Sempre fui considerado um otimista, e confesso que tenho uma visão otimista de mim mesmo. Herdei este otimismo de meu pai, que aprendeu a lutar contra todas as dificuldades, e conseguiu superar maus bocados de sua vida.
Mas, nestes últimos tempos, estou me tornando um pessimista. Desacredito em tantas coisas, em tantas propostas mirabolantes e em tantas pessoas, que começo a pensar que Nostradamus e outros modernos profetas do mau agouro têm razão quando dizem que não têm mais jeito, que “o projeto vai mal”, que o Brasil vai mal, que a única coisa a fazer é sentar para ver como a coisa vai ficar.
Provavelmente, este meu pessimismo, assim como o de todos, estava escondido em nosso subconsciente e nós apenas não sabíamos. E agora, já com o passar dos anos e da auto-censura, tudo isto vem a tona e nos obriga a manifestar este “realismo” em tom de pessimismo.
Considero tudo isso um dos mais terríveis problemas de minha vida, ao qual quero combater com todas as forças. Mas, o que poderia estar me tornando um “pessimista incorrigível”, e como me libertar disto?
Não consigo me conformar em ver como a saúde das pessoas anda cada vez pior, sem possibilidade de um atendimento digno, e como ela é tratada pelas empresas e pelo Governo. O Brasil é um dos paises que menos investe na saúde e a isto se acrescentam as fraudes e falsificações de remédios. Percebo em alguns empresários e diretores este mesmo desprezo pela saúde. Isto gera em mim pessimismo e tristeza.
Já viajei muito e hoje considero o Brasil o país mais lindo do planeta. E não é possível que um país tão bonito e jovem não se comprometa em oferecer a todos uma educação que possa desenvolver em cada um a dignidade de pessoa, de cidadão. Sem educação não teremos futuro, não ganharemos mais, não haverá lucro e não poderemos caminhar na busca de um amanhã melhor.
Também não me conformo em ver como os meios de comunicação não estão nem um pouco preocupados com a formação da pessoa humana, dos valores fundamentais da carreira e da vida. Apenas transmitem violência e inverdades que não levam a nada. Raramente educam.
Há também tantos outros motivos do dia-a-dia das relações humanas que me desanimam: o desemprego, a falta de paz e união (mesmo nos negócios), a perda dos valores éticos, as atitudes de “profissionais” que se vêem obrigados a lutar de forma imoral para poder sobreviver.
Tento reagir ao pessimismo pensando nas palavras de grandes sábios e filósofos que passaram por aqui, pois elas sempre possuem uma força nova de coragem, determinação e esperança. O verdadeiro empreendedor nuca se entrega, ele deve reagir, apresentando com sua atitude, sua vida e sua palavra, novos caminhos. Sozinhos, desanimamos e nos tornamos pessimistas. Em parceiria, teremos sempre coragem e otimismo. Por isso, mesmo que algumas atitudes pareçam me mostrar que não tem solução, outras me provam que há solução sim. E o segredo para o otimismo e a busca de constantes Soluções pode ser resumido em: Seja Inovador, tenha Iniciativa e haja sempre com Integridade. O Brasil não é diferente de nossa empresa, que não é diferente de nossa casa. Sejamos coerentes.