Houve um tempo, sim houve um tempo no qual a lisonja podia flertar, e acariciar meu espírito, enquanto eu era fragmento, e desse jeito estando a sós no tormento, em todas essas partes desconexas, eu flutuava como pensamento, ao vento diluindo-me na inconsistência da minha imaginação. Porque a solidão não complementa, nem tenta, no uivo louco que atormenta na sumarização dos seus desenganos. Um rito breve e fatal, caso eu não estivesse, por acaso; notado que você me amava. Mesmo no silêncio morto dos seus lábios encontrei amor. O que não encontraria! Se mais me aprofundasse na sua alma, que transbordava, através desses olhos, dois pequeninos interlúdios, flutuando e salpicando paixão na minha face. Assim, eu naquele momento, entendi e criei discernimento, juntando assim tantos cacos, só possíveis de casarem-se, uma vez que tu foste só renúncia, e inexplicavelmente, aguardou meu despertar, e ainda estendeu-me a mão.