Mesmo quando flutuo nas artimanhas do destino faço que vou, e então digo, um talvez, bem exposto, nas esquinas do perigo. Um sentir oblíquo pendente a beira do ápice, dos sentidos. Quando a textura da realidade muda, e tudo isso que sinto por você aflora, e então a sensação quase implora, para conseguir molhar os lábios na tua fonte de prazer. Uma umidade impregnada no meu paladar, uma obscenidade perdida nos meus pensamentos. No inclemente desejo de possuir. Como se a saciedade nunca chegasse ou simplesmente não se permitisse existir, no meio de tanta voracidade. Esse meu jeito que tanto você adora sentir, naquele momento, perdido! Entre lençóis, perseguido! No corpo nu, e finalmente encontrado, nos lábios da paixão.