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Ensaios-->Sobre TFP, nazistas e Beatriz Ferraz -- 01/12/2003 - 11:52 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Lá pelas tantas, em “Tudo Começou com o ‘joga bosta na Gení’ do Chico”, de 25/11/2003 - 10:53, em Usina de Letras, Beatriz Ferraz escreve:

“Enquanto a aparência melhora o conteúdo deteriora-se. Verifica-se que são citadas excrescências como TFP e Mein Kampf . Não importa se são citadas como exemplo ou para ataque, existem coisas que deveriam ser definitivamente abolidas. Nessas horas é que eu acho que a democracia tem algum defeito.”

“Mein Kampf” eu ainda não li, nem me interessa lê-lo. Há tantas clássicos que ainda não li, muito mais interessantes do que as loucuras de um cabo paranóico que colocou em prática tudo o que um dia havia escrito na cadeia.

Como eu transcrevi um “manifesto da TFP contra a reforma agrária', penso que Beata Ferrada, em seu artiguelho, referia-se à minha pessoa. E a de meu sobrinho, que escreve sobre temas nazistas.

Concordo que há muitas excrescências sendo escritas em Usina de Letras. Eu até já chamei a atenção de meu sobrinho, Günther, em “Carta a um sobrinho”, sobre algumas bobagens que ele andara escrevendo, especialmente sobre nazistas e seu antiamericanismo primitivo.

Porém, não considero que o teor do “manifesto da TFP” seja algo tão abominável, uma 'excrescência', como quer madame Ferrada. Tudo o que aquele texto expõe é a mais pura verdade: o MST, cria dileta dos bispos vermelhos da CNB do B, não passa de um grupo terrorista marxista que quer implementar no Brasil um sistema de governo semelhante ao que existia na antiga União Soviética e que existe ainda hoje em Cuba. Para informação da desinformada (ou embusteira) madame Beata, o patrono do MST é ninguém menos do que Ernesto Guevara de la Serna, o “Che”. Nada há mais para acrescentar, exceto uma frase dele: “O ódio implacável para com o inimigo nos transporta e nos leva para além das limitações naturais do homem, e nos transforma em máquinas de matar eficazes, violentas, seletivas e frias” (Cit. in “A Ilha do doutor Castro”, pg. 77). Embora médico, Che Guevara foi um autêntico “serial killer”, o que mais fez na vida foi metralhar pessoas. Teve o que mereceu na Bolívia, em 1967.

Quanto à TFP, não se trata de uma excrescência. É um movimento um tanto anacrônico, por pregar a monarquia. Porém, em sua essência, é uma organização que merece o respeito de todos os brasileiros, por pregar três dos pilares que sustentam uma nação, especialmente cristã como a nossa: TRADIÇÃO, FAMÍLIA E PROPRIEDADE. Querer atentar contra estes três princípios é atentar contra toda a família brasileira, alicerçada nos ensinamentos que há 2000 anos o Cristianismo prega.

O povo brasileiro, de modo geral, dá muito valor à FAMÍLIA. Faz de tudo para criar bem seus filhos, dar-lhes uma educação adequada, para que possam vencer na vida. Também não abre mão de ter sua PROPRIEDADE, por mais que a Constituição dos Miseráveis e o novo Código Civil Brasileiro queiram “socializar” todos os aspectos da vida nacional – além da propriedade. Toda propriedade deve ser respeitada. Um latifúndio que produz grãos para exportação, trazendo divisas fortes ao País, tem um valor social infinitamente maior do que muitos dos assentamentos do MST, que nada produzem. Sabe-se que o atual projeto de reforma agrária é um completo fracasso, pois 80% dos assentados recebem cestas básicas do Governo para não morrer de fome. “MST” não passa de um “nome de fantasia”, como “Coca Cola”. Não se trata de um movimento “sem-terra”. Eles querem TODA a terra do Brasil. Daí a TFP ter lançado seu manifesto contra esta reforma agrária falida que aí está. Mais do que um simples direito de exercer sua cidadania, a TPF expõe sua preocupação com os destinos do Brasil, que é a mesma da maior parte da sociedade brasileira.

Por fim, TRADIÇÃO é um valor que deve ser respeitado, para sabermos de onde viemos e para onde queremos ir.

