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Ensaios-->Diário de um pseudônimo (034) (2004/11/08) -- 27/04/2005 - 04:48 (Penfield Espinosa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Diário de um pseudônimo (034) (2004/11/08)

Penfield Espinosa




08/11/2004

Casa de Bonecas, Ibsen & Gaiman

Existe uma Casa de Bonecas mais antiga do que aquela de Neil Gaiman: é a de Henrik Ibsen. Até aqui, ela era a mais famosa.

É uma peça do dramaturgo sueco onde uma dona de casa, Nora, denuncia o jugo da sociedade sobre as mulheres burguesas, que as tornava como crianças brincando em um mundo à parte. Em uma fala importante da peça, Nora diz ao pai que no casamento ele meramente a transferiu ao marido --- de uma casa de bonecas literal dos brinquedos infanto-juvenis para uma casa de bonecas figurativa, onde ela também tinha que fingir um papel alienado.

Os marxistas dos anos 70 do século 20 diziam que o feminismo é uma luta de toda a sociedade: à medida que a mulher se liberta de seu jugo perante a sociedade, liberta também o homem.

Na verdade, para esses pensadores, o homem não é o inimigo da libertação feminina: também faz parte de uma sociedade opressora, na qual algumas vezes desempenha o papel de opressor, em outras o de oprimido.

O importante, assim, é quebrar esse jugo: à medida em que o oprimido se liberta, liberta também o opressor de seu teatro igualmente alienante. E faz com que toda sociedade evolua em conjunto.

A Casa de Bonecas de Gaiman mostra uma outra alienaçào, outro apequenamento da vida humana. Passada em uma casa de cômodos britânica, pós-feminismo, pós trabalhismo, pós-contracultura, os personagens de Gaiman mostram o quanto somos todos pequenos, carentes, todos pequenos trapaceiros e traidores.

S. Paulo, 08 de novembro de 2004

(Copyright © 2004-2009 Penfield da Costa Espinosa)
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