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Ensaios-->Instituto Liberal: Os erros do Socialismo -- 24/09/2003 - 16:19 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
'OS ERROS DO SOCIALISMO

Nivaldo Cordeiro
S. Paulo, 24/08/2003

“If we wish to save the world from barbarism, we have to refute Socialism, but we cannot thrust it carelessly aside” (Ludwig von Mises). (Se quisermos salvar o mundo da barbárie temos que recusar o Socialismo, mas não podemos afastá-lo descuidadamente.)
Acabei de ler, meu caro leitor, o livro de F. A. Hayek “The Fatal Conceit – The Errors of Socialism” (A Presunção Fatal - Os Erros do Socialismo -- The University of Chicago Press, 1988). É uma obra seminal, lamentavelmente ainda não disponível em português. Não é um mero livro de economia, tratando-se, na verdade, de um compêndio histórico-filosófico, pelo qual o autor ‘detona’ os supostos fundamentos das teorias e idéias socialistas e denuncia a sua arrogância fatal. Hayek não deixa pedra sobre pedra.

É o tipo de livro que se deve ler bem jovem, para ajudar a separar o trigo do joio no mercado das idéias. Tenho pena da nossa juventude, que chega a nível superior para ser intoxicada com o lixo dos ideólogos do socialismo. Se eu pudesse, livros como esse seriam distribuídos aos milhões e tornados leitura obrigatória para todos os alunos ingressos no primeiro ano de quaisquer dos cursos superiores.

A término da leitura confirmei a minha impressão de que, por trás de todo o jogo de idéias e do esforço para compreender os fatos do cotidiano, estão as forças imemoriais que duelam na alma humana, no eterno confronto entre o bem e o mal, a verdade e o erro, o certo e o errado. Felizmente homens da envergadura intelectual e moral de um Hayek para espantar o maior esforço pelo triunfo da mentira que se tem notícia na história, que tem sido a apologia das idéias socialistas. Não é exagero dizer que, por algum momento, em meados do século passado, a mentira triunfou e obscureceu a verdade, mas esta não pode ser derrotada, seja no campo das idéias, seja na vida prática. A derrota do mundo soviético, a vigência no poder de Reagan e Thatcher e o renascer vigoroso das idéias liberais no Ocidente mostram que a mentira não triunfará sobre a verdade.

É no contexto de denunciar a mentira intelectual que é o conjunto de idéias socialistas que temos que compreender esse pequeno grande livro. No Prefácio ele já alertava: “For this book I adopted two rules. There were to be no footnotes and arguments not essential to its conclusions but of interest or even essential to the specialist were either to be put into smaller print to tell the general reader that he might pass over them without missing points on which the conclusion depended, or else were to be assembled in appendices.' (Para este livro eu adotei duas regras. Não haverá notas ao pé de página e argumentos não essenciais às suas conclusões, mas de interesse ou mesmo essenciais ao especialista, tiveram de ser postos em letra miúda para informar aos demais leitores que poderão passar por eles sem perder de vista os pontos dos quais a conclusão dependeu, ou foram colocados em apêndices.)

O livro foi feito para o grande público, não obstante ser rigoroso na exposição de suas teses. Hayek afirma que os socialistas estão essencialmente errados sobre os fatos. Sem esquecer o precioso tema da liberdade, o autor aqui sublinha a impossibilidade do planejamento socialista substituir o mercado como instrumento de alocação de recursos e de crescimento da produtividade. Esse erro fundamental do socialismo está apoiado em um erro anterior sobre as práticas morais que dão fundamento ao livre mercado, defendendo a instituição da propriedade privada. A moral tradicional não pode ser substituída por uma moral racionalista e arbitrária, como propuseram os epígonos socialistas e um niilista do porte de Keynes (“Only a confessed immoralist could indeed defend measures of policy on the ground that ‘in the long run we are all dead’”. (Somente um confesso amoral poderia em verdade defender medidas de política [econômica] dentro do contexto no qual 'a longo prazo estaremos todos mortos'.)

O livro trás também um capítulo dedicado á corrupção da linguagem, feita de caso pensado pelos adversários das sociedades abertas, ‘nossa linguagem envenenada’. Não é fácil manter a sanidade quando toda a classe falante passa a mentir de forma planejada e a desfigurar o sentido das palavras. Esse capítulo, sozinho, pode ser de grande ajuda para aqueles que têm sido enganados de forma sistemática pelos socialistas. Outro capítulo refuta a prevalência da macroenomia sobre a microeconomia. Essa discussão é muito relevante, pois aí se decide se é o Estado ou a iniciativa privada o agente ativo sobre o processo econômico.

O livro todo é uma dádiva. Pode-se dizer que é um sumário de toda a conquista intelectual do autor, condensando as teses mais caras desenvolvidas ao longo de sua vida no conjunto de sua obra.

Nivaldo Cordeiro
www.nivaldocordeiro.hpg.ig.com.br'






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