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Ensaios-->Zé Dirceu: "Daniel" na cova dos leões -- 20/05/2003 - 16:33 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
“MOVIMENTO DE LIBERTAÇÃO POPULAR (MOLIPO)

I - DADOS INICIAIS.

Movimento de Libertação Popular: organização terrorista de linha castrista, que surgiu de uma dissidência dentro da Ação Libertadora Nacional (ALN), em 1971, e foi articulado pelo Serviço Secreto de Cuba, num trabalho desenvolvido sobre um grupo de 28 militantes formadores do chamado IIIº Ex da ALN, cursando o centro de formação da guerrilha em Pinar Del Rio. José Dirceu, atual Chefe da Casa Civil e ex-presidente do Partido dos Trabalhadores, foi um de seus integrantes.

Ano de chegada em Cuba do IIIº Ex / ALN: 1969, somente 1 (um) militante tem data de chegada em 1970.

Data aproximada de retorno do pessoal do MOLIPO para o Brasil: dos meses finais de 1971 aos meses iniciais de 1972.

II - INTRODUÇÃO

1. Após a morte de Marighela, em 4 de novembro de 1969, a Direção Nacional da ALN passou a ser exercida por Joaquim Câmara Ferreira, o “Toledo”. Aproveitando as circunstâncias, os cubanos influíram na indicação de Washington Adalberto Mastrocinque Martins (“Cmt Raul”) para ser o representante da ALN em Cuba.

2. A perda de MARIGHELA e a prisão dos dominicanos que integravam a rede de apoio da ALN, como frisamos, ocasionaram uma série de problemas na já precária capacidade de coordenação e controle da organização, um dos quais foi a ruptura da ligação do grupo paraense com a Coordenação Nacional da ALN, radicada em São Paulo, vital para o objetivo de implantação da área estratégica (ver item IV da Segunda Parte).

III- A AÇÃO DA INTELIGÊNCIA CUBANA NA CRIAÇÃO DO MOLIPO

1. Em Cuba, neste interregno, continuava o trabalho de Manoel Piñeiro Losada, “Barbarroja”, do Departamento América (DA) e do Serviço Secreto cubano na cooptação de vários militantes do “Grupo dos 28” ou “Grupo Primavera”, conforme afirma Carlos Eugênio Paz, ex-comandante militar da Ação Libertadora Nacional: “Em Havana, o José Dirceu fez a política do serviço secreto cubano'. 'Quando perceberam que não poderiam tomar a ALN, os cubanos articularam a formação de outra organização, o Movimento de Libertação Popular, o MOLIPO. O José Dirceu não era o chefe dessa organização, mas era uma das pessoas que a apoiavam.”

2. Deixamos por conta de um antigo militante da ALN o relato dessa manobra do Serviço de Inteligência de Cuba e do Departamento América do PC de Cuba, órgão encarregado de orientar e conduzir o processo revolucionário na América Latina. No seu livro 'Nas Trilhas da ALN', editado em 1997, pela Bertrand Brasil , Carlos Eugênio relata uma cáustica versão do apoio do Estado cubano à revolução no Brasil, a qual apresentamos, destacando por trechos, sem prejudicar a seqüência.

a. “A interferência deles (dos cubanos) já nos custou caro demais; a volta dos companheiros do MLP sem nossa autorização foi um desastre. 18 mortos e mais tantos presos... e tudo por uma rasteira política de infiltração, querendo influenciar nosso movimento de dentro, para adequar nossa política às necessidades deles”(página 78).

b. (...) Entendo que os militantes nossos, afastados da realidade brasileira e querendo voltar para lutar, questionem a Coordenação Nacional, fundem uma corrente ou saiam da Organização, mas os cubanos não tinham o direito de autorizar a saída deles do país sem nos comunicar, quando havia meios para isso. Cederam os esquemas, promoveram a volta e ajudaram a convencer os combatentes que tinham dúvidas. Chegaram a São Paulo procurando militantes queimados, usando esquemas já abandonados por falta de segurança, aparelhos que não mais existiam, despreparados e desinformados dos avanços da repressão (página 79).

