HÁ CERCA de 40 anos o homem vem explorando o espaço e ao mesmo tempo convertendo a esfera em volta da Terra em lixeira. Segundo o jornal The News, da Cidade do México, quase 4.000 foguetes já foram lançados, criando “mais de 23.000 objetos espaciais ‘visíveis’, cada um maior do que uma bola de beisebol”. Desses, cerca de 6.000 são “sucata”, com um peso total estimado em 1.800 toneladas. Ao colidirem, fragmentam-se em cerca de 100.000 pedaços. Esse lixo não apresenta nenhum perigo para a Terra, mas tendo em vista a velocidade com que transita, o risco é muito grande nas viagens espaciais. Um estilhaço de metal viajando a 50.000 quilômetros por hora pode rachar o vidro de uma estação espacial, perfurar um painel solar e penetrar a roupa espacial de um astronauta que caminha no espaço. “A Nasa está desenvolvendo o Projeto Órion, uma ‘vassoura cósmica’ para varrer todo o lixo cósmico do céu”, diz o jornal. “A idéia é explodir o lixo com raios laser, . . . deslocando-o para a estratosfera onde se desintegrará sem prejudicar ninguém.”
Caiu por terra a idéia de um certo americano lançar urnas mortuarias no espaço com uma plaquinha endereçando o inquilino e vender também um telescópio para a familia fazer suas visitas periódicas por bem menos custo.