Há três tipos de TRADIÇÃO:

1. Há a TRADIÇÃO que é um valor fundamental da sociedade. Ela é perene. Imutável. Por exemplo, a tradição cristã de nossa sociedade. Seus valores jamais serão substituídos por outros, por mais que socialistas e anarquistas tentem exterminar a religião e implantar em nosso País suas loucuras igualitárias e totalitaristas. O valor da família. O valor da religião. O valor da ética. O valor da solidariedade. O valor da tolerância. Isso nunca irá mudar.

2. Há a TRADIÇÃO que evolui, de acordo com o avanço de nossa sociedade. São valores que aos poucos vão se modificando. Por exemplo, o divórcio. Embora a Igreja Católica não aceite até hoje a separação dos cônjuges, que prometeram perante a sociedade e perante a Igreja viverem juntos “até que a morte os separe”, hoje é comum a separação de casais, um fato aceito pela sociedade moderna, já codificado em lei em praticamente todos os países do mundo, inclusive no Brasil, “o maior país católico do mundo”.

3. Há, por fim, a TRADIÇÃO que deve ser abandonada. Hoje, ninguém mais aceita a escravidão. Houve um tempo que isso era a coisa mais natural do mundo. É fácil, hoje, criticar nossos antepassados por coisas que eles faziam e que hoje abominamos. Não esqueçamos que no futuro nossos descendentes irão nos criticar por muitos atos que hoje praticamos com a maior desenvoltura e sem nenhuma dor de consciência. É importante lembrar que a própria escravidão foi um avanço, no sentido de que os prisioneiros não eram mais comidos em festanças e orgias antropofágicas, mas tinham suas vidas preservadas. Havia, sempre, para os escravos, o sonho de algum dia fugir daquele inferno – como ocorreu com Zumbi dos Palmares e seus seguidores. No Brasil, esse inferno acabou no dia 13 de maio de 1888, embora os negros padeçam no purgatório até hoje, pois não foram, ainda, inseridos efetivamente na sociedade brasileira.

Se muitos pregam os direitos da “tradição” dos índios ianomâmis; se todos pregam os direitos da “tradição” dos umbandistas em nosso País; se todos pregam os direitos 'tradicionais' dos espíritas; se todos pregam até mesmo os direitos de homossexuais, por que uma organização como a TFP, somente por ser cristã e tradicionalista, deve ter suas demonstrações tolhidas, como quer Dona Ferrada?

Dona Beata Ferrada vê defeitos em nossa “democracia”, que permite a livre expressão das idéias – por mais estapafúrdias que sejam. Ora, se marxistas, anarquistas, budistas, espíritas, cristãos e ateus têm o direito constitucional de se expressarem, por que os nazistas também não têm? Na verdade, embora a Constituição Federal garanta a liberdade de idéias, há uma lei que proíbe a ostentação de símbolos nazistas – um paradoxo, já que são permitidas, nas vias públicas, o tremular de bandeiras assassinas portando a foice e o martelo. A meu ver, todos os símbolos deveriam ser tolerados, não apenas algumas “excrescências” – como se refere Dona Ferrada - , como o Comunismo. Ou, melhor ainda, deveria ser simplesmente proibido em via pública a ostentação de qualquer uma das três cabeças do cérbero totalitário – comunismo, fascismo e nazismo. Por uma questão simples, de isonomia, de ética e de compaixão pela raça humana. Eu seria a favor da erradicação definitiva destes três símbolos de tristíssima memória.

Se o MST faz baderna, prega abertamente uma revolução marxista no campo, para depois cercar as cidades – como fez Mao Tsé-Tung na China –, por que a TFP não tem o direito de expressar suas preocupações com o descaso de nossas autoridades e o incentivo à criminalidade feito tanto por nossos governantes quanto pelos bispos vermelhos?

Certamente, Dona Ferrada preferiria que aqui tivéssemos um regime semelhante ao de Cuba, onde tudo é canalizado para o socialismo, para a revolução, vale dizer, para um único homem, guru de Lula Boeing da Silva, nosso presidente-voador: o tirano Fidel Castro, que há mais de 44 anos “ferra” todos os seus concidadãos. Como Dona Ferrada quer “ferrar” os daqui.





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