c. Achavam que não autorizávamos a volta para não perdermos o comando da Organização. Infelizmente, sentiram na pele que estávamos cercados, fazendo ações de sobrevivência, assaltando bancos e supermercados na véspera do vencimento dos aluguéis, e tentando não desaparecer (...) (página).

d. O que me revolta é que caíram como moscas e hoje ninguém assume suas responsabilidades (idem).

e. (...) Esmiúço a história da revolução cubana e constato evidentes contradições entre o real e a versão divulgada América Latina afora (...) (idem).

f. Muitas ilusões foram estimuladas em nossa juventude pelo mito do punhado de barbudos que, graças ao domínio das táticas guerrilheiras e à vontade inquebrantável de seus líderes, tomou o poder numa ilha localizada a 90 milhas náuticas de Miami (página 179).

g. Os textos encontrados sobre a revolução cubana são meros panfletos de propaganda ou relatos factuais, carentes de honestidade e aprofundamento teórico; (...) (página 179).

h. A ameaça iminente de agressões facilitou a militarização do país. Milícias Populares e Comitês de Defesa da Revolução formam uma teia considerável que abastece o S2 de informações sobre posições políticas, atitudes sociais e escolhas sexuais dos cidadãos (...). O Partido Comunista é o único permitido e em seus postos importantes reinam os comandantes de Sierra Maestra ou gente de sua confiança, em detrimento dos quadros oriundos do movimento operário e do extinto Partido Socialista Popular (anterior à revolução de Fidel), representante em Cuba do Movimento Comunista Internacional e aliado da União Soviética (página 180).

i. Os contatos com as organizações de luta armada são feitos através do S2, conseqüência esperada das deturpações do regime. A revolução na América Latina não seria uma questão política e, sim, usando as palavras do caricato TOTEM (referência ao general Arnaldo Uchoa, comandante do Exército em Havana em 1973, que lutou na Venezuela e Angola, vindo a ser, no final dos anos 80, condenado à morte e fuzilado, sob a acusação de envolvimento com o narcotráfico), uma questão de ‘mandar bala’ (página 180).

j. (...) eles tentam influenciar na escolha de nossos comandantes, fortalecem uns companheiros em detrimento de outros; isolam alguns para criar uma situação de dependência psicológica que facilite a aproximação; influenciam o recrutamento; alimentam melhor os que aderem à sua linha e fornecem informações da Organização; concedem status que vão desde a localização e qualidade da moradia à presença em palanques nos atos oficiais; não respeitam nossas questões políticas e desconsideram nosso direito à autodeterminação (páginas 180 /181).

k. (...) Fabiano (Carlos Marighela) negociou com os cubanos de igual para igual, mas Diogo (Joaquim Câmara Ferreira) concedeu demais. Sentiu-se enfraquecido pelas quedas em São Paulo que culminaram com a morte do nosso líder e permitiu algumas ingerências nas escolhas de quadros para a volta e os postos que ocupariam na Organização (página 181).

l. (...) No Brasil, recebemos com espanto a volta de um comandante indicado pelos cubanos e aceito por Diogo. O episódio não chegou a ter maiores conseqüências, pois o comandante desertou no caminho e foi morar na Europa (referência ao “comandante Raul”, Washington Adalberto Mastrocinque Martins, atual funcionário da prefeitura de São Paulo) (página 181).

Lembrete : o “Cmt Raul” ao receber a missão de retornar ao Brasil e conduzir as atividades de implantação da área rural, resolveu dar uma de turista e conhecer a Europa. Aqui a barra estava pesada. Voltou numa boa... Acreditem. O dinheiro recebido de Cuba até hoje é motivo de polêmica. Para uns foi devolvido para outros não. Viva la Revolucion!


III – CRONOLOGIA DAS ATIVIDADES DO MOLIPO.

Observação: Para a apresentação das atividades do MOLIPO foi necessário ser, de certa forma, repetitivo. Em parte isto foi motivado por julgarmos importante apresentar o papel da Inteligência cubana na formação do MOLIPO e do próprio processo de luta armada no Brasil e na América Latina. Tal ação, em época mais recente, foi marcante no Chile, manipulando o MIR (Movimiento de Izquierda Revolucionaria) e a FPMR (Frente Patriótica Manoel Rodriguez) para a prática de “expropriações” e seqüestros para obtenção de “fundos revolucionários”. Há mais...

