Muitas vezes me encontro entre perguntas, a mais difícil; por que tanto amor? Até seria relativamente fácil, manter a insensibilidade dos cadáveres, tão comum nos dias que vivemos. Mas algo incomoda, sussurra e então, tão somente um feixe de luz, que rasga as nuvens, uma graciosa borboleta cruzando o caminho, ou simplesmente, o desajeitado cântico do minúsculo passarinho, banhando-se na água acumulada, na folha em formato de concha, para surgir inevitavelmente, aquela energia, que tinge a paisagem, fazendo nas cores, um transpirar, uma saudade, que certamente mora no último raio do arrebol. Aquela coisa constante, do beijo de despedida, ou, no último aceno, que mora nos limites do coração. Por que tanto amor? Para que tanto amor? Ora, simplesmente, talvez, quem sabe, para dar a você que leu esse texto um momento, aonde o carinho possa fazer a diferença, entre a vida e a morte. A morte é uma realidade, fria, certa, inevitável. Mas a vida, essa é sonho, sinfonia, caminhando no ritimo que você desejar, se o chão lhe dói, permita-se fugir, só um pouquinho para a imaginação. Sonhe, flutue no perfume suave da vida, que flui, haja ou não luz do sol.
Não se sinta pequenino, pois todas as estrelas e toda ciência do universo cabem em um único grão de areia, basta para isso sentir o verdadeiro amor.