacaglia para orquestra, opus nº1 de Anton von Webern, são exemplos recentes.
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