A. O Processo de Luta Interna e o “Racha”.

1. Em meados de 70, os militantes da ALN componentes do chamado III Ex da ALN passaram a demonstrar seu descontentamento com a direção da organização no Brasil, devido as seguidas “quedas” de militantes, com a falta de apoio ao Setor de Massas, e com a não implantação da guerrilha rural.

2. Em Out 70, uma reunião dos militantes da ALN que recebiam treinamento em Cuba discutiu o que consideravam “erros” da organização no País e ressaltou a divergência profunda entre os que permaneciam em Cuba e a ALN no Brasil.

3. Em Dez 70, tudo isso foi agravado com a morte de Joaquim Câmara Ferreira, “Toledo”, sendo especialmente contestada a Coordenação Nacional constituída após sua morte – que passou a dar prioridade às ações armadas - entrando em rota de colisão com a Frente de Massas, em São Paulo.

4. Em Mar 71, essa situação tornou-se quase insustentável face ao justiçamento de Márcio Leite Toledo, ocorrido em dezembro de 1970, por decisão da Coordenação Nacional. Márcio foi levianamente acusado de ter entregado Joaquim Câmara Ferreira, “Toledo”, fato que provocou a revolta de diversos militantes, especialmente os da Frente de Massas. O dedo duro era outro...(Ver nas Conclusões desta Terceira Parte)

5. A partir daí, com o rompimento do diálogo do “Grupo dos 28” com a Coordenação no Brasil, seus membros começaram a voltar ao país, ainda em maio de 1971, por decisão própria e “influência” dos camaradas do Departamento América e, como é óbvio, do Serviço Secreto cubano. Num regime como o cubano tem diferença? No retorno estabeleceram ligação com membros da Frente de Massas. Após as discussões foi detectada a identificação em vários pontos de vista. Passaram a existir então duas ALN: Frente de Massas + Grupo dos 28 e Coordenação Nacional + GTA.

6. No final do ano de 1971, a Frente de Massas da ALN fundia-se com o Grupo dos 28. Foi constituído um Comando Nacional, um Setor Estudantil, um Setor de Classes Médias, um Setor Operário e um Setor Camponês, e adotada a denominação de Movimento de Libertação Popular (MOLIPO).
A partir daí, essa “nova” organização passou a efetuar ações armadas ainda mais violentas que as da própria ALN (roubos de carros, assaltos a viaturas policiais e atentados à bomba), empregando todos os militantes disponíveis, sem considerar os setores em que fora estruturada a organização. Isso demonstrava que a boa parte da crítica dos militantes do MOLIPO ao “militarismo” da ALN não se justificava.

Observações:

1) De acordo com o critério de vários analistas, a união da Frente de Massas, que englobava um Setor Estudantil (exposto à infiltração dos órgãos de Inteligência) e o Grupo dos 28 (com infiltração de alto nível e de longa data), seria muito mais danosa para este último.

2) Segundo relatos “categóricos” da esquerda pós-anistia (citamos Cecília Coimbra, Élio Gaspari, Franklin Martins, Márcio Moreira Alves, entre outros) a repressão, em 1971, após detectar as ações do grupo, “determinara” que não deixaria vivo nenhum dos 28 militantes que voltaram de Cuba. As esquerdas nunca aprofundaram os dados do compromisso de resistência à prisão, feito em Cuba... Afirmam apenas que não falam no que “não existiu”. Forma cômoda de proteger covardes que não cumpriram o compromisso, ficando na moita... Forma sutil de não citar o fato e nem revelar o instrutor “Olaf” ou “Orlof” de Havana e Pinar Del Rio...

3) Na área urbana o MOLIPO atuou, basicamente, nas cidades de S.Paulo (área principal de atuação) e Rio de Janeiro, acompanhando a tradição da ALN.

4) Na área rural, o MOLIPO tentou instalar-se na Bahia (época em Carlos Lamarca era caçado) e, depois, em Goiás.

