Quando ele ameaçou ir embora, ela chorou. 'Não vá, eu te amo!'- e então vieram as lágrimas e os soluços descontrolados. Por alguns instantes, o pânico de não ter mais aquele que havia feito com que ela sonhasse e desejasse tantas coisas outrora proibidas a invadiu. É, ela pensou, é esse o homem que vai me fazer ficar igual a todas as outras mulheres. 'Eu, que sempre fui diferente, agora me tornei como tantas outras, chorosas, implorando para que o homem amado não se fosse'. Foi quando ela prometeu-lhe que não só lhe daria atenção, como faria qualquer coisa para ficar com ele. Será?
Ela se calou quando ele disse que a amava. Ainda não acreditava, ele devia estar querendo o fim, não falara por falar. Como é fácil acreditar no que é ruim e desacreditar o que o coração quer! Ah, ela era triste. Não haviam sorrisos, seus olhos queriam derramar mais lágrimas, mas se calou. Ali, naquele lugar onde fora feliz com o homem dos olhos verdes, fora infeliz com o de olhos castanhos. Não importava. Havia mais a dizer, ela só não sabia como.