Dispa-se
da vergonha de assumir este amor,
do medo de perder,
das roupas que vestem um corpo frio
te fazendo viver um amor vazio...
Dispa-me
dessa ânsia voraz,
que me faz forte e capaz
de não ficar de braços cruzados,
esperando a sorte chegar,
para amar de verdade
Fiquemos nus...
apenas nós,
sem semelhantes,
fazendo o amor de antes
quando éramos sós
e, não simples amantes,
como agora,
sem paz!
Entrelaçados fora de hora...
apenas corpos suados,
esperando o tempo passar
sem coragem de mudar,
ficar como amostras
simplesmente, virar as costas
e matar o amor condenado,
na hora de ir embora
amando em tempo errado...
Que insanidade!
...dois pobres coitados