B. As “Quedas” em Áreas Urbanas.

A partir de Nov 71, os militantes do MOLIPO começaram a ser desarticulados em SP e no RJ. Essas “quedas” iriam refletir-se no trabalho de campo. Como veremos, nos meses de Nov e Dez 71, o MOLIPO foi praticamente dizimado na cidade.

1. No dia 5 de novembro de 1971, em tiroteio com agentes de Órgãos de Segurança, ocorrido na Rua Cervantes Nº 7, em Vila Prudente, S. Paulo/SP, foi morto o terrorista do MOLIPO, José Roberto Arantes de Almeida.

2. No mesmo dia, na Rua Turiassu, José de Oliveira, um dos dirigentes nacionais da Organização reagiu à bala a prisão encontrando a morte neste entrevero.

3. Em dezembro de 1971, no Rio de Janeiro ocorreu a “queda” de Carlos Eduardo Pires Fleury, que morreu na troca de tiros com Órgãos de Segurança ao resistir à voz de prisão.

4. No dia 5 Jan 1972, ao ser montado pelos Órgãos de Segurança uma “campana” junto a um carro roubado, num estacionamento de Santa Cecília, no centro de São Paulo, um homem de origem japonesa, ao receber ordem de prisão, reagiu e foi morto. Sua identidade era falsa, com o nome de Massahiro Hakamura; após uma busca nos arquivos datiloscópicos, a polícia descobriu que era Hiroaki Torigoe, um dos membros do Comando Nacional do MOLIPO.

5. No dia 18 de janeiro, três (3) militantes do MOLIPO, João Carlos Cavalcante Reis, Lauriberto José Reyes e Márcio Beck Machado, fugindo de uma caçada policial, roubaram um outro carro para prosseguir na fuga, matando seu ocupante, o 1º Sargento da PM/SP, Thomas Paulino de Almeida.

6. No final de janeiro o Setor Estudantil da organização foi alvo de ações que provocaram sua desarticulação.

7. Em fevereiro de 1972 começaram a ser detidos os componentes do MOLIPO que faziam parte da Frente de Massas.

8. No dia 27 de fevereiro, Lauriberto José Reys e Alexandre José Ibsen Voeroes travaram tiroteio com a polícia no bairro de Tatuapé, em S. Paulo. Lauriberto feriu um policial e matou o transeunte Napoleão Felipe Biscalde, de 61 anos, funcionário público aposentado, totalmente alheio ao problema. Os dois terroristas não se entregaram, morrendo no local em conseqüência do tiroteio.

Observação:

Segundo dados obtidos em Operações de Inteligência (infiltrados), em Cuba, um instrutor instruíra os militantes da MOLIPO a andar sempre armados e a reagir à prisão, matando se possível seus captores, a fim de não serem preso vivos e não correrem o risco de “abrir” (falar). Excelente forma de possibilitar a cobertura da ação do Serviço Secreto cubano, na estruturação do MOLIPO, caso todos resistissem. A ação dos cubanos só foi plenamente aquilatada, graças ao livro do “Clemente” e aos infiltrados.

C. Trabalho de Campo e as “Quedas” em Áreas Rurais.

Na área rural, o MOLIPO tentou instalar-se na Bahia (na época em que Carlos Lamarca era procurado naquela região) e, depois, em Goiás.

1. Na Bahia a área inicialmente selecionada situava-se entre Ibitorama e Bom Jesus da Lapa.

O primeiro a chegar na área foi Boanerges de Souza Massa, por volta de março de 1971, instalando-se em Bom Jesus da Lapa. Em seguida, Carlos Eduardo Pires Fleury, em junho fez contato com Boanerges, estabelecendo planos para mobiliar a área. Em julho o trabalho de campo foi reforçado com a chegada de Jeová de Assis Gomes e Rui Carlos Vieira Berbet.

Devido à proximidade da área do MR-8, houve contatos iniciais com o pessoal do MR-8 para união das suas áreas. Diante da ação contra o grupo de Lamarca na área a idéia foi abandonada.

