Usina de Letras
Usina de Letras
133 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62563 )
Cartas ( 21339)
Contos (13279)
Cordel (10457)
Crônicas (22549)
Discursos (3243)
Ensaios - (10496)
Erótico (13582)
Frases (50934)
Humor (20091)
Infantil (5515)
Infanto Juvenil (4840)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1377)
Poesias (140965)
Redação (3330)
Roteiro de Filme ou Novela (1064)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1963)
Textos Religiosos/Sermões (6268)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Ensaios-->Orçamento Participativo de Lula-laite -- 20/03/2003 - 17:04 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Orçamento Participativo: a falação no lugar da ação

O que mais se vê nesses tempos em que a Patota do Torto (PT) assumiu o Governo é reunião, reunião, e mais reunião. Intermináveis reuniões que varam as frescas madrugadas brasilienses, os taifeiros já não agüentam fazer tanto café, caindo de sono pelos cantos do antigo padoque do general Figueiredo, aquele que preferia, no lugar dos promíscuos ajuntamentos de pessoas, o “perfume” dos cavalos e das egüinhas pocotós...

Em três meses, já foram três reuniões ministeriais. As outras “repones” (*), das dezenas de comissões instaladas pelos 34 “petistérios”, quero dizer, das “começões” de diárias e passagens aéreas, ninguém sabe quantas foram, nem mesmo a Patota do Torto...

Dizem que nos suculentos churrascos degustados a rodo na Granja do Torto, com dinheiro público, tem até carne de javali. Enquanto isso, o tal projeto Fome Zero continua na estaca zero...

Discute-se de tudo e mais um pouco, com todos. Todos? “Eu, hein, ainda não fui chamado para emitir minha opinião, cara pálida!” Todos, sim, me refiro aos grupelhos que estão se alinhando à nova Patota instalada no Planalto Central para dar sua contribuição democrática, ou seja, ver qual a fatia do bolo que vai sobrar para forrar a boquinha...

Não canse não, leitor, de ver tantas reuniões, pois o número delas irá aumentar assustadoramente quando for implantado o famigerado “orçamento participativo”, prometido pelo Governo Federal, método soviético de governo já efetivado pelo PT em muitas prefeituras e Estados deste Brasilzão (ainda!) de Deus.

O que é mesmo o tal “orçamento participativo”?

“Orçamento participativo” é um mecanismo de manipulação política, através do qual o Partido dos Trabalhadores (PT) busca aprofundar a estratégia revolucionária leninista conhecida como “dualidade do poder”.

As organizações sociais e de bairro, à primeira vista voluntárias, com representantes ritualmente eleitos, são na realidade cooptadas pelo Partido-Governo. As decisões do “orçamento participativo” são tomadas não pela população dos municípios ou Estados governados pelo PT, mas pelos ativistas do Partido e pelos “quadros políticos do governo”, municipal e estadual, remunerados com dinheiro público, que também “monitoram” os debates, sob controle do Partido.

Com isso, os ativistas do PT buscam progressivamente solapar e esvaziar a autoridade dos corpos legislativos. Tarso Genro reconheceu que o “orçamento participativo” foi concebido para operar uma “transferência de poder para a classe trabalhadora organizada” e substituir gradativamente “a representação política tradicional, vinda das urnas, pela democracia direta”, acrescentando que esse mecanismo político havia sido constituído sobre “princípios gerais, originários da Comuna de Paris e dos sovietes” (José Giusti Tavares e outros, in “Totalitarismo Tardio – o caso do PT”, editado pela Mercado Aberto, de Porto Alegre). Pelo conteúdo do livro, Tavares foi processado pelo Partido dos Talibãs do Rio Grande do Sul.

Segundo dados oficiais, apenas 1,3% da população comparece, por exemplo, às assembléias do “orçamento participativo” de Porto Alegre, RS. Com esse número reduzido de petistas, que se reúnem com qualquer número, debatem e decidem sem qualquer regra fixa, o Partido Totalitário pretende substituir a democracia representativa municipal de 33 vereadores, cujos mandatos foram obtidos com o coeficiente eleitoral de 22.750 votos. A Constituição do Estado do Rio Grande do Sul enuncia, no Art 5º, Parágrago 1º, o princípio de que “é vedada a qualquer dos poderes delegar atribuições.”

Ora, todos nós, brasileiros, confiamos nosso voto para Presidente, para Governador, para Senador, para Deputados Federais e Estaduais, para Prefeito e para Vereadores, para que nos representem, para que por nós decidam, para que por nós legislem, como manda a Constituição Federal. O resto é conversa para ninar bovinos. E tomar café. Depois de forrar a pança com carne de javali. Nem por nada que Hugo Chávez e Fidel Castro venham ao Torto com tanta freqüência...

Menos reunião,
menos falação,
(e menos comilança)
ação, ação, mais ação:
é o que quer do Governo
a nossa nação!

(*) repone: reunião de porra nenhuma


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui