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Ensaios-->Guerra do Golfo: de pai para filho -- 21/03/2003 - 11:33 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O texto abaixo, 'A Guerra no Golfo Pérsico', foi extraído de meu livro 'Egito - uma viagem ao berço de nossa civilização', editado pela Thesaurus, Brasília, 1995.

Durante aquela Guerra (1991), eu trabalhava na Embaixada do Cairo, cidade onde morei com a família, de março de 1990 a abril de 1992. Tive, portanto, um contato bastante próximo com a 'Operação Tempestade do Deserto'.

Nestes tempos em que Bush filho pretende terminar o trabalho inacabado de Bush pai, é importante relembrar o que houve na Primeira Guerra do Golfo.

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CAPÍTULO IV

A GUERRA NO GOLFO PÉRSICO

Às 3 horas da madrugada do dia 17 de janeiro de 1991 o telefone tocou em nossa casa no Egito. Era o meu chefe comu-nicando que a Guerra no Golfo Pérsico havia começado. Ele havia recebido a notícia de um amigo, também adido militar. E sabe de onde? Do México.


As atrocidades no Kuwait

Desde a invasão do Kuwait, feita pelos iraquianos em 2 de agosto de 1990, vínhamos acompanhando com muita ansiedade os acontecimentos. À medida em que o tempo avançava, com to-das as propostas de solução pacífica sendo rejeitadas pelo Iraque, fomos ficando cada vez mais apreensivos.

O leitor poderá dizer: 'Mas o Egito fica longe do Iraque, dificilmente seria atingido. O Iraque teria objetivos mais importantes e imediatos com que se preocupar, com o inimigo o cercando por todos os la-dos'.

Mas é bom avivar a memória e lembrar de todas as incer-tezas que havia naquela ocasião: o Iraque tinha uma máquina de guerra formidável, o 4º maior exército do mundo, mísseis de longo alcance, o superca-nhão, e estava prestes a fabricar sua bomba atômica. Um mi-lhão de soldados armados, podendo mobilizar até 5 milhões.

Talvez de propósito - para poderem mais tranqüilamente fazer o que fizeram -, os americanos eram os primeiros a nos fazer acreditar que os iraquianos eram poderosíssimos e que precisavam ser detidos de qualquer ma-neira.

Além da nossa preocupação com as atrocidades da gangue de Hussein no Kuwait e a expectativa de que a guerra poderia ser longa, havia um fator extra que nos aterrori-zava: Israel com suas armas atômicas. Porque é fácil imagi-nar o que pensávamos no caso de Israel ser atacado e revi-dar: para que lado iriam os árabes, aí incluído o Egito, que os aliados com muita dificuldade haviam convencido a participar da operação?

Desde os primeiros dias após a invasão acompanhávamos tudo, tanto nos jornais, revistas, bem como na rádio BBC de Londres e na TV, onde precariamente tínhamos notícias da CNN, que experimentalmente lançava suas imagens no ar algumas ho-ras por dia.

Ficamos estarrecidos com as atrocidades dos iraquianos no pequeno emirado. E olha que era contra 'irmãos', como os árabes se chamam uns aos outros. Imagine se fosse contra nós, que eles chamam de 'infiéis'. Diariamente tomávamos co-nhecimento das barbaridades: torturas, mortes sumárias, es-tupros. Os soldados invadiam as casas roubando tudo, vio-lando a mulher na frente do marido e depois tranqüilamente tomavam chá com a família humilhada.

Tudo era carregado para o Iraque: primeiro o di-nheiro e o ouro roubado dos bancos e das residências dos kwaitianos, as jóias das mulheres. Conforme as acusações apresentadas na imprensa, muito oficial do exército de Sad-dam fez a vida. Depois tudo o mais que encontravam pela frente era carregado para Bagdá, literalmente limpando tudo. Até postes e semáforos foram levados. Nos hos-pitais, todos os equipamentos foram surrupiados, não impor-tando se os pacientes estivessem na UTI: os doentes eram jo-gados para fora das camas, os bebês pegos pelos pés e batidas suas cabeças contra a parede até à morte. Os médicos obrigados a seguir juntos.

Muitos garotos suspeitos de não colaborar com os ira-quianos no Kuwait eram mortos na frente da mãe. As torturas incluíam queimaduras e arrancamento dos órgãos ge-nitais, muitos largados sozinhos no deserto e mandados a correr em disparada para serem metralhados com feroz alga-zarra dos iraquianos.


Uma família kuwaitiana


Durante alguns meses, tivemos como vizinhos de frente uma família kuwaitiana que havia fugido de seu país após a invasão do Iraque. Calcula-se que a metade dos 600 mil kwai-tianos residentes no país antes da Guerra tenha fugido para os locais mais variados: Europa, Egito, Arábia Saudita. Lógico, eram os mais endinheirados, muitos deles tendo um exílio cor-de-rosa, morando em hotéis 5 es-trelas, freqüentando cassinos. Além do mais, o governo reme-tia, mensalmente, para cada cidadão kuwaitiano no exterior, uma certa quantia de dinheiro, desde o pai de família até o filho caçula.

Com os vizinhos kuwaitianos nos comunicávamos em in-glês. O chefe da família, senhor Abdel Aziz, teve um enfarte cardíaco no Cairo de-vido a tudo o que tinha passado. Na fuga, essa família teve seus bens e valores todos roubados. Da mãe levaram todo o ouro que possuía, incluindo um cinto em ouro maciço. Conseguiram trazer um carro da família, mas o dinheiro - dinar kuwaitiano, que vale mais de 3 dólares -, que escon-deram nos assentos do carro, foi descoberto e levado. Uma boa quantidade de dinheiro, o equivalente a mais de 10 mil dólares que ha-viam colocado dentro das rodas do carro, virou papel picado quando chegaram ao Cairo.

A família kuwaitiana era de classe média, pelos padrões daquele país. Ele era funcionário do governo, podendo se aposentar com 20 ou 30 anos de serviço. Possuíam 3 carros, incluindo um Mercedes e um BMW. A casa deles tinha 30 cômo-dos, e pelo que disseram, era do tamanho do edifício onde morávamos no Egito, que tem 5 andares. Tinham muitos empregados e uma lancha para o hobby da pesca do chefe da família. Todos já conheciam a Eu-ropa e a filha Hannah, de 18 anos, estava se preparando para estudar medicina na Inglaterra.

Um parente dos nossos vizinhos kuwaitianos também passou a morar com sua família no mesmo prédio, durante o exílio no Egito. Ele trabalhava no Kuwait junto à seleção de futebol e nos lembrou que um brasileiro fora o técnico de sua seleção, com o qual aprendeu muitas palavras em português. Palavras não, palavrões...


A guerra anunciada

Finalmente, depois da relutância do cabeça-dura Hussein em sair do Kuwait, começou a guerra, mais do que anunciada, para a reconquista daquele emirado.

Na véspera da guerra transmitida ao vivo de Bagdá por Peter Arnett, da CNN, ajudamos a levar a bagagem da família do Raul, auxiliar do adido militar argentino, até o aero-porto de Heliópolis. Ele ficou no Cairo e sua família seguiu até a Itália. Talvez com medo de algum atentado de extremistas muçulmanos, pelo fato de a Argentina ter mandado alguns navios - embora só 'a passeio' - até as proximidades do Golfo Pérsico. Os atentados na Argentina, contra a Embaixada de Israel em 1992 e contra um centro israelita em 1994, não seriam uma espécie de revanche?

Não interessa comentar essa guerra de videogame que houve, com os americanos fazendo do Iraque um excelente campo de provas para suas armas que nunca haviam sido utili-zadas em combate: mísseis de cruzeiro, aviões 'invisíveis', a superbomba teleguiada para penetração em paredes de concreto armado. Tudo isso o leitor deve ter acompanhado muito bem pela Globo ou pela CNN. Com os soviéticos postos a knock-out técnico, os americanos ficaram bem à vontade.

Não que os americanos não tivessem razão em enfrentar aquela besta do apocalipse. Mesmo muitos dos países árabes, desde o início da crise, não aceitavam negociar uma solução que não fosse a retirada imediata dos iraquianos do Kuwait. Poucos países apoiaram o Iraque, como o Iêmen, o Sudão, a Líbia, de modo velado, e os palestinos, tanto os que se en-contravam na Jordânia e no Líbano, quanto aqueles residentes nos territórios ocupados por Israel. Até mesmo Yasser Arafat es-colheu o lado errado. Além destes todos, o PT brasileiro, com passeatas em São Paulo, para variar um pouco sua mili-tância...

Não se pode criticar os aliados pelo envolvimento na Guerra com o objetivo de libertar o Kuwait. Além das pretensões do Iraque em querer fazer daquele emirado sua 19ª pro-víncia - que um dia lhe pertencia por direito -, deve-se le-var em conta o povo que habita aquele diminuto país, que tem suas tradições já bem arraigadas. Ainda que seja, junto com outros emirados do Golfo Pérsico, apenas 'um poço de petróleo com uma bandeira tremulando em cima'.

O que se deve criticar a respeito da Operação Tempestade no De-serto foi o fato de os aliados terem destruído o Iraque por completo, toda sua infra-estrutura. Não se justifica isso, mesmo sabendo-se que o Iraque era e ainda é comandado por um apocalíp-tico Saddam Hussein. Seria o mesmo que, por exemplo, para expulsar alguns garimpeiros brasileiros, que um dia viessem a invadir a Venezuela, a ONU autorizasse uma guerra contra o Brasil e os aliados da operação começassem a bombardear o coração de nosso país, como o ABC paulista e São José dos Campos.

Os aliados, em particular os americanos, não se envol-veram na Guerra do Golfo por causa da badalada defesa da de-mocracia e da autodeterminação dos povos. Meteram-se na em-preitada devido às formidáveis reservas de petróleo que há naquela região, principalmente na Arábia Saudita, que Hus-sein poderia invadir a qualquer momento. O que poderia ter feito na maior moleza, com a força militar que então possuía.

Naquela Guerra, foi apresentada a 'nova ordem mun-dial', com o Presidente Bush então metido a tomar conta do mundo, como um xerife de faroeste, em posição de sacar o revólver do coldre a qualquer momento, onde bem desejasse. Libertar o Kuwait - realmente uma belíssima obra em nome da autodeterminação dos povos. Mas, por que os donos do mundo não li-bertam o Tibete da China? Por que não interferiram na sangrenta guerra civil na antiga Iugoslávia? E as cenas dantescas observadas em Ruanda, em 1994, por que não se fez nada para evitar aquele odioso masacre? Ora, é fácil in-vadir o Panamá, Granada ou o Haiti. Combater um país do ainda chamado 3º Mundo é uma coisa. Mas enfrentar pelas armas os russos ou a China é outra história.

Uma coisa que nos revoltou foi observar a imprensa estrangeira acusando o Brasil de ter armado o Iraque, de engenhei-ros nossos que teriam auxiliado na fabricação de mísseis de longo alcance ou até da bomba atômica. Depois dos russos, foram os ingleses, franceses e americanos que mais armaram o Iraque, principal-mente na época em que Saddam Hussein era um aliado ocidental para enfrentar o apocalíptico Ayatollah Khomeiny na Guerra Irã-Iraque. Depois que o feitiço virou contra o feiticeiro, quiseram acusar o Bra-sil, que tinha vendido apenas alguns busca-pés ao Iraque.

A Represa de Assuã teve segurança redobrada. Saddam Hussein prometeu destruir aquela Represa e varrer o Egito do mapa. Teríamos 24 horas para correr até as pirâmides e escapar do naufrágio... Com a proximidade do Sudão, que apoiou as atividades de Saddam no Kuwait, e onde poderia haver mísseis iraquianos de médio alcance, a possibilidade de algum atentado contra a Represa não podia ser totalmente descartada. Além da Represa, Saddam incentivou extremistas islâmicos para que destruíssem também as pirâmides de Gizé.

Por causa da guerra, tivemos que cancelar um cruzeiro que faríamos pelo Rio Nilo em janeiro de 1991. Todos aqueles famosos navios pararam por meses, por motivo de segurança e pela falta absoluta de turistas. As pirâmides de Gizé e o fervilhante bazar do Khan Al-Khalili ficaram entregues às moscas, ocasionando gravíssimo prejuízo econômico para milhares de egípcios que vivem exclusivamente do turismo.


Nossa casa, uma praça de guerra

Durante a Guerra, nossa casa também virou um campo de batalha. Meu filho Wagner posicionou todo seu aparato bélico pelos cantos da casa para fazer frente ao inimigo. Eram carros de combate, soldados, canhões, Rambo e suas viaturas sofisticadas. Todos os brinquedos militares de meu filho foram posicionados para a defesa, inclusive com 'radares' pendurados nas paredes com massa de moldar... Coitado, o que não devia ter passado por sua cabecinha! Vendo o poder do inimigo, não vacilou e pediu que comprássemos um reforço de 'soldados', ao que atendemos. Quando seu amigo do Kuwait lhe deu de presente um 'batalhão' de soldados de plástico, ficou tranqüilo de vez. Já podia enfrentar melhor o inimigo.