2. Deixando a Bahia, o pessoal do MOLIPO deslocou-se para Goiás, onde Jeová tinha conhecimento da região de Araguaína, GO, hoje TO. Nessa área foram neutralizados dois pontos de apoio localizados: num sítio ao sul de Vanderlândia, então GO, hoje TO, e um núcleo em Santa Maria da Vitória, no mesmo Estado, em fase de preparação. O trabalho de campo teve a participação de Sergio Capozi, Jane Vanini e Otávio Ângelo.

3. Rui Berbet e Boanerges Massa, saindo da Bahia, instalaram-se Balsas, no Maranhão, próximo de Araguaína.

4. No dia 15 Fev 1972, em Paraíso de Goiás, hoje Tocantins, foi morto outro militante do MOLIPO, Arno Preis, que portava documentos falsos, com o nome de Patrick McBundy Comick, o qual, quando convidado a comparecer á Delegacia Policial, matou o soldado PM/GO, Luzimar Machado de Oliveira, ferindo gravemente outro militar, Gentil Ferreira Mano.

Conclusões.

a) O ano de 1972, caracteriza o desmantelamento do trabalho rural.

b) Em 1974, ocorre a neutralização do próprio MOLIPO, como decorrência natural das ações de Inteligência.

c) Dados obtidos em sites da Internet, da própria esquerda, tais como: o “desaparecidos politicos”; o “tortura” e seus congêneres; e o hilário livro do Nilmário Miranda, “Dos Filhos deste Solo”; demonstram: não só pelo linguajar burlesco; a montagem caricata que cerca a descrição das circunstâncias das mortes dos militantes; os testemunhos só de terroristas presos; a ausência de contraditório; os relatos capciosos; e questiúnculas suscitadas em torno de datas e questões, compreensíveis devido à compartimentação e outras diferenças existentes entre os Órgãos de Segurança.

Qual o grande objetivo visado: desmoralizar a eficiência demonstrada no combate contra o terrorismo, criando uma imagem de “heróis” para assaltantes, seqüestradores e péssimos combatentes: indenizados post mortem.

O Partidão bem que alertou e, agora, o Camarada Mateus reconheceu.

Os indenizados vivos? Bem... Temos tempo.

d) Muitas respostas poderiam e deveriam ter sido dadas pelas autoridades, a fim de desmentirem ou colocarem nos devidos termos os dados difundidos na mídia contra a atuação dos Órgãos de Segurança e, de forma específica, contra as Forças Armadas. Por omissão ou falta de conhecimento deixaram os procedimentos na mão de quem não tinha nenhuma idéia do assunto, que não era só de Direito. As ações foram desastrosas. A Instituição não merecia a péssima defesa planejada e executada, na área institucional. Este fato abriu as comportas para os processos indenizatórios que hoje forram os bolsos de certos escritórios de defensores; aproveitadores; assaltantes; seqüestradores; auto-asilados; e outros espécimes.

e) O caso do ”justiçamento” do militante da ALN, Márcio Leite Toledo, que não se enquadra nas atividades do MOLIPO, merece relato especial, por apresentar uma faceta dessa esquerda paranóica:

1). Carlos Eugenio Sarmento Coelho da Paz, “Clemente”, do Comando Nacional da ALN, foi o executor dos disparos, sendo, ainda mais, o Chefe do grupo executante da ação, o qual era composto por Iuri Xavier Pereira, “Joaozão”; Ana Maria Nacinovic Correia, 'Marcela', 'Betty', 'Beth'. Na cobertura participaram, Antonio Sérgio de Matos ('Hermes, 'Uns e Outros'), Paulo de Tarso Celestino da Silva ('Cesar') e José Milton Barbosa. Ao lado do corpo, foram jogados panfletos, nos quais a ALN assumia a autoria do 'justiçamento'.

2) “Clemente” reconheceu seu erro publicamente.

3) Ninguém desta esquerda fajuta, nenhum advogado de porta de xadrez, ou defensor mequetrefe de diretos humanos foi capaz de colocar o militante Márcio Leite Toledo, covardemente assassinado, por engano, por um Comando Terrorista da ALN, numa relação de indenização. O pior de tudo é que o “cachorro” ou dedo duro, que “dedou” o Joaquim Câmara Ferreira está vivo, em S. Paulo, SP... E os que dedaram alguns militantes do MOLIPO e da ALN estão por aí. Nenhum deles é o Anselmo. E o pessoal sabe... Deram até emprego!

