Quando você partiu, alguma coisa manteve sua presença neste espaço vazio. Uma marca, um sentir sem existência, que faz do meu sonho, um náufrago no oceano da agonia. Uma orgia de sentidos, aonde se morre e passa-se a existir, novamente a cada dia. Na saudade que arrebata, no desejo que consome, porque de ti, não terei mais consolo. Não mais farei o ninho, na frondosa árvore do teu corpo. Que tanto acolheu e protegeu o meu amor. A única coisa que restou, porque depois de tudo isso, ficou só a falta de compromisso, um descaso, o mal entendido. E o vento do destino se incumbiu do desfecho, e então por isso, você foi e me deixou essa lacuna, para ser preenchida, pela solidão.