Depois de quase 100 mil incursões aéreas da aviação aliada contra o Iraque, a Operação Tem-pestade no Deserto iniciou, em 24 de fevereiro de 1991, o ataque fulminante em terra, que durou menos de 100 horas. A tempestade virou furacão no deserto, soldados iraquianos foram enterrados vivos em muitas trincheiras. Uma completa decepção para todos os analistas militares - felizmente! -, que esperavam uma batalha prolongada, com muito sangue. Um alívio para todo o mundo e para nós em particular, pois acreditáva-mos que o Iraque fosse lançar suas bombas químicas e bioló-gicas contra Israel, fazendo de todo o Oriente Médio um in-ferno. Foram muitas noites mal dormidas, com pesadelos, mi-nha mulher e meus filhos prontos para fugir rapidamente para o Brasil se a situação viesse a pôr em risco suas vidas. Nosso amigo Freitas, em Israel, por sua vez, passou pelos piores momentos de sua vida: a família longe, no Brasil, e ele tendo que colocar a máscara contra gases toda vez que soava o alarme. Um míssil Scud caiu a 1 km e meio de sua casa.

Acabada a guerra, restou a cena dantesca no Kuwait, com mais de 700 poços de petróleo queimando como tochas, o dia virando noite por causa da fumaça negra. E a política de terra arrasada que o Iraque adotou contra o Kuwait na deban-dada final, colocando fogo em tudo, poluindo o mar com petróleo, apontando seus canhões para os prédios e hotéis e mandando bala.

Pode ter sido apenas uma mera coincidência. Mas o fato é que durante a guerra aconteceram algumas coisas estranhas conosco. O nosso carro, várias vezes, foi encontrado com os pneus furados. Como tinha placa semidiplomática - coisa que só deve existir no Egito -, era fácil de identificar que per-tencia a um estrangeiro.

Na mesma época, visitando algumas lojas perto da Ave-nida da Liga Árabe, não muito longe de nossa residência, es-tacionamos nosso carro, à noite, naquela Avenida, como mui-tos outros motoristas. Porém, ao voltarmos, o carro tinha sumido. Perguntando a uma patrulha de soldados junto a um jipe militar, eles nos informaram que o carro tinha sido le-vado para a Praça da Esfinge, não muito longe do local, por ordem de um tenente. Chegando até à Praça, um capitão nos atendeu e antes de eu abrir a boca foi logo dizendo you re wrong! (você está errado!). Depois do sermão de praxe, liberou o veículo sem maior dificuldade.

Durante a guerra, a secretária da Embaixada da Argen-tina, de cabelos muito louros, levou uma pedrada no rosto quando an-dava por uma rua de Zamalek. Imediatamente, tratou de tingir o cabelo com uma tinta bem escura.


Boutros Boutros-Ghali

O Dr. Boutros Boutros-Ghali sucedeu, em 2 de janeiro de 1992, a Javier Perez de Cuellar como Secretário-Geral das Nações Unidas. A repetição do nome próprio - no caso Boutros - é bastante comum no mundo árabe.

Nascido no Cairo, em 1922, de uma rica e aristocrática família cristã copta, Boutros-Ghali passou sua juventude na cidade natal, onde estudou Direito. Posteriormente, em Paris, continuou estudos de Direito, Eco-nomia e Ciência Política. Além da carreira acadêmica, dedi-cou-se também ao jornalismo, vindo a se tornar editor-funda-dor de vários jornais egípcios.

Com o tempo, Ghali projetou-se internacionalmente, vindo a ser Presidente da Associação Egípcia de Direito In-ternacional, além de se tornar membro da diretoria de vários institutos internacionais. Escreveu uma dú-zia de livros e centenas de estudos e artigos. Recebeu títu-los de Dr. honoris causa de universidades européias e ameri-canas, além de se tornar Oficial da Legion D Honneur, da França.

Dr. Ghali começou a fazer história como membro da dele-gação egípcia a Israel, em 1977, acompanhando o então Presi-dente Anwar Al-Sadat a Jerusalém. Ghali é considerado um dos arquitetos do Acordo de Camp David, que estabeleceu um tratado de paz entre o Egito e Israel.

Sabemos que a ONU, hoje, serve de fachada para que os países do 1º Mundo - especialmente o Grupo dos Sete, os mais ricos - imponham sua política às demais nações do planeta. Desta forma, Boutros-Ghali - porta-voz dos donos do mundo - é um alvo em potencial na mira dos fundamentalistas islâmi-cos, que rejeitam qualquer contato com o Ocidente, o 'grande satã', como se referem. Para os extremistas islâmicos, a oposição a Dr. Ghali é grande por ele ser cristão copta. Porém, se fosse muçulmano, o 'crime' de diri-gir a ONU seria ainda maior.

Sem dúvida, a escolha de Dr. Ghali para o posto mais alto da ONU - afora seus méritos pessoais - foi um tributo ao Egito pelo esforço de paz no Oriente Médio, bem como um reconhecimento pelo apoio daquele país à coalizão interna-cional, com os EUA à frente, que tirou Saddam Hussein do Kuwait.



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