Do que é constituída a minha saudade, senão dos fragmentos da tua ausência, um porque sem questão, um arrefecer e uma escuridão, que bate forte e rompe o limite de um desejo. Uma coisa qualquer que ainda me consome, e some no fundo vácuo de um sorriso que poderia ter sido, mas infelizmente mora simplesmente na imaginação. Na inconsistência de ser só isso e nada mais. Uma sombra fingindo ocupar o caminho, o desalinho dos pensamentos, a viagem que nunca termina, no eterno passar da hora, brincando com a aurora, no primeiro despontar do amanhecer. Apenas uma ilusão, que vai me acompanhar, e me entregar despido, novamente de sentido, ao banho de luar.