Às vezes fico a me perguntar o que pensam as pessoas, quando passam a atacar outrem, sem que haja um motivo palpável e absolutamente verdadeiro.
E, mesmo esse motivo sendo real, a quem mais de direito questionar-se que não o próprio referenciado?
Percebo a vida muito difícil de ser gerenciada e que seja necessário para isso bom senso, também.uma certa dose de amadurecimento e, alem de tudo, tempo, pois não é muito fácil fazer transcorrer às 24 horas de um dia e dar conta de todas nossas obrigações.
E, como as pessoas que cuidam da vida dos outros, conseguem articular tão bem essa técnica?
Haja vista que conseguem resolver os problemas de si mesmos e, ainda, cuidar da vida alheia.
Isso é algo que efetivamente chama a atenção, pois, se cada um usasse o tempo, que é por demais precioso, para cuidar do que é seu, não sobraria tempo para lavar roupa alheia.
Eu conheço meus vizinhos superficialmente e não sei ao certo o que fazem e como vivem.
Talvez nem eles saibam de minha vida. E, assim vivendo, seguramente mantenho a distância obrigatória entre o meu EU e o que não é meu.
Sei de algumas pessoas que investigam o lixo alheio, para assim “descobrirem” o que usam, o que desprezam e o que comem. Talvez possa parecer neste meu comentário, que esteja invadindo a privacidade de alguém e, assim, estar caindo no mesmo jogo ao qual eu sou contrária. Mas este é um fato conhecido até em crônicas que percorrem a Internet.
O fato real de meu questionamento é esta invasão na vida das pessoas e que, muitas vezes, macula e até cria problemas a pessoas que merecem respeito e admiração pelas obras que desempenham.
Lara Cardoso