Não venha me dizer, que de ti, nada ficou em mim. Porque tu não sabes o quanto dói essa parcela de querer que impusestes ao meu desejo, quando você simplesmente cansou daquilo que foi um dia encanto, flutuando perante teus olhos. Sim, um dia fui encanto, mas esse meu jeito lasso, fragilizou teu modo de sentir, e sentindo-me menos, a parcimônia invadiu o desejo, e esse jamais admite um cabresto, que contenha o ímpeto, sua maneira de ser. Portanto não venha falar daquilo que não sente, pois de mim, só no pretérito presentes, pois no presente tu és apenas conseqüência, e no futuro, uma ausência, que doerá tanto quanto um vazio, mas só porque não tem conteúdo; não deixa de existir, e mesmo vago faz parte de você. Bem no centro do meu querer.