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Ensaios-->Inst. Liberal: quando o Brasil vai descobrir o capitalismo? -- 24/09/2003 - 16:12 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
'Quando o Brasil vai descobrir o capitalismo?

Edward Horst Wolff (*)

“Mas o Brasil já não é capitalista?” Esse é um dos pensamentos mais comuns que vêm à cabeça de quem não sabe o que é capitalismo.

Capitalismo é o sistema social no qual todas as propriedades são privadas e todas as formas de comércio são livres. Ora, mas o que significa isso? Significa que as pessoas dispõem daquilo que é delas e que, de forma alguma, nada nem ninguém poderá tomá-las, roubá-las ou furtá-las. Sendo assim, no sistema capitalista, os cidadãos podem dar, trocar, comprar ou vender aquilo que necessitam de forma segura e voluntária, de acordo com seus desejos.

E o capitalismo é eficaz precisamente por causa disso: uma vez implantada a liberdade de comércio – sem a interferência estatal – o capitalismo naturalmente garante a distribuição justa das riquezas e elimina a pobreza. A equação é simples: mais comércio gera mais trabalho, que por sua vez gera mais empregos.

O Estado, interferindo na economia através da cobrança de impostos e regulações sociais e comerciais, destrói o ciclo virtuoso capitalista e os desequilíbrios sociais são imediatamente sentidos, na forma de pobreza, violência e corrupção. Não importa que o governante seja bem intencionado, pois a população será sempre penalizada.

O capitalismo, portanto, é o sistema social que prevê a separação entre o poder político e o poder econômico, pelos mesmos motivos que hoje procuramos separar o Estado da religião. Assim como não queremos que o Estado nos imponha uma religião, não queremos que um grupo econômico ou social se apodere do aparelho estatal para se beneficiar.

O capitalismo respeita as leis fundamentais da Economia, estabelecendo a harmonia entre seus agentes econômicos. Mas engana-se quem pensa que o Estado desaparece; muito pelo contrário, o Estado é o elemento mais importante para a manutenção de uma sociedade capitalista, pois é ele que garante segurança e liberdade para todos, tornando possível um convívio pacífico e eficaz.

Muito se tem dito nos últimos anos a respeito do capitalismo: que ele é injusto, fomenta guerras e propaga a miséria. Todos os males da sociedade são devidamente debitados na conta do capitalismo. Ocorre que os detratores do capitalismo agem na intenção de mascarar justamente as conseqüências de políticas anticapitalistas!

Os inimigos do capitalismo têm dito que os países do Terceiro Mundo são pobres porque adotam o capitalismo como sistema social. Porém, quando nos debruçamos atentamente sobre as políticas desses países, descobrimos precisamente o contrário! É a parcial ou total ausência de liberdade econômica, social e política que os faz mergulhar no mar de injustiças no qual estão hoje. O Brasil, segundo a Heritage Foundation, é um dos países com menor liberdade econômica do mundo. Estamos em 72º lugar, atrás de países como Arábia Saudita, Uganda e Bolívia e empatados com Colômbia, Mongólia e Nicarágua. As primeiras posições são ocupadas por países como Hong Kong, Estados Unidos, Grã-Bretanha e Suécia. Ainda segunda essa entidade, o Brasil tem uma política comercial protecionista, imposto altíssimos grande intervenção estatal na economia e um sistema jurídico fraco. Sabemos que tudo isso é verdade. Então, por que continuamos a difamar o capitalismo e culpá-lo por nossas mazelas, se nós mesmos nunca o adotamos antes?

Muitos países têm descoberto as maravilhas do capitalismo. A Nova Zelândia, até meados dos anos 1980, era um país essencialmente agrário. Nessa época, os neozelandeses decidiram reformar seu país. Baixaram impostos, simplificaram as leis trabalhistas, aboliram diversos programas assistencialistas e privatizaram a previdência social, o Banco Central e os Correios. Chilenos e poloneses seguiram a fórmula neozelandesa e o resultado foi o mesmo: PIB em crescimento, indústrias e serviços surgindo por toda parte, baixas taxas de desemprego e índices de pobreza decrescentes.

Mas não se iluda: o capitalismo é cruel para com aqueles que desrespeitam seus princípios. Mesmo nações desenvolvidas sofrem ao dar as costas para as boas práticas pró-capitalistas. Os EUA implantaram uma previdência social tão deficitária que ameaça a economia daquele país. A Europa Ocidental criou programas de bem-estar social que, à custa de impostos elevadíssimos, causam sucessivos recordes de desemprego.

E nós, brasileiros? Quando vamos descobrir o capitalismo? Quanto tempo mais iremos perder com experiências “sociais” fadadas ao fracasso? Por quanto tempo mais iremos massacrar a população pobre com políticas anticapitalistas? Por quanto tempo mais iremos privilegiar as castas de funcionários, empresários, políticos e sindicatos que sobrevivem graças ao Estado Todo-Poderoso?

Só há um caminho para criarmos o Brasil dos nossos sonhos: adotar políticas liberais que nos aproximem do ideal capitalista e nos afastem, de uma vez por todas, do pesadelo socialista. Será necessário vencer vícios culturais como o intervencionismo, o paternalismo e o providencialismo. Mas valerá à pena. Um novo Brasil, desenvolvido e justo para todos, nos aguarda.

(*) O autor é engenheiro'






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