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Ensaios-->Lula: governo bicombustível -- 05/08/2003 - 18:01 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Somados os votos das urnas eletrônicas e confirmada a vitória de “Little Lula Peace and Love”, os jornais apressaram-se a dizer que o grande vencedor das eleições foi Lula e que o grande perdedor foi o PT.

Aparentemente, era isso o que podia ser observado na ocasião, ao menos superficialmente. No segundo turno, apesar de toda a força pessoal de Lula, apoiada maciçamente pela mídia, sem contestação alguma quanto às suas qualidades ou defeitos como administrador, já que nunca havia administrado sequer uma guarita de condomínio fechado, os candidatos petistas a governador levaram uma coça exemplar em Estados como o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. Dizia-se, então, que o povo havia votado em Lula, o novo líder que surgia, não no PT, partido que detestava e queria ver pelas costas.

Mas, Pelé tinha razão quando dizia que o povo brasileiro não sabe votar. Mais uma vez, a Terra de Jeca Tatu caiu na esparrela de acreditar que estava escolhendo um Messias que iria tirar o Brasil do atoleiro, sem muito esforço para a população, de preferência que desse um calote nas dívidas públicas e no FMI. Ora, se o povo votou em Lula, que pertence ao PT, é claro que o Partido Totalitário tinha obtido uma vitória magna, abrangente, total.

A prova das conseqüências da vitória do PT, mais do que a do próprio Lula, está aí nas manchetes dos jornais e das revistas. Depois de Lula criar várias secretarias inúteis com status ministerial para presentear petistas derrotados nas urnas, a título de prêmio de consolação, os jornais e revistas estampam hoje o escândalo das milhares de nomeações de filiados e afilhados do PT em cargos para os quais não têm a mínima qualificação, desencadeando o colapso de entidades antes tidas como exemplares, como o Instituto Nacional do Câncer. Além de perseguir desafetos políticos e expulsar quem não tem a carteirinha do PT afixada no peito, o Partido Totalitário promove retaliação contra seus próprios filiados, a exemplo de “Toninho do PT”, defenestrado da Funasa, simplesmente pelo fato de ele ser marido da Deputada Federal “Maninha”, também do PT, a qual se absteve de votar a Reforma da Previdência. Um parente próximo meu deixou de ocupar um cargo no Ministério da Educação porque o Partido Totalitário exigia que eu deixasse de escrever artigos criticando o PT – talvez uma referência aos meus 5 ou 6 leitores de Usina de Letras que leram “As vestais grávidas do PT” e “Por que os petistas me adoram?” – e que eu deletasse tudo o que já havia publicado a respeito do PT na Internet...

Só agora, eureka!, quando já é tarde demais, a população está começando a entender que Lula e o PT são a mesma coisa. Lula é um sujeito dúbio, como é o próprio PT, que nem partido é, é apenas uma “frente”, onde se reúne gente de todo tipo, de alguns democratas aos totalitários marxistas mais retrógrados. A exemplo de alguns novos modelos de automóveis, Lula é “bicombustível”: queima gasolina para o patronato, mas também queima álcool para o MST, hoje o grupo marxista revolucionário de maior expressão no cenário mundial; bebe whisky em Davos, mas não deixa de engolir o mojito cubano, seja em Cuba ou no Fórum Social Mundial; diz que é um democrata, mas sempre fez visitas de lambe-botas ao ditador comunista mais antigo do planeta, Fidel Castro, amigo íntimo; diz que nunca foi de esquerda, porém nomeia Miguel Rossetto para o Ministério do Desenvolvimento Agrário, um sujeito que apóia as invasões do MST e quer estatizar todos os assentamentos rurais – modelo “soviete” mais acabado do que esse, impossível; para Uncle Bush, Lula afirma que é a favor do livre mercado e pretende discutir a ALCA, mas, com Chávez e Fidel, Lula quer criar as Repúblicas Socialistas Latino-Americanas, para “recuperar na América Latina tudo o que perdemos no Leste europeu” – como disse textualmente. Aliás, com esse propósito, Lula e Fidel Castro criaram, em 1990, o Foro de São Paulo, que congrega todos os partidos políticos e movimentos de esquerda da América Latina, a exemplo do próprio PT, incluindo grupos terroristas como as FARC e o ELN da Colômbia e o MIR chileno. Há muito tempo o povão da terra de Jeca Tatu já esqueceu que a estrela de cinco pontas petista é um símbolo revolucionário, copiado do antigo pavilhão soviético.

A neutralidade do Governo Lula frente à retomada de execuções em Cuba mostra apenas a coerência da ideologia petista, afinada com o figurino fidelista. O PT nasceu revolucionário, continua revolucionário, apenas modificou sua retórica, durante a campanha presidencial, para conquistar o poder. Todos sabemos onde o PT quer chegar. Apenas ainda não sabemos se conseguirá. A coerência revolucionária petista também já foi colocada à prova na ocasião em que Lula se negou a considerar as FARC como um grupo terrorista, quando foi inquirido pelo presidente da Colômbia, em visita ao Brasil.

Com “Little Lula” e o modo Petê de governar, o Brasil está caminhando rapidamente para um tipo de socialismo que é uma combinação do fascismo de Mussolini (controle dos sindicatos e cooptação dos empresários) com o socialismo de Gramsci (controle da “sociedade civil” mediante a “Revolução Cultural”) e com o comunismo chinês, porém às avessas: na China se assiste à implantação de enclaves capitalistas, enquanto que no Brasil proliferam bantustões comunistas (sovietes do messetê).

No momento, Lula se encontra numa encruzilhada. Chegou a hora da verdade para o PT. Ou o Petê se transforma num partido social-democrata, a exemplo de alguns partidos europeus, ou ele sai do armário para dizer à população brasileira que apóia integralmente a revolução comunista, agrária e urbana, desencadeada pelo MST e MTST. Afinal, todos sabem, o MST é o filho predileto e o “braço armado do PT”.

Para “Little Lula”, está chegando a hora da verdade. De definir que rumo vai dar ao Brasil. Lula “bicombustível” terá que optar entre aperfeiçoar a democracia no Brasil, obedecendo os preceitos constitucionais, ou seguir pelo caminho fácil do populismo, pisoteando as leis. Hoje, Lula se parece muito com Jango no início de 1964. Só falta discursar para marinheiros sublevados. O messetê, botando fogo no campo, coloca Lula contra a parede. De certa forma, é bom que isso esteja ocorrendo, para que Lula logo se defina de que lado está: se está do lado da legalidade, e para isso terá que combater o MST, ou se está do lado da baderna, empunhando a foice e a bandeira daquele movimento. Ainda há tempo para Lula tirar o boné do messetê da cabeça. Porém, para um governo duplo, de duas caras, amparado pela “dialética da malandragem”, como é o caso do governo petista, fica difícil Lula fazer alguma escolha.

Afinal, é pedir demais para que Lula tenha uma só cara, logo ele que torce por dois times de futebol e tem duas datas de nascimento...



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