4) Tempo de duração do MOLIPO: 2 anos só de ações típicas de marginais.

Anexo A – Relação do “Grupo dos 28”, “Grupo Primavera”, futuro MOLIPO.

O futuro MOLIPO era integrado por 28 militantes do chamado IIIº Exército da ALN (33 ou 34 da ALN; e um (1) do MR – 8) que cursaram o “Curso de Guerrilha”, em Cuba (Pinar Del Rio).

Seus integrantes eram:

1. AYLTON ADALBERTO MORTATI ('HUMBERTO'; 'TENENTE').
2. ANA CORBISIER MATEUS ('MARIA') (Nome de casada) ou ANA CERQUEIRA CESAR CORBISIER (Nome de solteira). (*1)
3. ANA MARIA RIBAS PALMEIRA ('AMALIA'). (* 2)
4. ANTONIO BENETAZZO ('JOEL'.
5. ARNO PREIS ('ARIEL').
6. BOANERGES DE SOUZA MASSA ('FELIPE').
7. CARLOS EDUARDO PIRES FLEURY (“TEIXEIRA”, “HUMBERTO”, “QUINCAS”).
8. FLAVIO CARVALHO MOLINA ('ARMANDO').
9. FRANCISCO JOSE DE OLIVEIRA ('FAUSTO').
10. FREDERICO EDUARDO MAYR ('GASPAR').
11. HIROAKI TORIGOE (“MASHIRO NAKAMURA”, “DÉCIO”, “CORIOLANO”).
12. JANE VANINI (ADÉLIA, CARMEM E OUTROS).
13. JEOVA ASSIS GOMES ('OSVALDO').
14. JOAO CARLOS CAVALCANTI REIS ('VICENTE').
15. JOAO LEONARDO DA SILVA ROCHA ('MARIO').
16. JOAO ZEFERINO DA SILVA ('ALFREDO'). (*3)
17. JOSE DIRCEU DE OLIVEIRA E SILVA ('DANIEL'). (*4)
18. JOSE ROBERTO ARANTES DE ALMEIDA ('LUIZ').
19. LAURIBERTO JOSE REYES ('VINICIUS').
20. LUIZ RAIMUNDO BANDEIRA COUTINHO ('MARCOS'). (*5)
21. MARCIO BECK MACHADO ('TIRSO'; 'LUIZ').
22. MARIA AUGUSTA THOMAS ('RENATA'; “MARCIA').
23. MARIO ROBERTO GALHARDO ZANCONATO ('LUCAS'). (*6)
24. NATANAEL DE MOURA GIRALDI ('CAMILO'). (*7)
25. RUI CARLOS VIEIRA BERBET ('SILVINO'; 'JOAQUIM').
26. SILVIO DE ALBUQUERQUE MOTA ('SERGIO'). (*8)
27. VINICIUS MEDEIROS CALDEVILLA ('MANUEL'). (*9)
28. WASHINGTON ADALBERTO MASTROCINQUE MARTINS (“CMT RAUL”). (*10)

Observações:

1) os relacionados em negrito-itálico foram mortos ou desaparecidos, segundo dados da esquerda;

2) o militante do MR-8 era FRANKLIN DE SOUZA MARTINS;

3) os outros militantes da ALN, do IIIº Ex, não foram relacionados e não aderiram ao MOLIPO, mantendo seus vínculos com a ALN.

4) os assinalados com (*), perfazem um total de dez (10) e estão vivos ou se já morreram não coloquem a culpa nos militares. O número joga, inclusive, com dados do “Clemente”. O Sr Élio Gaspari mentiu e exagerou quanto aos fatos.

Este esboço de Ensaio deve muita a contribuição, autorizada, de matérias de autoria dos Camaradas Ilich, e Dumont especialistas em assuntos ligados ao aventureirismo da esquerda radical ou “soft”. Nossos agradecimentos.”


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P.S.: Arno Preis, natural de Forquilhinha, SC, é meu tio materno (F.M.).


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